Load “ “: já conhece o museu em Cantanhede que preserva a memória do Spectrum?
Chama-se Museu LOAD ZX Spectrum, está situado em Cantanhede e mais do um espaço de nostalgia ou exposição retro, é uma celebração do impacto que teve um dos mais populares computadores de sempre. E pode sempre jogar lá alguns videojogos míticos.
Primeiro era todo o cerimonial de ligar toda a logística necessária. O computador, criado por Clive Sinclair, os cabos, o joystick e, claro está, o absolutamente indispensável gravador de cassetes. Depois era só inserir o mítico comando Load “ ” e rezar a todos os santinhos que o jogo carregasse logo à primeira.
Eram os tempos gloriosos do ZX Spectrum, um computador à altura revolucionário e o responsável por levar a tecnologia a todas as casas e a um preço acessível. O seu impacto cultural foi de tal forma que no próximo mês de novembro regressa com o nome The Spectrum (um projeto da Retro Games) e que já virá equipado com dezenas de jogos.
Tanta paixão por um dispositivo merecia ter um espaço que fizesse perdurar estas memórias. Pois bem, o Museu LOAD ZX Spectrum, situado em Cantanhede, Portugal, é uma verdadeira homenagem a um dos dispositivos mais icónicos da história da informática.
Criado por iniciativa de João Diogo Ramos, colecionador e entusiasta da história da informática, o museu abriu as suas portas para o público com o objetivo de preservar e celebrar a herança deste computador que marcou gerações, particularmente na Europa, durante os anos 1980 e 1990.
O que se pode ver no museu
O Museu LOAD ZX Spectrum oferece uma experiência completa para os fãs da tecnologia retro e para curiosos que desejam aprender mais sobre a história da informática. Uma das grandes atrações do museu é, claro, a vasta coleção de computadores ZX Spectrum, em todas as suas variantes.
Entre os modelos expostos, os visitantes podem encontrar desde o ZX Spectrum 16K e 48K, que foram os primeiros a serem lançados, até ao ZX Spectrum +2 e +3, versões mais avançadas que incluíam teclados integrados e suporte para cassetes.
Além da exposição dos próprios computadores, o museu conta com uma impressionante coleção de jogos e software que marcaram a era do Spectrum. O visitante pode ver as famosas cassetes que eram usadas para carregar os programas e jogos, alguns dos quais exigiam vários minutos de espera enquanto o código era transferido para a memória do computador.
Para os mais nostálgicos, muitos desses jogos podem ser experimentados in loco, uma vez que o museu disponibiliza computadores funcionais para os visitantes jogarem clássicos como "Manic Miner", "Jet Set Willy", "Dizzy", ou "Saboteur".
O espaço também apresenta uma vasta gama de periféricos utilizados com o ZX Spectrum, como joysticks, gravadores de cassetes e impressoras, mostrando assim o quão versátil e adaptável o computador era para diferentes tarefas, desde o entretenimento à criação de conteúdos.
Além dos objetos físicos, o museu promove regularmente workshops e palestras educativas sobre a história do Spectrum e a revolução da microinformática. É um ponto de encontro para aficionados e especialistas, mas também uma oportunidade para os mais jovens conhecerem e compreenderem a importância deste período na evolução tecnológica.
ZX Spectrum: anatomia de uma revolução
Para compreender o impacto do Museu LOAD ZX Spectrum, é fundamental conhecer a história deste computador lendário. O ZX Spectrum foi lançado em 1982 pela empresa britânica Sinclair Research, liderada por Sir Clive Sinclair. A ideia por trás do ZX Spectrum era simples: criar um computador pessoal barato, acessível ao público em geral, que pudesse ser utilizado tanto para lazer como para aprendizagem e trabalho.
Com um design compacto e um teclado de borracha característico, o ZX Spectrum tornou-se rapidamente num sucesso em toda a Europa. Era, essencialmente, um computador doméstico que permitia aos utilizadores programar os seus próprios jogos e aplicações, algo revolucionário para a época.
O Spectrum destacava-se pela sua simplicidade e acessibilidade, numa altura em que os computadores pessoais ainda eram um luxo e tinham preços proibitivos para a maioria das famílias.
O impacto do ZX Spectrum foi particularmente sentido no campo dos videojogos. Foi o ponto de partida para muitos programadores e designers de jogos que, com poucos recursos, criavam títulos que viriam a tornar-se clássicos. A simplicidade do Spectrum também incentivou uma geração de jovens a aprender a programar, algo que teve repercussões significativas no desenvolvimento da indústria tecnológica, particularmente no Reino Unido.
