MIT desenvolveu combustível hidrogénio a partir de alumínio e água
Com a tentativa de distanciar o mundo dos combustíveis fósseis, por forma a minimizar as emissões de carbono provenientes dos vários países, são considerados outras fontes de combustível, como o hidrogénio. Nesse sentido, investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriram uma forma simples de gerar combustível hidrogénio, em qualquer lugar.
A fórmula desenvolvida implica a utilização de alumínio e água.
Os alertas constantes relacionados com as alterações climáticas potencializadas pelas emissões de gases de efeito de estufa direcionam os governos para um planeamento que motive a drástica diminuição dessas. Um dos grandes objetivos é, conforme temos vindo a acompanhar, uma reforma dos métodos através dos quais os cidadãos se deslocam.
Se os elétricos são uma das opções mais mencionadas, logo a seguir poderá estar o combustível hidrogénio. Contudo, para que seja uma opção, efetivamente, viável, é necessário trabalhá-lo, desenvolvendo-o. Afinal, o hidrogénio é capaz de substituir, eficazmente, os combustíveis fósseis, para geração de energia.
Contudo, para uma utilização generalizada, o gás precisa de ser transportado e, atualmente, esse transporte é alimentado por combustíveis fósseis. Mais do que isso, a geração de hidrogénio implica também a libertação de gases de efeito de estufa.
Resíduos de alumínio utilizados na investigação do MIT
Agora, investigadores do MIT encontraram uma forma simples de gerar combustível hidrogénio, em qualquer lugar, utilizando apenas alumínio e água. Laureen Meroueh, Douglas Hart e Thomas Eager demonstraram que o hidrogénio pode ser gerado através da reação do alumínio com água. Esta ocorre à temperatura ambiente e leva à formação de hidróxido de alumínio ao mesmo tempo que liberta gás hidrogênio.
Sendo o alumínio utilizado em itens do quotidiano e termina, muitas vezes, no lixo. Por isso, os investigadores do MIT quiseram aproveitar esses resíduos de alumínio para obter o combustível.
Para evitar a formação do óxido de alumínio – uma reação do alumínio aquando do contacto com o oxigénio -, a equipa utilizou dados de experiências anteriores e pintou os resíduos de alumínio com uma mistura eutética de gallium e indium, que permanece em estado líquido à temperatura ambiente e permite a libertação do hidrogénio.
No comunicado de imprensa, Laureen Meroueh revelou que essa mistura pode ser recuperada no final do processo e reutilizada.
A investigação do MIT provou que o alumínio pode ser utilizado como fonte de hidrogénio limpo, que pode ser armazenado e transportado em segurança.
Este artigo tem mais de um ano
O hidrogénio é o unico caminho para um futuro sem poluição dos carros. Lá ver se chegamos rápido a esse ponto.
Depende da forma como o H2 é produzido. Nos métodos atuais a produção e posterior aproveitamento do H2 não é eficiente, tendo as baterias um muito melhor rendimento.
Talvez esse método de produção de H2 altere isso, só vendo para querer.
alumínio está cada vez mais caro.. logo não sei onde ha vantagens
poucas ou nenhumas em situações normais do dia a dia, já que estamos a falar de usar materiais consumíveis (por outras palavras reagentes) com elevado grau de pureza, quer o alumínio quer a água, coisas que encarecem também bastante. Para além de que obrigaria a ter que lidar com a reciclagem do líquido de hidróxido de alumínio, para ser reconvertido em alumínio.
E o subprodutos que sobra com essa reação química
Eu quando era miúdo fiz uma vez a experiência de alumínio com um ácido era por numa garrafa de plástico tapada e bummm ficou um subprodutos que devia de ser tóxico
Provou que o alumínio pode ser utilizado como fonte de hidrogénio limpo, mas daí a ser uma opção viável está uma grande distância.
na verdade nem sequer provou que pode ser uma fonte limpa de hidrogénio, já que o “limpo” depende do processo de fabrico do alumínio que seria consumido, e a maioria do alumínio é fabricado por um processo que produz CO2.
