Novo buraco do ozono detetado, agora sobre o Ártico!
Vamos recuar ao tempo em que os clorofluorocarbonetos (CFC) foram identificados nos anos 80 como os responsáveis por fazer graves danos na atmosfera do planeta. Em 1985 era descoberto o buraco na camada de ozono. Desde essa altura o fenómeno passou a estar presente entre nós e aumentar significativamente. No entanto, a partir de 2012, o buraco começou a diminuir e foi dado mesmo como fechado há algumas semanas.
As más notícias mostram agora que se está a formar um outro buraco. Desta vez o problema está sobre o Ártico e não no Polo Sul!
Recentemente foram dados a conhecer dados de observações de satélite e simulações climáticas, que mostravam uma mudança dos padrões do vento relacionados com a recuperação da camada. Segundo apontaram os investigadores, esta recuperação da camada era resultado em grande parte do Protocolo de Montreal acordado internacionalmente em 1987. Foi nesse tratado que se proibiu a produção de substâncias (CFCs) que destroem a camada de ozono.
Ozono: Más notícias no outro polo da Terra
Os buracos na camada de ozono são formados quando a quantidade de ozono está abaixo dos níveis normais. Isso geralmente ocorre no inverno, quando as nuvens de alta altitude trazem cloro e consomem o ozono da área. O buraco na camada de ozono, e em linhas muito gerais, é a ausência de níveis suficientes de ozono. Como resultado, o planeta fica exposto à radiação que atravessa mais facilmente a atmosfera e chegue até nós.
Nas últimas semanas, foi descoberto um buraco na camada de ozono do Ártico. É o maior já registado no Polo Norte e os dados recém-divulgados nos últimos dias revelam que este já rivaliza com o buraco na camada de ozono no Hemisfério Sul.
O buraco na camada de ozono no Ártico não é novo, foi registado pela primeira vez em 1997 e depois em 2011. No entanto, o seu tamanho era insignificante em comparação ao do Polo Sul. Por outras palavras, a diminuição dos níveis de ozono tem sido mínima para ser um verdadeiro buraco de ozono como o da Antártica. Mas... isso mudou durante 2020.
Polo Norte com um grande buraco na camada do ozono
Este ano, os ventos que atingiram o Polo Norte prenderam o ar frio dentro de um vórtice polar, tornando o inverno do Ártico o mais frio já registado nas últimas décadas. A estas baixas temperaturas, nuvens de alta altitude formaram-se e começaram a destruir o ozono (não as nuvens, mas os componentes da poluição trazidas pelas nuvens).
Segundo os investigadores, este ano houve uma redução de cerca de 90% da camada de ozono em algumas áreas do Ártico. Normalmente, as medições são feitas a 18 km de altitude, onde geralmente ocorre a maior concentração de ozono. Onde antes existia 3,5 / 1.000.000 de ozono, este ano haverá apenas 0,3 / 1.000.000. Portanto, há uma redução drástica.
Nas próximas semanas, com o aumento da temperatura e consequentemente a dissolução das nuvens, o ozono nesta área começará a recuperar. No entanto, ele também pode mover-se um pouco e aproximar-se de áreas mais populosas.
Tendo em conta a constituição do Polo Sul sem terra e relevo (ignorando o maciço gelado), é mais fácil ocorrer temperaturas drásticas do que no Polo Norte, onde existem montanhas e outros fenómenos geológicos que impedem grandes quedas de temperatura. É por isso que sempre tivemos um grande buraco no ozono no Polo Sul e não no Polo Norte. Agora resta-nos perceber se é possível reverter este buraco no Polo Norte como foi conseguido no Polo Sul.
Leia também:
Este artigo tem mais de um ano
A ciência dos buracos!
Só nos faltava agora esta.Que “linda” conjuntura,sim senhor. 😐
Porque é que um site sobre tecnologia se interessa por questões climáticas?
a tecnologia deve à ciência
Manuel, e quando apresenta algo do Covid 19 o site interessa-se por saúde, quando apresenta meteoritos e planetas, interessa-se por astronomia…. é por aí adiante.
+1
Não que me incomode sinceramente, mas se pensarmos bem, não faz grande sentido.
Tecnologia, ciência e inovação… são o nosso mote, desde sempre.
estão interligadas
a Tecnologia está em todo o lado actualmente
Se o buraco do ozono é aumentado pelas temperaturas baixas, a verificar-se este aumento de tamanho, quer isto dizer que as alterações climáticas estão a regredir, não é? Partindo do pressuposto que as ditas alterações causariam, principalmente, o aumento da temperatura e consequente degelo, polo norte incluído.
