Governo vai instalar bloqueadores de drones em aeroportos
Embora sejam ótimas ferramentas para fotografia, filmagens ou lazer, os drones podem também representar algum perigo para o espaço aéreo quando usados de forma incorreta.
Para proteger aeroportos e pontos sensíveis deste tipo de aeronaves, o governo vai avançar com a instalação de bloqueadores de drones.
Fonte de divertimento ou de trabalho, os drones estão cada vez mais em voga e o seu uso é cada vez mais frequente. Desde os mais pequenos, considerados brinquedo, até aos maiores, várias são as hipóteses de escolha que se adequam a cada tipo de utilizador.
Depois de ser regulado o uso de drones em janeiro de 2017, surgiram diversos (alegados) incidentes com estas pequenas aeronaves colocando em perigo diversos aviões. Verdade ou apenas alarmismo, estes acontecimentos moldaram a opinião pública e obrigaram ao início do desenvolvimento de um projeto de lei para aplicar regulamentações mais pesadas a este tipo de aeronaves.
Em causa está o registo e seguro de drone obrigatório que, embora seja do agrado de várias partes, irá acrescentar um custo insuportável para muitos tipos de utilizadores.
A DJI, a principal fabricante de drones, está também ciente destes problemas e tem também desenvolvido ferramentas próprias para tentar a sua resolução, como foi o caso do Aeroscope.
Embora várias medidas estejam a ser preparadas tanto a nível nacional como europeu, o governo pretende avançar para a defesa dos aeroportos e outros pontos sensíveis, onde os drones podem representar um verdadeiro perigo se usados de forma errada. Para isso, o governo já começou os testes aos sistemas de bloqueio de drones, que irão permitir monitorizar os locais identificados, protegendo-os de voos indevidos.
Em que consistem estes sistemas de bloqueio de drones?
Várias são as empresas que irão demonstrar nos próximos tempos a sua tecnologia. A primeira demonstração foi na passada segunda-feira, com a empresa Thales a demonstrar no aeródromo de Ponte de Sor a eficácia do seu sistema.
Fazendo uso de um radar, que pode monitorizar a 360º ou incidir num pequeno ângulo, aumentando o seu alcance, uma câmara de espectro visível e uma câmara térmica, este sistema testado permite identificar os drones na área circundante. A estes elementos, junta-se ainda um rádio para detetar as emissões até 2 quilómetros de distância.
A título de exemplo, esta tecnologia permite identificar um drone com mais de 1kg, a ocupar uma área inferior a 0,01 metros quadrados, a uma distância de quatro quilómetros.
Todos os dados registados pelas componentes deste sistema irão apresentar a posição do drone num mapa, surgindo posteriormente a hipótese do gestor de aeroporto bloquear o drone através de interferências nas comunicações entre o drone e o operador ou da distorção das coordenadas de GPS. Em casos específicos, será também possível criar "bolhas de rádio" que bloqueiam qualquer informação dentro de um intervalo de frequências.
Este sistema da Thales permite utilizar as ferramentas de bloqueio em drones que estejam, no máximo, a uma distância de 2 quilómetros.
Durante as próximas semanas os testes vão continuar com outras empresas com tecnologias idênticas, permitindo aos gestores dos aeroportos perceberem as vantagens que poderão incorrer da adoção desta tecnologia. Depois do teste das diversas tecnologias existentes e de identificados os pontos sensíveis que necessitam deste tipo de proteção, o governo deverá iniciar um processo de compra, abrindo para isso um concurso público.
Se tudo o resto falhar, pelo menos teremos algo para atuar
Luis Ribeiro, Presidente da ANAC
Segundo o Secretário de Estado das infraestruturas, a ANAC já estará a finalizar o documento que servirá de base para a nova proposta de lei, prevendo-se que a obrigatoriedade do registo e seguro avance já no início do ano. Para Luís Ribeiro, presidente da ANAC, embora estas novas leis já sirvam para dissuadir em muitos dos casos, estes novos sistemas irão complementar a segurança necessária em alguns pontos.
