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Alemanha e França criam “Google Docs Europeu” para reduzir dependência dos EUA

                                    
                                

Autor: Rui Neto


  1. Manuel says:

    A ver se entendo: a França não era aquele país (a par do Reino Unido) que queria que a Apple criasse uma backdoor no iOS por questões de “segurança” para eles espiarem os utilizadores? E agora estão com medo que uma empresa americana os espie?

    Oh, the irony…

    • Miguel A. says:

      Isto não está relacionado com questões de segurança. Está relacionado com dependência der software americano.

      • Paulada na xarecas says:

        +1

      • Fusion says:

        Diria que já vamos com 20 e tal anos de atraso, a ideia é boa, mas deveríamos (nós Europa) ter começado nos anos 90.

        Institucionalmente não sei, mas no mercado consumidor dificilmente vejo as pessoas a deixar o Windows, Android e o iOS/MAC

        • Bruno Almeida says:

          Tens razão no que estás a dizer, mas por outro lado não acho uma tarefa impossível, pois a tecnologia está em constante mudança e de fácil acesso a todos.

        • O Alentejano says:

          Isso é subjectivo.
          No caso do Windows, apesar de haver uma infinidade de distros Linux para quase todas as finalidades e gostos, realmente não existe uma outra alternativa mesmo que baseado em Unix, além do MacOS.
          E também é pelo facto de estes já estarem no mercado há muitos anos e estão interligados a tudo.

          No caso para o Android, existem alternativas como o TizenOS ou o SailfishOS (software criado e mantido por empresa europeia, Jolla, apesar de baseado em componentes e noutros projectos open source, o SailfishOS é maioritariamente close source) e bem mais robustas que o Android, no entanto o problema está e é esse o problema, a falta de aplicações.
          Apesar de ambas as opções poderem executar aplicações para Android, só podem executar as que não dependam do Google Play Services o que, infelizmente, as aplicações mais usadas das grandes empresas, como Youtube, Facebook, Whatsapp, e as dezenas de outras aplicações de grandes empresas etc etc etc, estão blindadas ao Google Play Services, isto é, não podem ser instaladas em equipamentos (mesmo que com Android) que não tenham instalado o Google Play Services ou que não simulem o Google Play Services (por exemplo através do MicroG).
          Foi inclusive por esse motivo que a Samsung optou por abdicar do TizenOS nos seus smartwatchs em detrimento do WearOS. Também porque a Google está a pagar bem para isso, seja através de enormes descontos em licenciamento ou através de outras formas. O mesmo acontece com as aplicações.

      • Manuel says:

        Alguém não lhe apeteceu ler o artigo, pois não?

        “A gestão de informação confidencial é uma prioridade para empresas e administrações públicas europeias. Dependências excessivas de plataformas norte-americanas colocam em risco a proteção de dados e a autonomia digital.
        A legislação dos Estados Unidos permite que as autoridades do país acedam a dados armazenados por empresas americanas, mesmo que os servidores estejam localizados na Europa. Isto compromete a segurança de informação governamental, documentos sensíveis e dados pessoais abrangidos pelo RGPD.”

        Os políticozinhos europeus, sempre com as suas manias de mini-ditadores, lá vão tentando levar as ideias deles AVANTE.

        • Raiana says:

          Es uma pessoa confusa: ora estás a dizer que realmente os EUA podem aceder a toda informação nossa…e quando os os políticos europeus querem fechar essa porta tu dizes ” Os políticozinhos europeus, sempre com as suas manias de mini-ditadores” … wtf?

        • PML says:

          Não percebi. Afinal acha que devemos dar todos os dados aos EUA ou não? O que escreve é o mesmo que dizer “andam a rouba-nos e há uma forma de evita-lo, mas acho que é melhor ser roubado.” Enfim sem pés nem cabeça…

    • XBUZZY says:

      Eles querem ser eles a espiar e não os “Amaricanos”.

