Buraco na camada de ozono de 2023 é um dos maiores já registados. Não estava a fechar?
Habituámo-nos a ouvir os cientistas dizer: "O buraco do ozono está a diminuir". O buraco anual, que surge no final do inverno sobre a Antártida, varia de tamanho consoante as alterações climáticas. E muda ligeiramente de dia para dia e de semana para semana. E de facto o tamanho do buraco tem vindo a diminuir nas últimas duas décadas. Contudo, neste ano de 2023... algo mudou! Que se passou?
Efetivamente houve e há um resultado positivo face a um acordo internacional para eliminar os químicos que empobrecem a camada de ozono na atmosfera terrestre, através do Protocolo de Montreal, adotado em setembro de 1987. As medições do buraco de ozono de 2023 - efetuadas pelo satélite Copernicus Sentinel-5P - mostram que o buraco de ozono deste ano sobre a Antártida é um dos maiores de que há registo.
O buraco é aquilo a que os cientistas chamam uma "zona de Rarefação da Camada de Ozono". E as más notícias são a sua dimensão. O buraco atingiu um valor acima dos 26 milhões de quilómetros quadrados em 16 de setembro de 2023. Isto é cerca de três vezes o tamanho do Brasil.
O que poderá estar por trás deste "desastre"?
O tamanho do buraco do ozono flutua regularmente. Por exemplo, de agosto a outubro, o buraco do ozono aumenta de tamanho e atinge o máximo entre meados de setembro e meados de outubro. Depois, quando as temperaturas no alto da estratosfera começam a subir no hemisfério sul, a destruição do ozono abranda. Além disso, o vórtice polar enfraquece e acaba por se desintegrar. Assim, no final de dezembro, os níveis de ozono voltam ao normal.
Estes dados, agora com mais rigor, são obtidos pelo Copernicus Sentinel-5P - abreviatura de Sentinel-5 Precursor - lançado em outubro de 2017 e que se dedica a vigiar a nossa atmosfera.
O satélite transporta um avançado espetrómetro de imagem multiespectral chamado Tropomi. Este deteta gases atmosféricos em diferentes partes do espetro eletromagnético para obter imagens de uma vasta gama de poluentes.
As medições do ozono total do Tropomi são processadas no segmento terrestre do Sentinel-5P no Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
O que dizem os cientistas?
Segundo os cientistas:
Os produtos de ozono total do Sentinel-5P têm uma precisão ao nível da percentagem em comparação com os dados terrestres. Isto permite-nos monitorizar de perto a camada de ozono e a sua evolução. As medições Tropomi estão a alargar o registo global de dados de ozono dos sensores de satélites europeus que cobrem quase três décadas.
Comentou Diego Loyola, um cientista sénior do DLR.
Estes resultados, que nos mostram a dimensão através do Sentinel-5P são fornecidos ao Serviço de Monitorização da Atmosfera do Copernicus (CAMS) no prazo de três horas após a medição.
O CAMS é implementado pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF) em nome da União Europeia. Inclui estes dados de ozono Sentinel-5P quase em tempo real no seu sistema de análise e previsão de dados.
O nosso serviço operacional de monitorização e previsão do ozono mostra que o buraco do ozono de 2023 teve um início precoce e cresceu rapidamente desde meados de agosto. Atingiu uma dimensão de mais de 26 milhões de km2 em 16 de setembro, o que o torna um dos maiores buracos de ozono de que há registo. Os dados de ozono do Tropomi são um conjunto de dados importante para a nossa análise do ozono.
Afirmou Antje Inness, cientista sénior do CAMS.
Por que razão o buraco do ozono está assim tão grande em 2023?
A variabilidade do tamanho do buraco de ozono é largamente determinada pela força de uma forte corrente de vento que flui em torno da área da Antártida. Esta corrente de vento forte é, por conseguinte, uma consequência direta da rotação da Terra e das fortes diferenças de temperatura entre as latitudes polares e as latitudes moderadas.
