Aqui está o que acontece quando um avião é atingido por um raio (vídeo)
Um Airbus A350 foi atingido por um raio numa pista no Brasil. Felizmente, os aviões são projetados com sistemas de segurança para momentos como este. As imagens são bem expressivas.
O poder da natureza
Podemos ter algum encanto pelo efeito trovoada. A luz, o impacto e o ruído são uma expressão clara da vitalidade da natureza do nosso planeta. Contudo, num raio de trovoada, a energia libertada pode variar, mas, em média, um raio contém cerca de 1 a 10 mil milhões de joules de energia.
A intensidade de um raio também pode ser impressionante: a corrente elétrica de um raio pode atingir 30.000 amperes ou mais, e a temperatura do raio pode ser de até 30.000 graus Celsius, que é várias vezes mais quente que a superfície do sol.
Raio caiu em cima de um avião
O Airbus A350 foi atingido por um raio enquanto estava na pista, na passada sexta-feira, no meio de uma tempestade intensa em São Paulo. Passageiros à espera de embarcar viram o enorme raio atingir a cauda do avião da British Airways antes de este partir.
O voo da BA estava estacionado em Guarulhos quando uma tempestade trouxe ventos fortes, chuva intensa e raios à região. O mau tempo deixou aviões no chão e causou o atraso de dezenas de voos, incluindo o BA246, de São Paulo para o Reino Unido.
Enquanto o avião estava na pista, a cauda do Airbus foi atingida por um enorme raio. O momento foi captado por passageiros que estavam a aguardar para embarcar no próprio avião e foi partilhado nas redes sociais durante o fim de semana.
O raio não causou danos graves no avião e os passageiros logo embarcaram no mesmo avião para um voo de 11 horas até o aeroporto de Heathrow, em Londres. Na realidade, o avião saiu praticamente ileso, pois os jatos comerciais são projetados para lidar com raios.
Nada que os aviões não estejam preparados
Os raios em aviões são, na verdade, bastante comuns. Quase todos os aviões de todas as frotas já foram atingidos por raios, com as frotas americanas a registarem um raio, em média, uma vez a cada seis meses.
Para evitar que caíam do céu ou sofram danos, os aviões são projetados com medidas de segurança, como explica a Scientific American:
Embora passageiros e tripulação possam ver um flash e ouvir um som forte se o raio atingir o avião, nada grave deve acontecer devido à proteção contra raios cuidadosamente projetada no avião e seus componentes sensíveis. Inicialmente, o raio vai atingir uma extremidade, como o nariz ou a ponta da asa. O avião então voa através do raio, que se reata ao fuselagem em outros locais enquanto o avião está no “circuito” elétrico entre as regiões de nuvens de polaridades opostas.
A corrente vai percorrer a pele condutora exterior e as estruturas do avião e sair por outra extremidade, como a cauda. Os pilotos às vezes reportam um leve piscar de luzes ou interferência temporária nos instrumentos.
Portanto, não só os aviões são atingidos por raios, como eles passam literalmente através do raio quando isso acontece.
Para proteger o exterior do avião nesse momento, as aeronaves são feitas para ser super condutoras, de modo que a energia do raio permaneça no exterior.
Nos aviões de alumínio, isso é fácil de fazer, pois o metal é um bom condutor, enquanto os aviões de fibra de carbono muitas vezes têm uma camada de fibras condutoras na superfície para esse propósito.

A atividade de raios é mais prevalente em altitudes mais baixas, entre 5.000 e 15.000 pés. De acordo com uma investigação de jatos comerciais dos EUA, aviões a voar a mais de 24.000 pés têm uma percentagem próxima de zero de raios.
A outra área de risco que precisa de proteção são os tanques de combustível do avião, já que uma única faísca perto de um desses tanques poderia ser desastrosa. Felizmente, os técnicos e engenheiros realizam testes rigorosos para garantir que os tanques de combustível a bordo sejam à prova de raios, como acrescenta a Scientific American:
Os engenheiros tomam precauções extremas para garantir que as correntes de raio não possam causar faíscas em qualquer parte do sistema de combustível do avião.
A proteção da aeronave ao redor dos tanques de combustível deve ser espessa o suficiente para suportar altas temperaturas. Todas as juntas estruturais e fixadores devem ser projetados de forma apertada para evitar faíscas, pois a corrente do raio passa de uma secção para outra. As portas de acesso, tampas de enchimento de combustível e quaisquer ventilação devem ser projetadas e testadas para resistir aos raios.
Referem os especialistas.
Para proteger as pessoas e os seus dispositivos eletrónicos dentro de um avião quando este é atingido por um raio, são utilizados isolamentos especiais, sistemas de supressão de picos de tensão e ligação terra (“ponto de terra”).
Estes sistemas impedem que o raio provoque um pico de energia, que pode danificar o equipamento de bordo, os sistemas de entretenimento ou qualquer coisa que esteja a ser carregada com uma tomada elétrica de bordo.
Pena não ser em cima de alguns “personagens”…
Isso pra carregar baterias deve ser fixe.
O 1° abion elétrico?