Este artigo tem mais de um ano
Devia instalar era anti-aereas. As vidas dos passageiros e dos tripulantes valem mais do que isso.
Então mas se destruires o drone como vais saber quem era o dono?
+1
Não consegues abater um drone sem pores em risco outras pessoas! Por esse motivo não é aplicado em lado nenhum!!!!!
Sinceramente, alguém acha que vai conseguir deter o dono de algum drone?
Se o piloto quiser mesmo interferir com o tráfego aéreo, acham que vai mesmo usar um drone registado?
Acham que se o drone sofrer interferência, ele fica lá à espera da policia?
O máximo que conseguem fazer é impedir os drones, até uma marca qualquer arranjar uma alternativa ou começarem a usar outras frequências para a comunicação.
Neste caso não interessa se está registado ou não, o sistema funciona para qualquer drone.
Boas Daniel,
não é bem assim. E há até um video que demonstra isso, de um programa que até passou na tv relativo a um concurso feito nos EUA com a comparticipação da area da defesa, se nao me engano com direito a um bom premio e tudo. Foram lá equipas de varios pontos do mundo…
Diferentes marcas diferentes “formas” de comunicar, e o “sistema” que falou está longe de fazer parar todos os drones, não funciona para muitos deles. Os da Parrot e da DJI nao representam todos os drones no mercado.
O registo é mera parvoíce, pois posso mandar vir um drone de qquer lugar, até da china, e nao registar nada, ou até posso construir um mesmo em casa e nao registo nada…
Cumprimentos
Neste caso é um sistema que atua diretamente nas comunicações de rádio entre o comando e o drone. Tendo em conta que na generalidade todos os drones utilizam este tipo de comunicação, conseguem monitorizar drones para além dos DJI e Parrot, certo?
Errado… vou ver se consigo achar o video e depois meto aqui o link.
P.S: so o facto de haver drones que dado uma rota, eles voam sozinhos, logo só este pormenor falha logo, por exemplo…
No entanto o drone continua a emitir sinais de radio mesmo que esteja em voo autónomo. Neste caso o sistema deve conseguir captar os sinais de rádio emitidos e consegue interferir nas coordenadas de GPS
Vai haver alguém a implementar um sistema INS (Inertial Navigation System) mesmo que primitivo que entre em funcionamento caso perca a communicação com a estaçao de controlo e/ou GPS, em que use os ultimos dados fidedignos registados pelo sistema de navegação GPS, por exemplo e com base na ultima posição conhecida navege na direção que se pretende sem precisar mais auxilios… just thinking!
Atenção não sou terrorista, só puxei um bocado pela cabeça para contronar um problema de engenharia…
Enquanto não arranjarem um metodo de retirar fisicamente um drone do espaço aereo por meio de inactivação/destruição não será dissuasor o suficiente!
Também vi esse documentários. Nenhum dos sistemas funcionou… http://channel.nationalgeographic.com/breakthrough-series/videos/how-to-neutralize-drones/
funciona para qualquer drone que use esse intervalo de frequencias…
Então sugeres que se faça o quê? Que solução tens que seja eficaz ou melhor?
Ou és daqueles que apenas se especializou em fazer críticas de mesa de café, aka, treinador de bancada?
finalmente boas medidas legislativas nesta área. sendo as medidas legais complementadas com os sistemas de deteção e bloqueio, no que diz respeito aos aeroportos, pode ser que, finalmente, se consiga alguma tranquilidade e segurança.
vamos ver como irá funcionar, na prática, a questão da obrigatoriedade de registo e seguro. se a medida fôr mal legislada ou depois mal implementada ou se carecer de fiscalização capaz, ficamos na mesma
Curioso como a vaga de avistamentos desapareceu tão repentinamente…
Deviam era apostar num sistema que abatesse os drones que entrassem no espaço aéreo pré-determinado de um aeroporto!!! afinal estamos a falar da segurança dos aviões e das vidas dos passageiros!!! infelizmente só através deste tipo de repressão é que se consegue disciplinar o espaço aéreo e os proprietários dos drones iriam cumprir com as regras, pois afinal ia-lhes tocar no bolso €€€
Drones salvo seja, aeromodelos. Aprenda a distinguir, já que nos aeroportos o que se tem visto são Aeromodelos e não “drones” ou quads.
