Xiaomi quer começar a produzir os seus processadores já este ano

A Xiaomi é uma das maiores fabricantes de smartphones chinesas, a par com a Huawei e outras. Tal como muitas marcas depende de fornecedores para conseguir ter acesso a todo o hardware que necessita para produzir os seus equipamentos.

Este é um cenário que em breve poderá mudar, graças à vontade da Xiaomi em produzir os seus processadores, muito provavelmente ainda este ano.

A ideia da Xiaomi não é nova, já o ano passado tinha surgido a informação de que a empresa estaria a ponderar criar e produzir os seus próprios processadores, tendo inclusive já um protótipo funcional.

Usando por norma processadores da Qualcomm nos seus modelos de topo e da Mediatek para a gama média, a Xiaomi vai assim conseguir criar a necessária independência destes fabricantes e conseguir controlar todos os processos de fabrico, melhorando a experiência de utilização. Passa a ter controlo de todo o hardware e isso tem melhorias visíveis também ao nível do software e da sua performance.

A informação disponível dá conta de que este novo processador poderá ser apresentado já no próximo mês de março. Batizado de Pinecone, este SoC irá equipar alguns modelos da Xiaomi, mas ainda não existe informação de quais vão ser os eleitos.

Todos os analistas são uniformes ao declararem que esta jogada da Xiaomi é arriscada. Muitos consideram-na pouco lógica e potencialmente perigosa. O problema está nos recursos muito elevados que são necessários para desenvolver e manter um processador móvel que esteja à altura do que está já no mercado.

Por outro lado, há quem considere que este esforço será compensado, conseguindo assim a Xiaomi diferenciar-se de toda a sua concorrência. Com este processador será capaz de dar uma experiência integrada, graças à integração e otimização que vai conseguir, ao nível do hardware e do software.

Não existem muitas marcas apostadas em criar os seus processadores, tornando este mercado dependente dos atuais fabricantes. Caso opte por avançar, a Xiaomi terá a oportunidade de criar um processador único paras os seus já bem conhecidos smartphones.

Via The Wall Street Journal