    • Miguel Nóbrega says:

      😀

    • Out of Office says:

      @Manuel
      Não entendes.
      Nem sequer faz sentido o que dizes.
      O que tem esta notícia a ver com isso?
      Ou seja, sempre que se falar na França, seja porque for, tu vais fazer essa conversa.

    • Pedro M says:

      Exacto, a França do Maricon, esse berço de democracia, que até proíbe candidatos eleitos de serem presidentes..e candidatos excluidos de concorrer..
      E a Alemanha a mesma coisa, prendem pessoas por expressarem a suaopinião…3 anos de prisão.
      OS Ingleses 3 primeiros ministros apenas com uma eleição..

      E querem que aceite-mos o cavalo de troia deles????
      Pois…
      Não abram os olhos não..

  2. PP says:

    Num mundo em que tanto Estados como empresas violam a privacidade do cidadão/consumidor, faz todo o sentido a União Europeia ter independência tecnológica em relação a Estados terceiros (incluindo empresas lá sediadas).
    Pelo que vi, a solução é de Código Livre (Open Source) e pode ser usada livremente por outros Estados ou empresas, contudo a versão disponível para ser utilizada é apenas para a França (requer algo chamado SIRET).
    Tendo em conta o atual estado das relações com os EUA, é atempado tentar obter independência tecnológica em relação à Google/Microsoft/Meta/X, etc, etc, etc…

  3. Jose boto says:

    Agora e que o mundo vai abracar o linux! Finalmente os nerds vao ter a comunidade a seus pes, uma sociedade de oculos e ar de totos

  4. Carlos Fernandes says:

    Acho que já existe uma alternativa europeia mais completa, como o google docs, https://www.onlyoffice.com/, mas é interessante.

  5. Ciber-independência says:

    O máximo possível de ciber-independência em relação aos agora pouco fiáveis, “amigos americanos”. e espera-se que a iniciativa de por todas as administrações públicas de países da UE e preferencialmente do resto da Europa a usar Linux, também avance.

  6. Dude says:

    Comecem a vender pcs com linux. 90% dos utilizadores iriam gostar, depois de usar. A empresas de software iriam atrás dos utilizadores

  7. olarecas says:

    Lamento mas confio mais nos americanos do que na comandita dos burucratas socialistas que governa bruxelas

    • AIdaIA says:

      Se confias mais nos Maga, muda-te. Talvez te mandem para El Salvador.

    • Tozzini says:

      “Socialistas de Bruxelas “? Deves ter feito a tua formação académica e cívica no Facebook e noutras plataformas de mero “lixo”. Já há muitos anos que a burocracia de Bruxelas é dominada por políticas neoliberais. De todo o modo, deixa-me dizer-te que nenhuma corrente de pensamento levada à letra funciona bem. Tem de se adaptar à realidade. Isso foi algo que não aconteceu. É por isso que estamos nesta situação. Quanto ao país do tio Sam, que preferes, já há muito que se esqueceu dos seus princípios fundadores. Desde as políticas de Reagan, nunca mais foi o mesmo.

  8. José Lapao says:

    Porque é que esta alojado no GitHub que pertence á Microsoft? E esta sobre licença MIT ( Instituto de Tecnologia de Massachusetts ) outra entidade americana, começamos bem com a independência das empresas americanos, colocamos o código fone na casa deles e ainda dizemos que podem usar segundo as leis deles

  9. neo says:

    “A legislação dos Estados Unidos permite que as autoridades do país acedam a dados armazenados por empresas americanas, mesmo que os servidores estejam localizados na Europa. Isto compromete a segurança de informação governamental, documentos sensíveis e dados pessoais abrangidos pelo RGPD.”

    Isto é absoluta desinformação! Os Estados Unidos e/ou qualquer outro estado dentro ou fora da UE podem aceder a documentos sensíveis se tiverem um mandato judicial para o efeito, estamos a falar de casos de terrorismo, tráfico de droga, tráfico de seres humanos, branqueamento de capitais e outros crimes de natureza gravosa. A cooperação entre estados existe há muitos anos e é bom que assim continue. Parem de confundir as pessoas com o RGPD, este não se sobrepõem aos aspetos de Direito Criminal.