Eles disseram que seria usado o alumínio descartado, ou seja, não aumentará produção.
Disseram também que após o processo, a mistura volta ao normal podendo ser reaproveitada. Da queima do hidrogênio sobra água. Ou seja, a própria água poderá ser reaproveitada e apenas complementada para que o processo se repita.
O que eles disseram é que desejavam aproveitar alumínio descartado, mas o que eles acabam por dizer é que:
1) o alumínio normalmente produzido tem uma camada superficial de óxido de alumínio que impede a reacção, obrigando a que o alumínio tivesse que ser tratado com outros materiais;
2) o alumínio normalmente produzido é uma liga metálica com várias impurezas, não é alumínio puro, e isso interfere com a reacção!
Ora o que isto implica é que não vai poder ser qualquer alumínio se se sequer uma reacção com um mínimo de previsibilidade e eficiência. Ou seja, está-se dependente de alumínio com origem controlada e com a qualidade desejada, o que torna algo impraticável usar simplesmente alumínio do lixo para produção de hidrogénio em muito larga escala, já que há tantos tipos diferentes de alumínio produzidos cuja composição nem sequer é identificada no produto final. Numa aplicação em larga escala ter-se-ía muito provavelmente que depender de produção de alumínio especialmente para esta aplicação, para controlar a qualidade, tal e qual o que eles acabaram por fazer nos seus ensaios.
Se queres reaproveitar hidróxido de alumínio necessitas dum processo que consome energia, necessitas duma fábrica e de implementar um ciclo/logística de reciclagem. Isto é, o “limpo” continua a estar dependente da fonte de energia e do processo de reciclagem. Duvido que o processo seja muito eficiente em termos energéticos, até porque a produção de alumínio é normalmente a temperaturas elevadas, e ainda seria necessário tratar o alumínio para poder reagir com a água.
A água que aproveitarias do hidrogénio provavelmente não seria suficiente, já que a água usada no processo acabaria contaminada com componentes do alumínio. Seria necessário renovar toda a água periodicamente.
Só a eletricidade gerada por queima de carvão e outras substancias nocivas é que é “limpo”. Se todo o processo pode ser infinitamente reciclado e reaproveitado, qual é a tua duvida?
lapizazul, mas porque é que vens com falácias? Quem é que aqui disse que a alternativa é carvão ou combustíveis fósseis?
Primeiro, e vê se percebes, o processo de produção normal de alumínio é ele próprio uma fonte de CO2 (nem sequer tem a ver com a fonte de energia).
Segundo, um processo de reciclagem de hidróxido de alumínio para transformar em alumínio, e o usar o alumínio como a “fonte” de energia noutro local, é energicamente menos eficiente que alternativas já existentes de produção limpa de hidrogénio.
O objectivo destes grupos é ter uma forma mais compacta para armazenar energia e transportar para outro local. Mas não resolvem questões de eficiência que são importantes, já que com menor eficiência é preciso mais energia que é preciso ir buscar a algum sítio!
Douglas Charles Cunha, faltou completar a ideia quanto à água! A própria reacção com o alumínio leva à perda de água (metade da água mais concretamente), por isso definitivamente seria preciso mais água periodicamente!
Venha ele… Estamos no ponto de não retorno e é urgente avançarmos. Infelizmente o Toyota Mirai é demasiado caro para o meu bolso, porque estações de abastecimento existem por agora as suficientes para viajar de norte a sul sem preocupações. Pelo menos onde vivo…
Falei no hidrogénio. só o hidrogénio. quem conseguir extrair o hidrogénio da atmosfera ou de um deposito de agua de uma maneira eficaz e sem consumíveis pelo meio. tira-nos deste buraco poluído. será uma revolução brutal a todos os níveis.
A agua talvez fosse possível usar à dos esgotos tratadas.