Britânicos querem que Facebook pague policiamento da Internet
As redes sociais têm estado debaixo de fogo pelas piores razões. São assassinatos em direto no Facebook, conteúdos extremistas no Twitter, sites com conteúdo xenófobo no Google, e tudo isto custa dinheiro aos governos e às autoridades para tentar controlar e punir quando há vítimas.
Agora, os políticos britânicos querem que Facebook, Google e Twitter paguem à Polícia Metropolitana para encontrar esses conteúdos extremistas nos seus sites, isto porque as empresas responsáveis não estão a fazer um trabalho rápido e com qualidade.
Os membros do parlamento que investigam os gigantes da tecnologia descrevem estas empresas como "uma desgraça". Estas não apagam o material ilegal com a rapidez que se exige nestes casos.
Os deputados que fazem parte do Comité de Assuntos Internos, divulgaram ontem um relatório sobre o ódio que existe na Internet e o seu impacto na vida real. Nesse relatório são usados como exemplos algumas queixas recebidas pelos deputados sobre conteúdos anti-semitas, imagens de abusos sexuais a crianças publicadas no Facebook, vídeos do YouTube para recrutamento de terroristas, além de conteúdo neo-Nazi.
As empresas por trás das redes sociais, segundo eles, deveriam ajudar a financiar a unidade de contra-terrorismo online da Polícia Metropolitana CTIRU [counter-terrorism internet referral unit] para encontrar conteúdos extremistas online. Essa unidade é atualmente financiada por contribuintes do Reino Unido, que combatem também conteúdo de ódio existente no Facebook, Twitter e Google.
A proposta dos deputados versa sobre o seguinte:
As equipas de futebol são obrigadas a pagar o policiamento nos seus estádios e áreas vizinhas nos dias do jogo. O governo deve agora ponderar sobre a adoção de princípios semelhantes online - por exemplo, exigindo que as empresas das redes sociais contribuam para financiar os custos das atividades de fiscalização da Polícia Metropolitana, inspeções essas que deveriam ser realizadas pelas próprias empresas.
Os deputados também propuseram "multas significativas" se os gigantes da tecnologia não eliminassem conteúdo ilegal em pouco tempo e relatórios trimestrais que mostrasse quanto discurso de ódio havia sido removido das suas plataformas.
Mas a presidente da comissão Yvette Cooper foi ainda mais longe, referindo que as maiores e mais ricas empresas do segmento das redes sociais estão vergonhosamente longe de tomar medidas suficientes para combater os conteúdos ilegais e perigosos, implementar padrões apropriados para a comunidade ou manter os seus utilizadores seguros. Tendo em conta o seu imenso tamanho, recursos e alcance global, é completamente irresponsável eles não respeitarem a lei para manter os seus utilizadores seguros.
Para já, não parece que o governo vá mudar a lei para forçar os gigantes da tecnologia a levar o discurso do ódio mais a sério. De acordo com o relatório, os deputados pressionaram o trio a fazer mais reuniões de avaliação. No mês passado, as três empresas prometeram, novamente, desenvolver novas ferramentas para identificar a propaganda terrorista online depois de se encontrarem as autoridades britânicas.
Este é um assunto que tem estado a ser debatido um pouco por todo o mundo, as autoridades de cada país são forçados a lidar com problemas desta magnitude à velocidade lenta com que atuam os principais fornecedores de serviços num mercado cada vez mais global.
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O preço da liberdade é mesmo esse. Quando tivermos policiamento em todo lado acaba a liberdade… O ódio é o espelho da nossa sociedade. Vê-se bem nas empresas. O problema não são os politicos. As pessoas, como sociedade vivem para si mesmas, para os seus interesses pessoais e é esse o problema.
Na Faculdade ensinavam que existe um eterno binômio liberdade/segurança: quando se aumenta a segurança, reduz-se a liberdade é quando se aumenta a liberdade, é sempre com uma redução da segurança.
Ora aí esta… A meu ver deveria-se ter mais liberdade do que segurança (daí eu usar linux e apps menos seguras, pelo simples facto que elas deixam-me fazer o que quero). Mas nao é so dar a liberdade, é preciso instruir. Mas nao instruir tipo escolinha em que a prof diz uma cena, perguntas porque é que é feito daquele jeito e a prof diz “porque é” (ou seja, ela nem sabe nem se deu ao trabalho de tentar saber). O que deve ser feito nao é dizer aos outros o que fazer, deve-se ensinar porque é que tem de ser feito assim. É tipo a regra 3 simples, é muito facil certo? Mas agora tentem saber porque é que ela é feita assim, porque é que o seu criador decidiu que tem de ser feita deste jeito e nao de outro… Dificil nao é? Vai o mesmo que te virares para uma pessoa ha e tal nao podes matar… Onde anda o porque? Onde anda a fundamentacao disso? E entao a pessoa se calhar como nao sabe o porque, tbm nao tem de seguir a regra. Claro que isto é simples, ate uma crianca sabe porque nao deve matar, foi materia de exemplo. Mesmo vai para o mundo online, se as pessoas tiverem liberdade mas saberem como a utilizar, nao há-de haver prpblemas… Mas pra isso é preciso instrucao, e é mais facil pedir a um gajo para te meter uma camera de video em cima da cebeca que instruir-te.