Se a banda de vento for forte, por exemplo, atua como uma barreira. Consequentemente, as massas de ar entre as latitudes polares e temperadas deixam de poder ser trocadas. As massas de ar permanecem então isoladas sobre as latitudes polares e arrefecem durante o inverno.
Embora possa ser demasiado cedo para discutir as razões subjacentes às atuais concentrações de ozono, alguns investigadores especulam que o buraco de ozono de 2023 poderá estar associado à erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai em janeiro de 2022.
Segundo os cientistas, a erupção do vulcão Hunga Tonga, em janeiro de 2022, injetou muito vapor de água na estratosfera. Este só atingiu as regiões polares sul após o fim do buraco do ozono de 2022.
O vapor de água pode ter levado a uma maior formação de nuvens estratosféricas polares, onde os clorofluorocarbonetos (CFC) podem reagir e acelerar a destruição do ozono. Além disso, a presença de vapor de água pode também contribuir para o arrefecimento da estratosfera antártica. Este facto contribuiria para aumentar a formação destas nuvens estratosféricas polares, resultando num vórtice polar mais robusto.
No entanto, é importante notar que o impacto exato da erupção de Hunga Tonga no buraco de ozono do Hemisfério Sul continua a ser objeto de investigação. Isto deve-se, nomeadamente, à ausência de casos anteriores em que quantidades tão substanciais de vapor de água tenham sido injetadas na estratosfera em observações modernas.
Alguma vez voltará a fechar este buraco?
Nas décadas de 1970 e 1980, a utilização generalizada de clorofluorocarbonetos nocivos em produtos como frigoríficos, aparelhos de ar condicionado e latas de aerossol danificou o ozono no alto da nossa atmosfera, o que levou a um buraco na camada de ozono acima da Antártida.
Consequentemente, em resposta a esta situação, foi criado em 1987 o Protocolo de Montreal para proteger a camada de ozono. Assim, ao eliminar gradualmente a produção e o consumo destas substâncias nocivas, a camada de ozono recuperou.
Com base no Protocolo de Montreal e na diminuição das substâncias antropogénicas que empobrecem a camada de ozono, os cientistas preveem atualmente que a camada de ozono global voltará ao seu estado normal por volta de 2050.
Este artigo tem mais de um ano
Mostra o quanto não sabemos.
Mostra que os humanos não têm controlo nenhum sobre a natureza nem sobre o destino da terra, é tudo cíclico, bastou um vulcão para recuarmos 30 anos, e ainda acham que as alterações climáticas estão de alguma forma relacionada com o que fazemos.. it’s all about cicles
Agora vai para a escola aprender porque estás a dizer uma grande asneira
Eu penso que quem tem de ir para a escola aprender o método cientifico é Nuno.
Em sistemas ao nível planeta não há experiências controladas para determinar efeitos. Logo a precisão é logo muito diminuida. E isto assumindo que conhecemos todos os factores o que é duvidoso e qual o peso de cada um deles.
Uauu, dizer assim de caras que o que o “outro” opina é uma grande asneira…
Então “Vamos todos para a escola aprender” ó Nuno José Almeida, pois raramente as nossas opiniões são coincidentes com a dos outros (mesmo parecendo que estamos todos de acordo)
Ilumina-nos
Ahah..agora é que foi
Na escola não se aprende nada…. Mas já devia saber isso… Lá só explicam o que lhes explicaram a eles… E a realidade é bem diferente
As alterações climáticas são normais. O anormal, é o aquecimento da atmosféra e oceanos provocados pelas emissões. Até eu que era negacionista já me rendi as evidencias.
E são vistas a olho nu…. quem paga a esses aviões todos as toneladas ao minuto de químicos que borrifar nas nossas cabeças??
+1
a uns dia vi que o buraco de ozono estava quase restabelecido ! agora este!
