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Cientistas da OMS na China para investigar comércio de animais selvagens

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Ana Sofia Neto


  1. George Orwell says:

    Em 2013, a Dra. Shi Zhengli, conhecida internacionalmente por “bat woman” , talvez a maior autoridade mundial em coronavírus de morcegos por ter liderado a investigação no Instituto de Virologia de Wuhan nos anos que precederam a eclosão da COVID-19, subscreveu um artigo na prestigiada revista Nature no qual adverte :
    “Our results provide the strongest evidence to date that Chinese horseshoe bats are natural reservoirs of SARS-CoV, and that intermediate hosts may not be necessary for direct human infection by some bat SL-CoVs.They also highlight the importance of pathogen-discovery programs targeting high-risk wildlife groups in emerging disease hotspots as a strategy for pandemic preparedness”
    Assim sendo, impõe-se a questão : Se em 2013 na R.P.China os cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan já tinham antecipado e até advertido para a transmissão directa e natural do coronavírus ao homem comprovada na prática com o surto epidémico em Wuhan e Harbin ( sedes dos laboratórios P4, que espantosa coincidência ! ) POR QUE RAZÃO, TENDO IMPOSTO UM APERTADO CONFINAMENTO EM WUHAN, A R.P. CHINA NÂO TRAVOU, COM O MESMO AFINCO, AS SAÍDAS PARA O ESTRANGEIRO ??

    Imaginemos que alguém a quem se encontra confiada a guarda dos filhos e de outras crianças amigas para as levar levar à praia, vem na praia a confrontar-se com a bandeira vermelha e uma ondulação que sabe ser fatal, consequentemente proíbe os filhos ir ao mar, porém, ao invés, não evita que as crianças amigas sigam para o mar, considerando o resultado fatal como um dos possíveis ou eventuais da sua omissão. A conduta da R. P. China não difere muito desta, mais , perseguiu os médicos que ousaram denunciar a epidemia.

    No limite, tal conduta parece inserir-se naquilo que a Criminologia designa por dolo eventual ou até dolo necessário, ou seja, a R.P. CHINA não podia ignorar a consequência resultante de milhares de pessoas voarem de Wuhan para o exterior e não o evitou, antes se conformou com tal conduta e consequente resultado em circunstâncias que extravasam a mera negligência no espoletar da pandemia, o que equivale a dizer, teve todo o zelo para o confinamento local e toda a omissão para uma pandemia exterior, bem patente no flagrante contraste entre o número de chineses infectados – 83.000 – que permanece desde então quase incólume e as mais de 567.000 vítimas mortais em mais de 13.000.000 infectados no exterior.
    E esta conduta dolosa manteve-se até 23 de Janeiro quando finalmente restringiu as saídas, mas o mal já estava irremediavelmente consumado, presumivelmente sem surpresa para quem o facilitou.

    Daí que seria muito bem vinda uma investigação internacional independente ou inquérito em instância internacional competente, nem que seja para inocentar a R.P.China ao dar-lhe uma oportunidade de se defender em sede própria e não no âmbito do ruído e das narrativas propagandísticas Trump vs R.P.China que apenas lançam poeira sobre o essencial. Quem tem medo de tal investigação ? Se a tal obstar, dará azo a mais teorias conspirativas, algumas mais razoáveis e verosímeis do que as narrativa oficiais. E a OMS pouco mais fez do que seguir a narrativa oficial chinesa, sabendo-se que a R.P. China é um dos seus grandes financiadores.

    Mas, se houvessem dúvidas sobre a narrativa China / OMS, eis que uma outra virologista chinesa, Li-Meng Yan, acaba de fugir para o ocidente e já assegurou ao mundo, nomeadamente, que a China e também a OMS tinham conhecimento da existência e do perigo do novo coronavírus muito antes de anunciarem oficialmente o surto.

    Se um conhecido aforismos chinês nos dita que “uma imgem vale mais que mil palavras”, neste caso, recuando até 2013, parece que as centenas palavras do artigo da Nature subscrito por Shi Zhengli – “bat woman” – valem mais que milhões de imagens. Ler para crer todo o “script” em :
    https://www.nature.com/articles/nature12711
    O filme correspondente a este scrip bem pode aproveitar os excelentes actores da série “Chernobyl”, substituir as instalações nucleares pelo Instituto de Virologia de Wuhan e, de resto, “mutatis mutandis”, para uma crónica de uma pandemia anunciada.

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