Abater com o quê?
Uma arma de fogo quando dispara um projéctil, ele vai caír em algum lado, não desaparece!!!!! Pior, se disparar para o ar e falhar, a bala só precisa de atingir alguém para matar essa pessoa, só com a energia e aceleração aplicada à bala!!!!!
A forma mais eficaz com armas de fogo, seria a caçadeira, mas é muito limitada na distância a que atinge o alvo!!!!! No máximo terias 100 metros de eficácia!
Portanto, com armas de fogo e com tantas coisas sensíveis que tens num aeroporto, é melhor ninguém ter essa ideia! Em Lisboa para onde é que apontavam as armas!?!?!?!
Só para teres uma ideia, desde o calibre mais pequeno (.22LR) ao calibre maior (12,5mm), qualquer projéctil pode matar uma pessoa a mais de 2km, tu queres mesmo arriscar o tiro ao alvo num aeroporto?
microondas parece-me bem hehe.. tipo radar mas mais focado e mais potente..
Ainda não é eficaz. Por esse motivo é que a única forma de parar um míssil, é utilizar outro míssil (vê o caso dos mísseis disparados pela Coreia do Norte).
Hahaha. Gostei de ler, hilariante. Mas eu acho que umas fisgas seria melhor opção: Mais barato, menos poluição sonora, facilmente operada por qualquer um sem a necessidade de formação e licenças.
A serio, acreditavas que irritam usar armas de fogo para este fim? Pesquisa na Internet, há muita informação sobre as tecnologias que se estado a desenvolver para este fim, e sobre as que já se encontram em uso.
Não sei se deste conta, mas não fui eu que escrevi que se deviam abater os drones. Queres que te explique o que significa abater algo que voa?
Rui, o Gonçalo não percebeu, mas até era interessante explicares 😉 a ver se ele entende o que está em causa.
Como diria o Dr. Evil do Austin Powers: “Giant Lasers!!” 🙂
os lasers apenas estão ainda em testes (à décadas). Se o laser fosse a solução, os americanos em vez de mísseis patriot (para abater outros mísseis), usavam os lasers!
Quando os Arleigh Burke usarem o laser como arma defensiva, então é porque já é eficaz como arma!!!! Até lá, nada de novo!
Mas… se o sistema bloqueia a comunicação entre o operador e o drone… o que vai acontecer ao drone? No ar ele não fica.
Sem comunicação, não existe o risco de o drone cair? Ao cair quais os danos que pode causar?
Se não cair, não poderá ficar descontrolado e causar mais danos?
Ou o sistema, toma posse do controle do drone, podendo assim confisca-lo?
A maior parte dos drones quando perdem as comunicacoes de comando se ainda tiverem sinal de gps voltão ao ponde de partida sozinhos.
Quando não tem gps, como por exemplo estejam a criar interferencia tambem, o drone desce a uma velocidade baixa automaticamente.
a maioria dos drones comerciais tem uma função que leva o drone a posição inicial quando perde o sinal de radio… mas como disse em cima isto so vai funcionar com drones comerciais que usem a frequencia legal. drones custom que usem outras frequencias ou outro tipo de comunicaçõa nao vai impedir nada. Mas vistas as coisas a maioria dos idiotas que fazem tais coisas nao sao inteligentes o suficiente para fazerem o seu proprio drone..
não é difícil fazer um jammer de varias frequências.
… Só não vê quem não quer… Thales agradece mais uns milhões !!
Soure,xD