Apple irá fornecer Apple Watch para estudo de depressão e ansiedade
A depressão e ansiedade são problemas hoje reconhecidos pela sociedade e pela comunidade médica em geral, mas ainda há muito para estudar sobre eles. Para perceber de que forma o exercício físico e o sono afetam estes problemas mentais, a Universidade da Califórnia em Los Angeles - UCLA - vai avançar com um completo estudo de três anos, que terá o apoio da Apple.
A empresa irá disponibilizar os seus relógios Apple Watch e dispositivos Beddit, para ajudar a recolher dados relevantes para o estudo.
Estudar a depressão e ansiedade com recurso à tecnologia Apple
Com a ajuda da Apple, a UCLA inicia agora uma nova investigação de três anos com o objetivo de perceber de que forma fatores como sono e atividade física podem afetar os sintomas de depressão e ansiedade.
O estudo vai envolver inicialmente 150 participantes sorteados no centro médico da UCLA Health. No próximo ano, será alargado a cerca de 3000 pessoas, incluindo estudantes da universidade.
O apoio da Apple
Nos últimos anos, temos visto a Apple a focar-se muito na saúde, pelo que não é de estranhar o seu apoio neste estudo. Eventualmente, até poderá retirar algo dele para implementar alguma funcionalidade concreta nos seus dispositivos, a pensar na saúde mental.
A Apple terá um papel fundamental no estudo da UCLA, uma vez que irá fornecer aos participantes do estudo, os seus relógios Apple Watch e ainda dispositivos Beddit. Estes últimos dispositivos são faixas com sensores que monitorizam o sono dos utilizadores. Por exemplo, é possível avaliar o tempo de dormido, os batimentos cardíacos, a respiração e até o ressonar. Além disso, ainda avalia fatores como a humidade e temperatura do quarto.
A universidade refere que o estudo foi projetado para que pudesse ser totalmente conduzido de forma remota. A UCLA em conjunto com Apple, irão desenvolver tornar anónimos todos os dados recolhidos durante o estudo, de forma a garantir a privacidade dos utilizadores.
Os objetivos do estudo
O objetivo primordial deste estudo que levará três anos a ser concretizado é proporcionar aos profissionais de saúde mais ferramentas para detetarem, de forma mais eficaz, sintomas da depressão e prevenir eventuais episódios depressivos dos pacientes.
É importante relembrar que atualmente, a forma de diagnosticar uma depressão passa essencialmente por conversar com o paciente e interpretar as suas palavras e expressões. No entanto, com este estudo, pretendem criar-se métricas concretas de forma a avaliar o estado do paciente.
As abordagens atuais para o tratamento da depressão dependem quase inteiramente de lembranças subjetivas dos que sofrem de depressão. Este é um passo importante para obter medições objetivas e precisas que orientam o diagnóstico e o tratamento
| Dr. Nelson Freimer, diretor do Depression Grand Challenge da UCLA
Este artigo tem mais de um ano
Excelente! Já vai sendo tempo de deixar de lado esses tabus e estudar a fundo esses problemas que afectam tanta gente em todo o mundo. Muito bom!
Espero que oferecam um a mim que bem quero um e nao tenho dinheiro. e preciso de um iphone tambem
Pode parecer um comentário muito superficial, mas acho que a ansiedade e a depressão na maioria dos casos tem ligações directas e indirectas com o trabalho e família. Enquanto estivermos “presos” 10 horas ou mais por dia num local onde existem pressões e onde temos que por o nosso lado familiar e afectivo de parte em prol do capital, continuarão a haver cada vez mais casos de depressão e familiar.
De qualquer das formas, parece-me um a boa iniciativa para despiste de um dos maiores problemas da nossa sociedade
São grandes catalisadores, mas não é tudo. Há questões bastante mais complicadas e que, muitas vezes, geram um efeito “bola de neve” e atingem proporções bastante graves.
Parte da culpa é que hoje em dia as pessoas são muito fracas mentalmente e emocionalmente, e o ambiente de trabalho competitivo e stressante só piora os quadros.
Para além das redes sociais, que influenciam e degradam bastante as pessoas. É uma série de fatores, mas a origem de tudo está mesmo na fraqueza mental da sociedade em geral hoje em dia.
Antigamente as pessoas trabalhavam 10 a 12 horas por dia, passavam muitas dificuldades físicas, mas raramente tinham (ou demonstravam) problemas de ansiedade ou depressão e tinham sempre energia.
O mundo moderno e extremamente confortável da sociedade em geral criou pessoas muito fracas e ansiosas. Prova disso é que em África e alguns países da Ásia o número de suicídio e problemas de depressão são muito menores do que em países ricos e desenvolvidos, porque as pessoas nesses continentes já nascem num mar de dificuldades, enquanto que na Europa num berço de ouro.
É ve-los a aparecer todos os dias. Enfim pessoal sem rumo
Não, mas passar a fazer exercícios regularmente e algumas atividades que tirem da zona de conforto é uma das melhores soluções.
Mais de metade da sociedade moderna não pratica exercícios físicos , ou não os pratica com regularidade ou intensidade suficientes, daí haver cada vez mais casos de depressão até mesmo em adolescentes.
Oh Carlos no antigamente, segundo sei, não havia tratamentos, médicos especializados não havia ou eram raros, talvez estivessem em manicómios e algo do género. Ha pessoas que são fortes psicologicamente mais que outras, sempre houve e sempre haverá. Só que no antigamente, podes não saber, mas haviam suicidios, é verdade hoje também (infelizmente) continua a haver. Nesse tempo em que as pessoas eram mais fortes matavam-se e ninguém sabia o porquê.