Huawei poderá vender as suas marcas premium da gama P e Mate
Depois de vender a subsidiária Honor em 2020, surgem agora notícias de que a Huawei poderá também vender as linhas premium dos seus smartphones da gama P e Mate. O objetivo será contornar as sanções e bloqueios que incapacitam a gigante tecnológica de dar seguimentos aos seus negócios.
Segundo as informações, a fabricante de Ren Zhengfei terá reunido em setembro passado com um consórcio liderado por empresas de investimento que, por sua vez, tinham o apoio do governo de Xangai. No entanto a marca já negou estas notícias, à semelhança do que fez com a Honor.
Perto do final do ano a Huawei anunciou oficialmente que iria vender a Honor, a sua marca satélite. Esta notícia marcou um novo rumo para ambas as empresas, e a Honor rapidamente apresentou o seu primeiro smartphone V40 5G depois de sair das asas da sua progenitora.
No entanto esta poderá ter sido apenas a primeira de muitas mudanças na Huawei.
Huawei poderá também vender a linha de smartphones P e Mate
De acordo com a Reuters, a Huawei pode tomar a decisão de também vender as suas marcas de smartphones de topo P e Mate. Esta decisão seria uma estratégia para a fabricante conseguir contornar as sanções impostas pelo governo norte-americano. Estas sanções e bloqueios, ditados pela administração de Donald Trump, têm limitado significativamente os negócios da Huawei.
Neste sentido, a agência informa que, em setembro de 2020, a marca chinesa terá conversado com um consórcio liderado por marcas de investimentos que contam com o apoio do governo de Xanguai.
A fabricante já negou estas notícias, no entanto também havia negado na altura das suspeitas da venda da Honor. Um porta-voz da Huawei afirmou ainda que:
Não há nenhum mérito nesses rumores. A Huawei não tem esse plano. Continuamos totalmente comprometidos com o nosso negócio de smartphones e continuaremos a fornecer produtos e experiências líderes mundiais para consumidores em todo o mundo.
Também o governo de Xangai se recusou a comentar esta informação.
Para já ainda não são conhecidos mais pormenores do negócio. No entanto relembramos que a Huawei liderou as vendas de smartphones com 55,1 milhões de unidades vendidas. As vendas de modelos das linhas P e Mate originaram 39,7 mil milhões de dólares (~32,70 mil milhões de euros) entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020, segundo o IDC.
Consequências das sanções dos EUA
Para além de levarem a Huawei a criar a sua própria loja de apps e o seu próprio sistema operativo, as sanções dos EUA trouxeram mais consequências à marca chinesa.
As mais significativas impossibilitaram a fabricante de negociar com outras marcas. Assim, por exemplo, o modelo Mate 40 já será o último a trazer os processadores Kirin da Huawei, Isto porque a responsável pela sua produção, a taiwanesa TSMC, não irá mais fabricar estes equipamentos, uma vez que adquire alguns componentes nos Estados Unidos. Também a Samsung ira deixar de fornecer chips à chinesa.
No entanto, a ARM, responsável pelo design dos chips, mantém-se a trabalhar com a Huawei.
Por sua vez, o modelo apresentado pela Honor, V40 5G, já poderá ser vendidos nos EUA e na Europa, mas com apps da Google, uma vez que deixa assim de estar na lista negra norte-americana.
Neste sentido, caso a Huawei decida mesmo vender as suas gamas premium, também estas podem voltar a ser vendidas no mercado dos EUA. E esta é um boa notícia para os consumidores, pois os modelos P40 e Mate 40 são telefones muito potentes e desejados.
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