CEO da iFixit critica a Apple e Samsung por dificultarem a reparação dos equipamentos
No mundo dos smartphones, há algumas marcas que se destacam, nomeadamente a Apple e a Samsung. Ambas trazem para o mercado produtos de excelência que rapidamente têm a aprovação, e a compra, dos consumidores.
Contudo, o CEO do popular canal iFixit criticou agora a Apple, Samsung e também a Microsoft por serem um obstáculo aos consumidores, e aos especialistas em reparações, quando o assunto é reparar os seus equipamentos.
Apple, Samsung e Microsoft dificultam a reparação dos equipamentos
Na passada segunda-feira (19), durante uma audiência pública da Comissão de Produtividade sobre o direito virtual de conserto, Kyle Wiens, CEO do canal iFixit criticou algumas marcas no que respeita à reparação dos equipamentos.
Kyle deixou então críticas à Apple, Samsung e Microsoft, acusando as três marcas de serem um obstáculo aos consumidores e especialistas de reparação quando o assunto é o conserto dos produtos.
O CEO começou por atacar pela primeira vez a Samsung, indicando que a gigante sul-coreana tinha em vigor um acordo que impedia outros técnicos de reparação, como é o caso da iFixit, de comprarem peças para conseguirem reparar os equipamentos.
Segundo o CEO:
Temos visto fabricantes a restringirem a nossa capacidade de comprar peças. Há uma fabricante de baterias alemã, chamada Varta, que vende baterias para uma grande variedade de empresas. No entanto, a Samsung usa essas baterias nos seus auriculares Galaxy... mas quando vamos à Varta e dizemos que queremos comprar essa peça como peça de reparo, eles dizem-nos 'Não, o nosso contrato com a Samsung não nos permite vendê-la.' E estamos a ver esta situação cada vez mais.
Apple criticada por usar peças diferentes
Também a Apple foi outra empresa duramente criticada por usar peças diferentes das que a indústria está acostumada. Mas tal prática acontece sobretudo para limitar a capacidade de reparo de terceiros e, por conseguinte, a empresa obter benefícios através dos serviços que a mesma dispõe.
Kyle Wiens indica que:
A Apple é conhecida por fazer isso com os chips dos seus computadores. Há um chip de carregamento específico no MacBook Pro... há uma versão padrão da parte e há a versão da Apple da parte que é ligeiramente ajustada. No entanto é ajustada o suficiente para ser necessária apenas para funcionar nesse mesmo computador, e essa empresa, mais uma vez, tem um acordo com a Apple.
Na Califórnia, a Apple deixou de fornecer serviços há sete anos. Portanto isto foi há sete anos e a Apple deve ter armazenamentos cheios destas peças de reposição e, em vez de os vender no mercado - e alguém como eu as teria comprado com entusiasmo - pagam ao reciclador para as destruir.
Já no que respeita à Microsoft, o CEO comentou sobre a dificuldade de reparação nos computadores Surface. Desta forma, o canal iFixit atribuiu à marca uma pontuação de 0 em 10 no que toca à possibilidade de reparação.
Esta baixa pontuação deve-se ao facto de o computador ter a bateria presa. E para aceder a alguns locais, os especialistas de desmontagem da iFixit tiveram literalmente que as cortar, o que levou a que algumas parte do computador se partissem, não sendo possível a sua substituição.
Impressão 3D, poderá ser uma solução?
Kyle foi ainda questionado sobre se a impressão 3D poderia ou não ser uma solução para estes problemas. No entanto, na opinião do CEO "a impressão 3D é uma ideia maravilhosa... temos alguns modelos impressos em 3D no iFixit. No entanto, infelizmente, na nossa análise das peças, apenas cerca de 2% de todas as peças podem ser impressas em 3D com a tecnologia atual. A impressão 3D é mais atraente e interessante em produtos de marca branca".
Concorda com a opinião do CEO da iFixit?
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: ZDNet
E a tendência é piorar. Cada vez vão emparelhar mais os componentes o que impossibilita reparar fora da assistência oficial.
com politicas dessas são 3 marcas para esquecer em termos de hardware …
A sério’ Quem diria…
A sério? Quem diria…
A Apple foi a precursora desta situação. Ao fazer alterações específicas obriga os clientes a pagar, os 60 euros para o orçamento e poderem ter de pagar 600 euros pela reparação, além dos extras para a troca da bateria, caso já tenha mais de 2 anos. A outra opção é o pagamento dos 493 euros (creio que já existe um mais barato) para ter 5 anos de garantia (écran tem 363 dias de garantia e a bateria 60 dias, esses ficam na mesma) dentro do “Seguro”. A Samsung viu que a Apple estava a fazer mais de 800000 milhões de dólares, com essas operações, também o começou a fazer. A Microsoft é normal que o faça, o Surface foi montado para ser de uso único.
Mas depois a versão oficial é que são todos muito amigos do ambiente …. vejam lá que até deixaram de colocar os carregadores nas caixas para não prejudicar o ambiente ….. HIPOCRISIA!!!
È um dos maiores negócios da atualidade, digo a Hipocrisia!
iphone e o unico smartphone do mercado com materiais reciclaveis que n prejudica o ambiente e a unica empresa com C02 zero na sua producao. A Apple é o exemplo que todas querem e devem seguir!
Manel, ninguém está a falar se usam ou não materiais recicláveis, mas sim se as empresas querem ou não que os seus produtos sejam reparados mais facilmente.
O que se está aqui a discutir é que o processo de reparação é tao difícil que só na marca é que é feito.
Na marca tem um custo estupidamente alto e muitas vezes as pessoas preferem deitar os produtos fora e comprar novo. Isto gera desperdício.
Se se quiser informar melhor é só procurar no Google por Louis Rossmann Right to Repair.
Já alguém por aqui tentou comprar alguma peça da ASUS?
Eu já tentei para um PC, mas a resposta foi: “Lamentamos mas só vendemos aos fabricantes e distribuidores de material informático.
Solução, mandei vir da China e problema resolvido.
A partir daí ASUS em minha mão pago com meu dinheiro nunca mais.