Nova campanha de privacidade do Safari da Apple é uma alfinetada na Google
Quando se trata de usar um iPhone, há vários navegadores para escolher, mas a grande maioria recorre ao Safari ou ao Chrome. É uma competição que se tornou mais acérrima entre a Apple e a Google, muito por culpa da chamada Lei dos Mercado Digitais, imposta pela UE e por outras pressões também nos EUA. Contudo, a Apple lançou uma campanha que promove a segurança e privacidade do Safari. Já do lado do Chrome, a mensagem da Apple é clara.
Google quer 50% dos utilizadores do iPhone no Chrome
A Apple sempre promoveu a segurança e privacidade na utilização dos seus produtos, com uma incidência no Safari e nas apps na App Store. Aliás, o próprio mercado da publicidade, encabeçada pela empresa Meta, teve uma profunda discussão aquando da introdução da regra "Pedir à aplicação para não seguir", aplicada pela Apple às aplicações nos seus sistemas operativos.
Nesse sentido, a Apple lançou agora um novo anúncio, bastante criativo para "criar" temor a quem usa o Google Chrome. Embora não diga abertamente às pessoas para pararem de usar o Chrome, é um tiro bastante descarado no navegador da Google pela tonelada de cookies de seguimento que este browser usa. A Apple alega que o Safari é "um navegador realmente privado".
Mas, qual a razão deste anúncio agora?
Atualmente, 30% dos utilizadores do iPhone usam o Chrome como navegador predefinido, e a Google quer aumentar isso para 50%, de acordo com um relatório do The Information. Isso equivaleria a outros 300 milhões de dispositivos iOS, e numa época em que manter as pessoas fiéis às aplicações é o caminho mais direto para a receita, a Apple não quer perder esse controlo maioritário sobre o uso do navegador do iPhone.
Como tal, a empresa de Cupertino parece ter elaborado um plano para explorar os dois principais problemas do uso da concorrência:
- A fome do Chrome por cookies de seguimento: Já os viu por toda a Internet - aqueles pop ups que perguntam se aceita cookies de terceiros. Depois de entrar nas definições de privacidade do Chrome, é provável que fique surpreendido com os muitos milhares de sites que seguem o seu paradeiro na Internet. Pior ainda, parece que vão continuar a existir até 2025, de acordo com o relatório Privacy Sandbox da Google.
- O modo de navegação anónima não é privado: Esta é uma das poucas características diferentes do Chrome em que a empresa de Mountain View afirmou que se preocupa com a privacidade, mas as suas ações são um pouco diferentes. Por exemplo, a Google promete segurança no seu Modo de navegação anónima, mas depois teve de admitir que este escudo de privacidade não é assim tão privado numa ação judicial coletiva no valor de 5 mil milhões de dólares.
Estas são coisas que o Safari elimina desde o início - incluindo a prevenção do seguimento entre sites por defeito e a ocultação do seu endereço IP (desde que tenha uma conta iCloud+ neste último). Isso faz com que este seja um terreno fértil para a Apple fazer publicidade e suscitar receios em relação à sua principal concorrência.
No fundo, a Apple está a fazer publicidade a uma das suas melhores características, a privacidade dos dados dos seus utilizadores.
Alguém está com o cú apertado
É. A google
No entanto recebe 20 mil milhões por ano da Google para ser o motor de busca do Safari ¯\_(ツ)_/¯
Hipocrisia é a palavra que me vem á mente…
Isso e comprar conteudo e dados a outras empresas para treinar a IA.
O Safari com o motor de pesquisa DuckDuckGo e uma VPN tipo Nord VPN é privacidade total.