É por isso que a coreia do norte é só segurança
Não é coisa que me preocupe o preço da liberdade ser paga dessa maneira. Estou completamente de acordo. Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. Eu (neste caso, não é em todo o lado) prefiro que exista “policiamento” para este tipo de actividades e somente neste contexto).
tb concordo existe muitos terroristas por aqui,existe gente que não interessa a sociedade por isso mesmo tem de haver control,mas penso nao haver control nenhum qualquer um poe algo nojento violencia sem parar e os videos continuam a existir ,se houvesse control eles eram logo abolidos dos sites ,será possivel não saberem de onde veem os videos??????
E quem faz o policiamento ao policiamento ?
Esse é o eterno dilema do Direito: quem guarda o guarda?!
E os exemplos são diários: do chefe da polícia que agride o bom pai de família que foi ver o jogo do Benfica, ao elemento da PJ que agride a arguida para a fase confessar e depois disse que ela caiu nas escadas…
Os exemplos são inúmeros e enchê-las páginas dos jornais. Mas não podemos por esses maus exemplos prescindir das forças da ordem. Ou seria o caos..:
seria mais simples fecharem a página (caso esta não esteja a funcionar de acordo com a lei)
Claro que tem de existir policiamento, o ser humano só entende repressão, uma sociedade em que todos respeitamos o próximo nem em ficção parece verosímil. Mas já agora comecem a taxar os senhorios por alugar casas a pedófilos, assassinos, etc. As estações de tv por lhes dar ideias. Já agora aumentar os impostos pata lhes pagar o ar que respiram.
Os poderes instalados querem a toda a força cercear a internet, faz lembrar as cidades que na idade média eram muradas, segundo os senhores feudais, para defenderem os cidadãos dos assaltos, na realidade nunca serviram para isso, porque todas as cidades foram tomadas, e as muralhas somente serviram para controlarem os cidadãos dentro delas. Os senhores políticos querem a toda a força cercear a internet. A avaliar pelo efeito que teve Gutenberg com a sua imprensa, os políticos estão F ( não é felizes), o q acho bem!
Esta é a velha “historia” dos fabricantes \ vendedores de armas, esta por si só nao sao perigosas…sao-o nas mãos erradas ou por motivos errados.
As redes sociais (nao utilizo) sao uma boa ferramenta, o mal sao as pessoas com os seus defeitos e virtudes.
Sou contra o POLICIAMENTO a FULL-TIME, das redes, seja quais forem. EDUQUEM as pessoas.
Existem noticias recentes que alguns GOVERNOS, se utilizam das redes para MANIPULAR a opinião publica, isto também vai ser alvo de policiamento ? que vai acontecer aos culpados ?
Claro que algo tem de ser feito quanto ao caminho que as redes e seus utilizadores estao a tomar, sugiro que os OPINIÃO-MAKERS um dos quais este blog, ao inves de “injectarem” banalidades, criem uma corrente de pensamento sobre o uso correcto das mesmas, isto é o uso indispensável, sem as mais valias da publicidade, vendas agressivas, e tudo o que é conteúdo criminoso e é muito.
Se todos nós ao nos relacionarmos com outros no nosso dia adia, nao andamos a pancada, aos berros , a dizer asneiras nem a matar ninguém, porque o fazemos na rede ? Claro que a distancia e o sentimento de impunidade AJUDAM, mas eu iria por uma certa dose de cobardia, que neste caso permite fazer o que de outro modo nao tem coragem.
Talvez o caminho seja como já foi sugerido acima, bloquearem hiperligações e links externos, talvez limitar o tempo diário de permanência na rede ou o nª de ligaçoes , apagar contas e perfis duvidosos, sites que nao cumprem regras basicas, na verdade nao sei, mas algo tem de ser feito.
Ma s volto a referir que POLICIAR TUDO, nao concordo, como alguem diz acima, quem vai policiar os abusos das autoridades ?
rir.
Não percebi porque é que no titulo só destacaram o Facebook se a notícia refere-se ao 3 grandes.
Facebook tem um grande impacto sobre a sociedade
Eu nao percebi, então a facebook tem ou os outros grandes tem que pagar as autoridades porque estes querem fazer policiamento?! Wtf
nem vale a pena tentar perceber o que nao faz sentido
Já é tempo de nos protegermos e de proteger as mentes mais fracas.
A Internet foi a forma daqueles que antes iriam para a frente das escolas tentar seduzir e desviar jovens encontraram para se protegerem e chegarem a mais vitimas sem grandes dificuldades.
A Liberdade tem um custo…a seguranca é esse custo.