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Obesidade: novo medicamento promete reduzir o peso em 20%

                                    
                                

Autor: Vítor M.


  1. Max says:

    E barato! (barato, o marido da barata, da frase “Baratas são carochas”).
    Referidos no post, preço mensal em Portugal (não são comparticipados):
    – Moujaro: 337,63 € (na dose de 10 mg, pode ser superior em doses mais elevadas). Pelo que diz a CNN Portugal pode custar 0 € para doentes com algumas doenças raras: paramiloidose, lúpus, hemofilia ou hemoglobinopatias, podendo abrir as portas à fraude.
    – Wegovy: 244,80 €. O Ozempic, do mesmo laboratório, é comparticipado para diabéticos. O Ozempic anda permanentemente desaparecido das farmácias, diz-se que, em parte, por ser prescrito a não diabéticos. A partir de agosto de 2025, uma Portaria limitou o número de especialidades médicas que podem receitar o Ozempic e deve ficar na receita a indicação dessa Portaria para ter comparticipação.
    Agora, estes medicamentos têm uma coisa – pelo que me disseram, não sei se é certo – quando se deixa de tomar o apetite voraz regressa. Quem perder uns kg graças a eles vai ter que manter a boca fechada.

    • Zé Fonseca A. says:

      injectaveis é assim, comprimidos será sempre acessivel

      • Max says:

        O que conta é a complexidade das moléculas – que é essencialmente a mesma em injetáveis e em comprimidos – e o mercado. O medicamento do post é também do tipo GLP-1, complexo e será, inevitavelmente, caro.
        O grande impacto esperado é o fim da patente do Ozempic e Wegovy em 2026, em alguns mercados e que surjam genéricos, apesar dessa complexidade, o que vai trazer problemas em termos de controlo de qualidade.

        • Zé Fonseca A. says:

          Wrong.
          O que conta é o processo de fabrico e armazenamento.
          Vai ver quantos laboratórios em Portugal tens a produzir injectáveis face aos que produzem comprimidos e até tens um excelente exemplo de um país sem capacidade financeira 😉

          • Max says:

            Vai ver mas é quais são as previsões dos especialistas – dizem que vai ficar na gama de preços da concorrência, em vez de te pores a inventar.

          • Zé Fonseca A. says:

            tenho essa info dentro de casa, não preciso de ir ler rumores 😉

          • Max says:

            Confidências de Musk, segredos comerciais da Eli Lilly. Não te falta nada. Mas há muito que se fala do Ozempic em comprimidos e não se veem. E há outros a anunciar comprimidos. Reconhece-se que não precisarem de frigorífico e embalagem de injeção, pode diminuir o preço, mas não os torna baratos. Nem abundantes (a menos que a indústria dos genéricos, dos que perderam a patente, venha a funcionar em larga escala)

          • Zé Fonseca A. says:

            A abundância não tem a ver com existirem genéricos, basta existir procura.
            Produção e armazenamento de um injectável é quase 100 vezes mais dispendiosos, já para não falar no shelf life reduzido.
            Do musk é trollice, e não sei nada da Lilly, mas se há coisa que conheço muito bem é a indústria.
            R&D para estas coisas leva cerca de 10 anos, não há atalhos para ensaios clínicos

          • Max says:

            Só pode ter sido por confidência de Musk que ficaste a saber que ele quer substituir as redes móveis pelo Starlinnk direct-to-cell. É que a Starlink sempre afirmou que se destinava a áreas remotas.
            Quanto à Lilly ir vender os seus comprimidos baratos só pode ser inside infrmation porque mais ninguém prevê isso.
            Quanto aos genéricos, um dos países em que a patente do Ozimpic e do Wegovy finda em 2016 é a Índia. Sabe-se que já se está a posicionar para investimentos massivos. Falta saber como se vai articular com a China onde são produzidos a maior parte dos produtos farmacêuticos. Pesquisa para produzir genéricos não é necessária, já está feita, é só seguir a patente, que ficou livre.
            Quanto a havendo procura aparece a oferta … a procura dos GLP-1 é coisa que não falta – mas a oferta continua largamente insuficiente, dada a complexidade das moléculas que dificulta a produção. Só aumentando a produção, com mais mais produtores – mas de genéricos, à medida que as patentes vão ficando livres.

          • Max says:

            Acima, 2026.