No final dos anos 80, o Spectrum começou a perder terreno face a computadores mais poderosos, mas a sua influência continuou a ser sentida, com muitos jogos e programas icónicos a serem lembrados e admirados até hoje.
Preservar memórias
Asssim, o Museu LOAD ZX Spectrum desempenha um papel vital na preservação deste legado. Com a digitalização e a modernização da tecnologia, muitos dos dispositivos antigos correm o risco de se perder para sempre, e a iniciativa de João Diogo Ramos garante que a história e a memória do ZX Spectrum permaneçam vivas para as futuras gerações.
Para além de ser um local de preservação, o museu é também uma forma de educar e inspirar o público sobre a evolução da informática e o impacto que um simples computador pode ter tido no mundo.
Load “” basicamente carregava o primeiro jogo encontrado na cassete, no entanto o que alguns fazíamos nas cassetes 20 jogos+ era anotar o tempo em que cada jogo carregava e depois era só andar a cassete para esse tempo. Outra forma era fazer, por exemplo, Load “Bomber Jack” e ele apenas carregava quando a cassete chegava a esse jogo bons tempos e boas memórias do que era ser uma criança nessa época.
Excelente!
A memória do Spectrum continua tão forte em Portugal que também existe o Planeta Sinclair (planetasinclair . blogspot . com), blog português dedicado a esta máquina, bem como a Teknamic (teknamic . com), editora portuguesa de jogos retro, que produz jogos novos no formato de cassete. Ambos projetos parceiros e amigos do Museu LoadZX!
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Eu já fui visitar. Recomendo
Ainda tenho o ZX Spectrum Pus 128K a funcionar!
Tenho uma impressora, duas Microdrives e uma Interface 1!
Tudo dentro de uma mal, bem acondicionados!
Várias centenas cassetes com jogos, tendo sido um dos meus favoritos o Chuckie Eggs!
@Paulo Rodrigues, é caso para dizer, O tempo anda para traz, eu adorava o Chuckie Eggs, e o F1 Manager, foram horas e horas de pura diversão principalmente com o F1 Manager, dava para jogar 4 pessoas, não sei se conheces o jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=ENfuNgeicAg
Perdi horas a jogar esse jogo!
A ida às boxes era um stress tremendo 🙂
“Tudo dentro de uma mal”; “Tudo dentro de uma mala”
Também já visitei, nada melhor que juntar leitão à bairrada com boas memórias de juventude!
Havia aquele programa na TV aos sábados que sorteava um spectrum….ainda tenho o 48k e o 128K….bons tempos!!
A Retrogames vai lançar um Spectrum com ligação hdmi em Novembro:
https://retrogames.biz/products/thespectrum/
Boa!
E foi no ZX Spectrum que dei os primeiros passos no BASIC, que me permitiu criar jogos (sem grafismos), tabelas para registo dos tempos dos pilotos no rally de Portugal/Vinho do Porto que ouvia na rádio durante a noite e escrevi no QL o primeiro relatório profissional para entregar numa empresa onde fiz uns trabalhos. Tenho pena de não ter guardado essas máquinas. A 1ª máquina, um ZX com 16k, tinha sérios problemas de aquecimento, mas mesmo assim os cálculos da tese de licenciatura foram todos feito nele. A impressora de papel térmico era uma desgraça mas enfim, eram tempos de deslumbramento e que continuaram com o Armstrad … foram os tempos em que os monitores eram tvs e depois eram monitores CRT de “fósforo verde” …
Ainda existem as cassetes com esses programas? Se existirem, no Planeta Sinclair estamos a fazer a preservação digital de tudo o que foi feito em Portugal. Neste momento temos 1.000 programas nacionais relevantes identificados, com mais de 80% deles preservados digitalmente.
Costumo explicar aos mais novos (filhos e alunos) que, comparado com a minha experiência enquanto criança, hoje em dia, em 3 segundos jogam jogos com gráficos excelentes, não tendo qualquer tipo de tempo de espera… Eu punha o Chase HQ ou outro qualquer da Ocean (a minha “marca” favorita de jogos para Spectrum) a carregar e ia para a rua dar uns remates numa bola, com a janela aberta e o som da TV quase no máximo para saber quando o jogo teria carregado! Apesar de gráficos muito fracos e sons bem estranhos, era um regalo! Outra era, bem mais lenta (no bom sentido) e pacata…
LOAD “” é tudo pegado, nao tem espaço entre as aspas.
Alguns eram também load “” code
E quem ē que não fazia peek e poke à Memória ?
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