    • Vítor M. says:

      Deixa corrigir-te. A informação está correta, mas para quem ficou, como tu, baralhado, posso deixar um pouco mais de detalhe (sem que com isso invalide o que foi dito). Já o que escreveste, não acrescenta nada de útil.

      Portanto, nos EUA, a legislação relevante é o Cloud Act (Clarifying Lawful Overseas Use of Data Act), aprovado em 2018. Este permite que as autoridades americanas exijam o acesso a dados armazenados por empresas dos EUA, mesmo que estejam em servidores no estrangeiro.

      No entanto, este acesso não é automático, tem de ser dentro de um destes quadros legais.

      1 – Mandado ou intimação judicial para aceder a dados privados.
      2 – Acordos internacionais que facilitem o acesso legal entre países.

  10. HC says:

    Está condenado ao fracasso se não começar já a ter opções de outras línguas que não apenas o Francês. A teimosia bacoca de França ainda tentar contrariar a língua inglesa não ajuda a fazer crescer a ”solução” alternativa. A começar pelo registo e login…

  11. Tony says:

    A Europa, como está de momento, nunca vai conseguir vingar na tecnologia. Muita burocracia, mentalidade de micro gestão, tachos e pouca vontade para resolver os problemas.

    • Humberto says:

      Comentário só mesmo para dizer mal… depois queixam-se de ser chamados de bots.

      Muitas empresas e tecnologias são desenvolvidas na Europa.

      Tu tens por exemplo Linux nasceu na Finlandia, SAP é alemão, Skype/Booking/Trivago/TheFork/Shazam entre outras eram todas europeias mas foram compradas por grupos americanos. Logitech, Spotify, Glovo, Bolt, Revolut, Klarna, Vinted, Mistrai… e muitas outras são também Europeias. Para mim, concorrente aos serviços da GMail/Outlook é a Infomaniak que uso, também Europeia.

    • Alberto says:

      Será? Olhe que não. Certas coisas por um lado é bom acontecerem para a Europa se MEXER.

  12. Humberto says:

    A empresa Infomaniak tem um serviço (mykSuite) muito bom, e este sim, semelhante ao que as americanas oferecem.

    Para além do mail e cloud, tem online apps de “Docs” editor de documentos, “Grid” folhas de cálculo e “Points” para apresentações. Têm também soluções semelhantes ao WeTransfer (“SwissTransfer” tranferência de ficheiros), ao Zoom/Teams (“kMeet” videochamadas e “kChat” mensagens).

    Se calhar a PPlware podia explorar os seus serviços e fazer um artigo…

  13. Mª João Nogueira says:

    Tentaram criar conta e conseguiram?
    Pede um número de identificação que os não franceses não têm.

  14. Tozzini says:

    Até que enfim que se começam a mexer. Já o deviam ter feito há 30 anos

  15. Luís Magalhães says:

    Isso não é alternativa nenhuma não dá para particulares

  16. Rui says:

    Receitas da microsoft:
    Office (42%)
    Cloud (37%)

    80%, vem do office e cloud.
    Para o office (word, excel, ppt), n há alternativa europeia?
    Para a azure, a europa tem a aws do lidl.
    Como que esta empresa vale 3 triliões?

    Temos alternativa portuguesa ao excel:
    Rows. Para o word, que venha o Docs da europa. Antigamente usava tudo Visicalc e Wordperfect. Já não existem?

  17. dedro says:

    Alguém interessado em fazer um artigo a partir deste URL:

    https://european-alternatives.eu/alternatives-to

    Eu tenho interesse, desde os anos 90, na autonomia da europa ao nível de software e de serviços online. Nunca entendi a dependência dos EUA.

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