          • Zé Fonseca A. says:

            Agora há obesos na China e na Índia? Lol
            Eles preparam investimentos para terem os laboratórios preparados para quando o Ocidente lhes vier bater à porta para produzir barato

  2. Artilheiro says:

    Esperemos que este medicamento apenas seja subscrito a quem tem mesmo problemas de obesidade e não a quem tem problemas em controlar, aquilo que come.

    • Max says:

      Qual é a diferença?

      • Artilheiro says:

        A diferença é que há pessoas que, mesmo comendo pouco, engordam muito. Tem a ver com o metabolismo da pessoa, ou com algum tipo de medicação, que possa estar a tomar.
        É diferente daquelas que não têm problema nenhum e que são autênticos devoradores
        de comida.

        • Max says:

          A “Vista Geral de IA” sintetiza assim a ação dos medicamentos GPL-1. Além de contribuir para o controlo da diabetes de tipo 2 – ajudam a comer menos:
          – No pâncreas – estimulam a libertação de insulina quando o nível de açúcar no sangue está alto, ajudando a normalizar a glicemia. Redução do glucagon, que aumenta a glicose no sangue.
          – No estômago – ajudam a retardar a digestão e o esvaziamento do estômago. Isso prolonga a sensação de saciedade após as refeições, levando a uma menor ingestão de calorias e, consequentemente, à perda de peso
          – No cérebro – agem no centro de saciedade do cérebro, diminuindo o desejo por alimentos. Ao reduzir o apetite, esses medicamentos auxiliam na ingestão calórica reduzida, um fator essencial para o controle do peso.
          – Outras ações:
          Efeitos cardiovasculares – além do controle da diabetes tipo 2, e como opção terapêutica à perda de peso, estudos associam o uso de análogos de GLP-1 à redução de eventos cardiovasculares.

          • Max says:

            Resumindo, quanto ao peso, os GLP-1 ajudam a manter a boca fechada. Quem pensar que o mistério é outro e não aproveitar para comer menos – engana-se.

    • Alberto Grijó says:

      Não concordo. Acho que o medicamento nesse caso deveria ser prescrito juntamente com medicação com acompanhamento médico especializado em psicologia, sobretudo para controlar o que come, quantidades e conseguir resistir aos acesso de comida que existem em pessoas durante a noite ou outra hora do dia.
      É um fenómeno silencioso, mas cada vez mais gente sofre disto, associado a stress e outros motivos inclusivé emocionais.

    • B@rão Vermelho says:

      Com todo o respeito, qual é a diferença?
      Quem come descontroladamente vai acabar por ser obeso, e contrair outras complicações, se poderes evitar chegar a esse ponto, ganhamos todos, o que tu estas a pensar é na comparticipação do SNS, quem realmente é doente deve de ter uma comparticipação maior do medicamento.

      • halnaweb says:

        Nem estava a pensar no sns.
        estava só a pensar na quantidade de gente que sofre deste problema e tem dificuldades em reduzir. Daí se calhar o apoio médico, talvez faça sentido juntamente com o medicamento. Sempre atenua o problema.

        • B@rão Vermelho says:

          @halnaweb, completamente de acordo contigo, os problemas alimentares são por diversos fatores, psicológicos, pobreza, culturais e por ai fora, a minha pergunta era para o @Artilheiro, e quando fiz a pergunta a único comentário era o dele, e mesmo respeitando a opinião dele não concordo com ela e por isso com o respeito que ele e outro qualquer merece fiz aquela referencia.

      • Manuel da Rocha says:

        Sabe para ter uma alimentação “nutritiva”, como é dada pelos nutricionistas, terá de gastar 6730 euros, por mês, só em comida?
        Isto sem contar com os 900 euros, pelo ginásio e os 6000 euros, pelos massagistas.
        Não é tudo simples… e sem falar dos 50000 euros para pagar as consultas de nutricionismo, ou outras formas, por ano.

      • Artilheiro says:

        A diferença é que há pessoas que engordam por problemas de saúde e outras, por comer descontroladamente. As que engordam por comer descontroladamente, devem ser acompanhadas, por um nutricionista, de forma a conseguirem controlar o que comem e como comem. Compreendo o seu ponto de vista, mas se não houver regras vai acontecer o mesmo que aconteceu com o medicamento, para os diabéticos.

