Criptoativos, stablecoins e euro digital? Afinal quais as diferenças
Num mundo altamente dominado pela tecnologia, até o sistema económico e financeiro está em mudança. Falar em dinheiro nos dias de hoje é também falar nos vários conceitos que representam valor e que hoje já fazem parte da nossa sociedade.
Já ouviu falar em DLT, blockchain, criptoativos, bitcoins, stablecoins ou moeda digital de banco central? Saiba o que são.
DLT, Blockchain, criptoativos, Bitcoin, stablecoins, euro digital... e outros
O aparecimento da distributed ledger technology, ou DLT, tem tido um papel decisivo na forma como a tecnologia tem ajudado a fazer pagamentos. A DLT é uma tecnologia de registo descentralizado de informação. A informação é armazenada com recurso a uma rede de bases de dados, detidas por várias entidades, sem que exista um administrador central.
Um dos tipos de DLT mais populares é a tecnologia blockchain. Esta tecnologia permite armazenar informação em blocos, ligados entre si, por ordem cronológica. Habitualmente, a blockchain inclui uma componente de criptografia e fórmulas matemáticas que garantem que a informação guardada não pode ser adulterada. A blockchain é o tipo de tecnologia que está habitualmente na base dos criptoativos.
Os criptoativos são representações digitais de valores ou de direitos que podem ser transferidos e armazenados eletronicamente. Apesar de poderem ser usados para fazer pagamentos, como o valor dos criptoativos oscila muito, são sobretudo utilizados como ativos de investimento. Um dos criptoativos mais populares nesta área são as criptomoedas, como é o caso da popular BitCoin.
A Bitcoin é uma moeda virtual que tem base no sistema peer-to-peer (P2P). O P2P é um sistema que não prevê a existência de uma autoridade centralizada que controle a moeda ou as transações, como acontece com as outras moedas (por exemplo, o Euro é controlado pelo Banco Central Europeu).
Stablecoins também são criptoativos
Outro exemplo de criptoativos são as stablecoins. Neste caso, existem mecanismos que procuram garantir a estabilidade do seu valor. Por exemplo, através da associação da stablecoin a um cabaz de referência composto por ativos ou moedas. Um dos projetos mais conhecido é o DIEM, impulsionado por uma associação liderada pelo Facebook.
De referir que os criptoativos não podem ser considerados verdadeiras moedas, pois não permitem estabelecer um preço para os bens, nem preservar o poder de compra. Por outro, porque não são garantidos pelo Banco de Portugal nem por qualquer outra autoridade nacional ou europeia e porque não existe qualquer proteção legal que confira direitos de reembolso ao consumidor.
O euro também será digital
O euro digital, cuja possibilidade de emissão está a ser estudada pelo BCE e pelos bancos centrais da área do euro, incluindo o Banco de Portugal, consiste moedas digitais de banco central.
O euro digital, segundo o Banco de Portugal, poderá vir a ser utilizado pelos cidadãos e pelas empresas nos pagamentos do dia a dia, com toda a segurança e plena proteção legal. Está a ser equacionado como meio de pagamento confiável e, em princípio, sem custos para os utilizadores, para complementar – e nunca substituir – o numerário.
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Este artigo tem mais de um ano
“em princípio, sem custos para os utilizadores, para complementar – e nunca substituir – o numerário.” espero que sim!…
Uma pequena (grande) correção a fazer.
As DLT não são descentralizadas. As únicas descentralizadas são as blockchain (que nativamente são publicas).
As DLTs pertencem a objetivos de utilização empresarial a utilizar tecnologias blockchain.
e nem todas! XRP e’ centralizada
O projeto DIEM foi abandonado de vez pela então Facebook. Já não vai dar continuidade a qualquer investimento nessa área.
No caso dos objetivos traçados parta as CDBCs toda a população mundial terá de acordar para os seus enormes perigos que assolam a liberdade individual de cada cidadão, sejam eles de que lado estiverem da barricada.
https://www.youtube.com/watch?v=q_ty22-SLaM&t=661s
100%
CMVM alerta para riscos de criptoativos.
Eu aceito os riscos e apenas invisto em criptoactivos devido á sua instabilidade.
Estou totalmente ciente de que posso perder tudo e sempre atento ao mercado tentando apostar em tecnologia que acredito mais.
Onde estava a CMVM no tempo do BES do BANIF e de tantos outros? Pena a preocupação surgir só agora, agora que as criptos são um risco para a própria CMVM.
Isso não deveria ser novidade para ninguém. Eu também apoio os criptoativos (muitíssimo mais que os ativos baseados em promessas de papel colorido) e também digo o mesmo.
Atenção e alerta para os riscos como qualquer tipo de investimento. Isso já parece uma verdade “La Palice”.
Redin, e no entanto investes em criptos para depois trocar por “papel colorido”
Então quando compras ações ou outro qualquer ativo, também vais ao supermercado comprar o pão com elas? Ou elas também não sofrem de volatilidade?
O Bitcoin só tem 13 anos. Não se pode esperar que por magia ele se transforme em moeda corrente do dia para a noite. Mas para lá caminha. Já temos no mundo dois países assumidos.
O meu papel colorido não fica parado nos bancos isso ē de certeza.
Juntem esta notifica a esta de ontem:
ASAE quer que as compras em numerário acima de três mil euros, ou dez mil, com outros meios de pagamento
E percebemos que no futuro o governo vai saber onde gastamos todo o nosso dinheiro e depois dizer onde o podemos gastar
Uma das várias faces da engenharia social.
Bemm, que dizer que tudo ficará ainda mais caro.
Talvez uma tempestade solar mande tudo isso e essa engenharia social para as urtigas.
O universo não é estático, nem nenhum dos seus componentes. Tal como a parte do conhecimento que se intitulou de ciência chegou a um ponto em que muito poucos manejam a possibilidade de destruir todos os restantes.
Euro digital será o fim ponto final na liberdade das pessoas