Como se vê pelo aumento de tamanho do buraco, afinal a temperatura estará a baixar significando uma aparente recuperação das alterações climáticas.
Mas que grande buraco na teoria das alterações climáticas!
+1000
Completamente errado. Aliás, é o contrário.
Com o aquecimento da temperatura global, tivemos o derreter do gelo no Ártico, resultando numa alteração da localização do jet-stream. Este agora desceu para o centro da Gronelandia, no paralelo 73.
E é esta a causa da alteração de temperatura localizada sobre o Ártico.
É preciso ter em conta que a alteração de temperaturas a nível global, resulta na alteração de várias correntes de ar e água.
Por exemplo, nós em Portugal beneficiamos da corrente marítima quente, originada no golfo do México e que aquece a nossa costa. No inverno, isto resulta em temperaturas menos baixas do que noutros locais no mesmo paralelo. Por exemplo, Nova Iorque fica no mesmo paralelo que Portugal, mas tem invernos muito mais frios.
Se a subida de temperatura a nível global subir e alterar a circulação da corrente do golfo do México, nós vamos a passar a ter invernos mais frios.
Climatologia é muito mais complexa do que se subir a temperatura no planeta, todos os locais vão aquecer na mesma proporção.
Pois, mas o que ele se referiu, pelo contexto e pelo resto do comentário dele, é à teoria das alterações climáticas causadas pelo homem… Na tua resposta falas já das consequências de um aquecimento, mas o que ele quer dizer é que vai por água abaixo a teoria de que somos nós que causamos os buracos e as alterações climáticas.
+1
Andou a civilização a trabalhar para produzir um Smog de qualidade e agora, querem acabar com isso.
Sem falar das florestas, andamos nós a gastar tempo e dinheiro a mandar tudo abaixo e agora querem perder tempo e dinheiro a plantar.
“Tendo em conta a constituição do Polo Sul sem terra e relevo (ignorando o maciço gelado), é mais fácil ocorrer temperaturas drásticas do que no Polo Norte, onde existem montanhas e outros fenómenos geológicos que impedem grandes quedas de temperatura.”
Não, é ao contrário, o Polo Sul é onde há terra, é o continente antártico. Já o Polo Norte, esse sim é praticamente só gelo.
Pois, estava a ler essa parte e fiquei ” mas não é ao contrário?”
O terreno circundante. Se ignorarmos, como diz no texto, o maciço gelado (aí é que tem no Polo Sul terreno), as áreas circundantes do Polo Norte trazem uma configuração diferente.
A questão é que estas noticias sempre reflecte a acusação de que tudo depende da actividade humana, sem que haja lugar ao contraditório.
Por exemplo, apesar de estar tudo parado: aviões, carros e fábricas o CO2 continua a subir e não se vê na grande media noticias sobre isto.
Isso é como dizer que a quarentena e isolamento não é eficaz pois todos os dias aparecem novos infectados com Covid-19.
Da uma vista de olhos ao Flightradar24 e diz-me se está realmente tudo parado.
@manuel
Pergunta a um defensor das alterações climáticas serem causadas pelo Homem, a percentagem de CO2 na atmosfera, pergunta se sabe dizer a percentagem de contribuição do Homem para esse CO2 (lá os milhões de toneladas que emitimos, que percentagem representa no aumento de CO2), pergunta também por que razão ainda se tentam compreender tantos fenómenos e por que razão ainda se fazem dezenas e dezenas de estudos sobre o clima, para tentar entender fenómenos que ainda não compreendemos. Vais ver que não te respondem, na maioria. Debitam o que vêem nos media…
O CO2 nada tem que ver com a nossa actividade e se eles falassem nisso, lá ia a teoria mentirosa deles por água abaixo…
Por outro lado, se isto reverte assim tão rápido (partindo do pressuposto que somos nós os culpados) então o problema está resolvido…lol Eles que falavam de um “ponto de não retorno”!!!! lolol Que paródia…
E lá vai o discurso da Greta também, que não poderemos voltar atrás e temos uma data limite..2030. Basta fecharmos tudo durante 15 dias e fica resolvido (segundo o que eles têm dito, a Terra já está a recuperar a todos os níveis lol)
exelente artigo sim senhor