Há 2,46 mil milhões de anos um dia na Terra tinha 17 horas e a Lua estava mais próxima
Um dia, daqui a milhões de anos, a Lua já não será vista como hoje a vemos! Isto porque o nosso satélite natural está a afastar-se da Terra a uma taxa de cerca de 3,8 cm a cada ano. Uma das consequências diretas é os dias no nosso planeta ficarem mais longos. Pela primeira vez, os astrónomos conseguiram estimar a duração do dia e a distância até à Lua, como era há quase dois mil milhões e meio de anos. Naquela altura, o nosso dia teria apenas 17 horas de duração.
Esta descoberta foi conseguida graças à análise de registos geológicos, possibilitando aos cientistas uma previsão da duração de um dia nessa época distante.
Há 2,46 mil milhões de anos, um dia na Terra tinha 17 horas
À medida que a Lua orbita a Terra, há um efeito sobre os rios e os mares, conseguindo com a sua ação elevar as marés. Estas protuberâncias estendem-se na direção da Lua e no lado oposto da Terra. Mas a Terra também gira, e esta rotação faz avançar a protuberância da maré em relação à posição atual da Lua.
Esta protuberância dá um puxão gravitacional extra à Lua, como uma trela invisível a puxar no nosso satélite. Este puxão gravitacional impulsiona a Lua para uma órbita mais distante.
Contudo, a energia para potenciar aquela órbita tem de vir de algum lugar, e vem da rotação da Terra. No passado distante, o nosso dia era muito mais curto, à medida que a Terra girava muito mais depressa sobre o seu eixo. Mas a cada dia que passa, este dia está a ficar cada vez mais comprido.
Os astrónomos já sabiam disto há algum tempo e usaram registos geológicos para estimar a duração do dia no passado. Mas há um limite para o que estes registos nos podem dizer. Novas investigações recorreram a um tipo diferente de registo geológico para estimar a duração do dia.
Os investigadores estudaram formações de ferro em faixas de rochas sedimentares na Austrália Ocidental. Nestes tipos de formações, camadas ricas em ferro alternam com camadas mais argilosas. A forma destes padrões é determinada pelo clima da Terra.
O clima da Terra passa por várias variações diferentes, incluindo uma chamada ciclo de Milankovitch, que é determinada pela órbita da Terra e pela duração do dia da Terra.
Os cientistas foram capazes de reconstruir a duração do dia da Terra na altura em que estas formações foram implantadas, há 2,46 mil milhões de anos. Descobriram que na altura os dados duravam apenas 17 horas, muito menos do que as atuais 24 horas.
A distância atual até à Lua dá-nos o fenómeno muito especial dos eclipses solares totais. Isto só pode ser possível se o tamanho aparente do Sol e da Lua forem os mesmos no nosso céu. Embora isso seja verdade por agora, dentro de algumas centenas de milhões de anos a Lua estará demasiado longe, e será demasiado pequena para nos dar eclipses solares totais. Por isso, desfrute-os enquanto duram.
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Fonte: Pplware/Via
Mais uma preocupação dramática.
Já não bastavam as alterações climáticas.
A Culpa seria do António Costa de certeza…
Será que os efeitos gravitacionais de uma lua tão próxima viabilizaram a existência de animais “pesados”?