E estava, veio um vulcão e lá se forma 30 anos de pseudo trabalho, agora quem diz que o buraco de ozono de há 30 anos foi provocado pelo homem e quem diz que foi o homem reduzir as emissões de CFCs que permitiu que ele se restabelecesse, acham sempre que temos grande influência no que acontece no planeta quando na realidade é tudo teórico e grande parte das vezes errado
Vá-lá que eles não dizem que têm a certeza se foi o vulcão.
A partir do momento em que eles admitem que não sabem o que acontece com tanto vapor de água na atmosfera – isto supondo que os cálculos estão correctos – mostra o desconhecimento existente sobre os processos desta.
As grandes mentiras climáticas.
https://www.theepochtimes.com/article/climate-activists-seek-to-save-the-planet-by-cutting-burying-trees-2-post-5499439
Mais uma vigarice. Esta então já tem anos.
Vigarice é a religião, esta pelo menos, por muito que possa estar errada, tem algum fundamento e é observável.
Basta olhar para o céu e ver quem o faz….
E quem foi?
Acredito que os humanos possam ter alguma influencia (mínima) no Planeta Terra, mas não a escala que nos querem fazer acreditar.
Por muitos estudos e experiencia que nós (cientistas) possamos ter, há sempre probabilidade de estarmos errados, basta ser humano.
Os inteligentes têm sempre duvidas, os idiotas têm sempre a certeza.
Sim sim, bem observado!
A nossa (humanos) pegada tem alguma influência mas não é como a pintam, longe disso.
Basta um pouco de interesse e ler umas coisas, que têm de ser procuradas, para perceber que o clima na terra tem constantes mudanças e não é assim tão “estável” como nós pensamos.
A alteração da produção de vapor de água na amazónia tem mais impacto no clima que alguns anos de poluição… têm ideia da influência daquela enorme massa verde no mundo??? Só um ticket: a produção de vapor de água numa noite por lá, necessita que todos os outros ecossistemas mundiais o produzam durante 4 meses!!!! Agora imaginem, sonhem… com racionalidade, por favor.
E porque raio o buraco está no Sul e não no Norte? Racismo magnético? LGBT lobista?
Se fechar a válvula-de-escape, a panela-de-pressão explode.
É mais ou menos isso….menos vá.
Agradecia que algum cientista explicasse porque só existe buraco na camada de ozono sobre o hemisfério sul. Desde já obrigado.
Tens internet e usaste-a para solicitar a explicação de um cientista em vez de pesquisares tu por essa informação. Epah parabéns.
Mais uma desculpa para os governos obrigarem as pessoas às quais são pagos salários miseráveis e mal podem pagar uma renda para viver a comprar carros eléctricos. Para já começaram com o aumento absurdo do IUC, vamos ver o que nos reserva 2024
Que depois vão ser recarregados com centrais a diesel
Com a evolução no caminho para a neutralidade carbónica todos estão a esquecer que estamos a poluir cada. Vez mais, no fundo estamos a poluir por ano aquilo que se vai poupar em 15 anos. Será que vamos no caminho certo? Não me parece estamos poluir tudo de uma vez a pensar no amanhã mas na realidade estamos a destruir a natureza mais rapidamente e logo a natureza não tem capacidade de compensar logo cada ano que passa mais anos serão necessários para a natureza equilibrar novamente. Os radicalismos estão a destruir o mundo e os radicalismos que defendem um mundo melhor rapidamente a pensar no futiro estão a destruir hoje o futuro que não vai existir.
Expliquem-me lá se está ou não? Notícias contraditórias…. Ninguém percebe nada
https://pplware.sapo.pt/ciencia/estamos-perto-de-recuperar-a-camada-de-ozono-e-resolver-um-dos-nossos-maiores-problemas/
Mas leste o artigo ou apenas o título? É que está bem explicado. Aliás, existe mesmo um paralelo entre um artigo e outro.