Google pagou à Apple 20 mil milhões para ser o motor de pesquisa no Safari em 2022
A relação da Google e da Apple pode não ser a mais amistosa, mas estas empresas estão ligadas em muitos pontos. Um dos mais relevantes, para ambas, é a presença da Google como motor de pesquisa no Safari. Os valores pagos não são públicos, mas agora surgiu o associado a 2022. Nesse ano a Google pagou à Apple 26,3 mil milhões para ser o motor de pesquisa no Safari.
Google pagou à Apple 20 mil milhões
Novos documentos apresentados no processo anti-monopólio contra a Google nos EUA revelam novos dados da relação com a Apple. Os mais recentes mostram um declínio nos pagamentos para manter a gigante de Mountain View como o motor de pesquisa no Safari. Em 2022, a Google pagou à Apple 20 mil milhões por esse direto, bem abaixo dos 26,3 mil milhões em 2021.
Esta informação é importante, porque o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) argumenta que a Google mantém o monopólio de pesquisa por meio de acordos com gigantes da tecnologia como a Apple. Ao ter uma posição dominante consegue controlar as pesquisas e gerar um domínio ainda maior, que a concorrência não consegue contrariar.
Os documentos também mostram a importância financeira deste acordo para a Apple. O seu peso é de tal forma grande que os pagamentos da Google representavam uns impressionantes 17,5% da receita operacional da Apple. Isso acaba depois por condicionar a criadora do iPhone em trocar para outro motor de pesquisa, como a Microsoft quis fazer.
Apenas para ser o motor de pesquisa do Safari
Antes, ambas as empresas tentaram manter confidenciais os números exatos dos acordos feitos entre si. Durante o julgamento, os representantes da Apple mencionaram vagamente "mil milhões" sem entrar em detalhes. Uma testemunha da Google revelou involuntariamente que a gigante das pesquisas partilhou 36% da sua receita de publicidade associada com a Apple, revelando a quantia envolvida.
Os documentos apresentados ao tribunal revelam ainda que a Microsoft, rival da pesquisa da Google, tentou forçar a Apple a trocar. A Microsoft ofereceu uma participação de 90% da receita de publicidade associada às pesquisas, com concessões como ocultar a própria marca Bing.
Com as discussões finais do caso anti-monopólio marcadas para esta semana, o futuro destes acordos permanece incerto no que toca ao seu futuro. A decisão do tribunal provavelmente determinará se estas práticas da Google violam a lei e como o domínio dos mecanismos de pesquisas é abordado no cenário tecnológico.
Fonte: Bloomberg
Devia ser 0, que mau investimento, quem é que usa a bo*ta do Safari?
A Google sabe…
É o “problema” do default.
A maior parte das pessoas usa simplesmente o que já vem no telemóvel por defeito.
Desde que o funcionamento da app seja razoável não se dão ao trabalho de procurar uma alternativa.
O Chrome ganhou no PCs porque o Internet Explorer era realmente péssimo e as pessoas começaram a procurar alternativas.
Se paga e tem pago cada vez mais é porque a Google obtém retorno. Uma situação onde ambas as empresas ganham. Minha questão é se este valor vais começar a cair com a DMA (escolha predefinida do browser visto que Safari começou a cair) e o mesmo que vai acontecer brevemente nos EUA
Então:
– se a a Google paga à Apple 20 mil milhões de dólares por ano para o Google Search ser o serviço de pesquisa instalado “por defeito” no iOS – e ganha dinheiro com isso, senão não pagava
– quanto ganha a Google por o Google Search ser o serviço de pesquisa instalado “por defeito” no Android? A Google é tão boazinha, desenvolve o Android e até o oferece de graça aos fabricantes! Pois, mas mais de que uma vez a Samsung já tornou público que queria receber um valor correspondente ao que a Google paga à Apple.