    • Zé Fonseca A. says:

      Não é relevante, tem formulação oral, não vão existir problemas de stock como os injectáveis, pode ter toda a procura do mundo que é possível dar conta da produção

    • PJA says:

      Bem dito, o primeiro passo é  controlar quanto se come e o que se come. Se puder associar exercício físico melhor.

  3. Simão says:

    Ah pois claro, nos EUA à quantidade de malta obesa porque não quer deixar de comer tudo e mais alguma coisa querem controlar o “cabedal” por meio de comprimidos.

    Tal como o ozempic que quem precisa não o consegue encontrar por causa da malta que o toma para controlar a boca.

    • Max says:

      Como dizia alguém com graça, o que importa é acompanhar o BigMac, com batatas fritas extra e molhos – com uma CocaCola Zero. O McDonalds vai oferecer o comprimido do post a quem comer dois.

      • B@rão Vermelho says:

        Por lá nos EUA assim como por cá os alimentos saudáveis são mais caros, por exemplo o peixe que é de “borla” anda a “solta” nos oceanos é muito mais caro que a carne, acho que não há dúvidas disso, por lá a comida de “plástico” é muito mas mesmo muito mais barato, vai dai toca comprar comida super processada cheia de corante e conservantes.

        Ps a referência ao peixe ser de borla é apenas uma.forma de expressão.

        • Zé Fonseca A. says:

          Que percentagem do território dos EUA tem proximidade ao mar?
          Já carne depende, principalmente nos estados do sul existe muita produção bovina, boas carnes e bons cortes, muitas vezes melhores que as nossas, o problema é que custam caro e o americano glutão quer mais carne não quer carne com mais qualidade.
          Steakhouses com bifes a $150 é mato, para quem apreciar qualidade

          • B@rão Vermelho says:

            A referencia ao peixe aplica-se a Portugal também, temos mar em quase toda a volta, e o peixe é caríssimo por tudo o que envolve a indústria pesqueira.
            Tu que viveste nos EUA, sabes bem que a comida fresca é muito mais cara que a comida processada, ou restaurante de faca e garfo vs fastfoods .
            Isto tudo só para dizer que a nossa dieta é muito dependente do nosso rendimento.

          • Zé Fonseca A. says:

            nos EUA a questão do peixe é precisamente a maior parte do território estar longe do mar, não lhes de nada estarem rodeados de mar quando tens zonas a milhares de kms do mar, tens zonas do Alentejo em PT onde é difícil chegar peixe fresco, agora imagina..

            é mais cara, mas não muito mais cara, proteína de qualidade isso sim é caro, proteína no geral é barato.
            nos EUA não se coloca a questão financeira, quando lá vivia gozamos muito com os americanos porque facilmente gastam $50 por dia em lixo, existem até pseudo influencers que fazem uns videos de preparação das marmitas dos maridos, e levam sempre nas marmitas mínimo de 4 gatorade/monster/NOS/outro, só em energy drinks gastam uma fortuna, procura por Mama J. Rae e prepara-te para como qualquer europeu ficar impressionado com a realidade de uma low income Family nos EUA
            nota: low income 60k ano

  4. Joao Ptt says:

    Uau, mais um comprimido mágico que faz a pessoa perder peso, venha já daí para a malta, e ainda por cima os “efeitos secundários” descritos parecem ser o que se quer, resta saber se existem outros efeitos secundários que não são desejáveis.

  5. RicM says:

    Faltou dizer que o estudo foi financiado pela própria empresa que o fabrica e que o investigador principal também trabalha para a empresa, bem com a quase totalidade dos restantes participantes. Tanto poderá significar algo como não, mas acho que deveria ter sido mencionado.
    Também acho que teria sido útil mencionar que qualquer uma das drogas que atua no complexo GLP-1 imita a supressão do apetite pelo que a verdadeira essência da melhoria da saúde das pessoas está somente na redução das calorias ingeridas. Daí advém que a superioridade desta droga relativamente às outras pode estar dependente do modo como a restrição calórica foi garantida.

  6. Márcio says:

    Caminhar ainda é de graça? Você já pode economizar dinheiro comendo apenas 5 vezes por semana no McDonald’s ao invés de 6…

  7. Grunho says:

    Passas a ir trabalhar a pé ou de bicicleta e além de poupar em transporte e em ginásio (de bicicleta muitas vezes até poupas em tempo) e além disso tudo até poupas em medicamentos.

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