As suas fotos no Facebook e Instagram são usadas para sistemas de reconhecimento facial
O conceito de Big Brother, reconhecimento facial e demais vigilância não é novo. Agora, veio-se a saber que o sistema de Inteligência Artificial da Clearview está a usar fotos do Facebook, Instagram e muito mais para alimentar a sua ferramenta.
No total, são mais de três mil milhões de imagens que estão a ser usadas de forma eticamente questionável. Assim sendo, a ferramenta da Clearview pode identificá-lo numa foto a pedido de um estranho.
O mundo tecnológico tem inúmeras vantagens, mas também certos perigos. Os potenciais de algumas tecnologias podem ser elevados ao ponto de causar prejuízo. Estes limites são ainda mais ampliados atualmente, com o Big Data, Internet of Things e Inteligência Artificial.
Os sistemas de videovigilância já existem há vários anos e revelaram-se bastante efetivos para combater a criminalidade. Não obstante, os perigos agora estão associados com a possibilidade de estes serem usados para reconhecimento facial.
Nesse sentido, a Clearview é uma das mais avançadas e está agora sob fogo. Para desenvolver os seus sistemas, a empresa usa fotografias que os internautas publicam nas redes sociais. Segundo o seu fundador, tudo está a ser feito com a respetiva aprovação do Facebook.
Clearview está a recolher milhares de milhões de fotos no Facebook
Em Machine Learning, é importante que a Inteligência Artificial tenha uma base de dados considerável. Desse modo, os resultados alcançados serão cada vez melhores e mais precisos.
A Clearview tem perfeita noção dessa realidade e, por isso mesmo, passou a usar fotos de utilizadores do Facebook, Instagram e demais plataformas online de modo a garantir a evolução da sua tecnologia.
Esta tecnologia de reconhecimento facial está já disponível. Não é acessível por todos, sendo necessário requerer acesso que por norma é facultado a forças de segurança. No entanto, utilizadores online já a experimentaram e partilharam feedback.
Nas redes sociais é possível ver testemunhos que abordam o poderio surpreendente da tecnologia da Clearview. Mesmo pessoas com poucas fotografias na Internet foram identificadas em poucos segundos.
I’ve had two demos of Clearview & the results were frightening/stunning in their accuracy. Both demonstrations involved me giving blurry screenshots of a video & Clearview was able to identify both people (friends who had consented) even though they barely have a presence online https://t.co/53YULsJWj6
— Yashar Ali 🐘 (@yashar) January 18, 2020
Este caso levanta questões éticas e morais, mas sobretudo de privacidade dos cidadãos. Ao usar sistemas deste estilo para monitorizar a população, tal pode levar a efeitos menos desejáveis.
Apesar dos perigos, esta nova tendência ganha cada vez mais força. As empresas tecnológicas manifestam interesse no reconhecimento facial através dos seus produtos, sendo já desenvolvidas câmaras específicas para o efeito.
A Amazon já tem uma ferramenta idêntica para reconhecimento facial...
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: The New York Times
Neste artigo: Big Brother, Clearview, Facebook, instagram, privacidade, reconhecimento facial, vigilância
As minhas não são de certeza, pelo menos carregadas por mim (por outros não posso controlar). Não uso nem um nem outro, nem nenhum outro.
No meu Facebook só tenho fotos do cão e dos gatos…. Boa sorte com isso.
pois…se eu lá tivesse fotos minhas…..
Mas qual é o perigo?! Não se apregoa: “Não tenho nada a esconder”? Ou afinal também temos que proteger os incultos?
Privacidade, diz-te alguma coisa ?
Podes não ter nada a esconder, mas de certeza que não queres partilhar coisas tuas com quem não deste a tua permissão!
trocar a senha dos eMail é fácil… quero ver trocar o rosto para acesso…
Estava a ser irónico. Principalmente por causa da falta de privacidade mascarada
não estou minimamente preocupado… não cometi qualquer crime, logo podem fazer os scan’s que bem entenderem…
E claramente é impossível neste mundo ficares envolvido em algo ou algum crime que nem tiveste nada a ver. Ou alguém decidir que determinadas características individuais são para exterminar.
Nem tens toda a história dos últimos anos, recentes a mostrar isso nem nada.
O não ter cometido nenhum crime não é garantia de nada…
sim, claro, já desconfiava disso. nada é de graça.
Certo. Pelo menos então que seja de forma declarada e não encapotada. Assim, quem “compra” sabe o que está a “comprar”, ou então só “compra” se quiser.
Mas é declarado. Só não é em linguagem perceptível. Como qualquer contrato sorrateiro.
Ok. Então acrescento ao meu texto: “…de forma declarada e em linguagem perceptível e simples”. Se calhar ninguém compra, né? Ou então muito poucos.
É engraçado as pessoas criticarem as coisas… mas querem que a tecnologia evolua… eu sinceramente, esta-me a enervar a tecnologia neste momento…qualquer dia temos a realidade de filmes como “O Homem Demolidor” e afins… enerva… sinceramente… mas as pessoas continuam a gostar de todas e quaisquer redes sociais…