AirTags da Apple usados para vigiar alegado despejo ilegal de bens dos sem-abrigo
Os AirTags são uma ferramenta que pode ser usada para vários cenários. Possivelmente nem a Apple imaginaria tudo o que já se fez com estas etiquetas de localização. Uma das ações mais recentes teve como interveniente um advogado de Portland, EUA, que usou AirTags para monitorizar os pertences dos sem-abrigo, para provar que eles estavam a ser ilegalmente destruídos por empreiteiros da cidade.
O advogado vai usar os dados recolhidos pela rede Encontrar da Apple para provar o crime.
AirTags detetam bens de sem-abrigo despejados sem consentimento
Os AirTags têm sido alvo de inúmeros experiências. Houve já quem enviasse estas etiquetas localizadoras em envelopes para a Coreia do Norte, da Europa para a SpaceX, para a Apple e para os 4 cantos do planeta. O sucesso dos dispositivos está mais que provado, até em ações apenas de entretenimento e curiosidade. Contudo, há quem use a tecnologia para algo bem mais sério.
De acordo com um relatório do Portland Tribune na terça-feira, Michael Fuller anexou dispositivos AirTag a 16 artigos pessoais pertencentes a residentes sem-abrigo acampados no Parque Laurelhurst, uma área que foi varrida pelo empreiteiro da cidade Rapid Response Bio Clean. Membros da comunidade dos sem-abrigo tinham reclamado no passado que a cidade estava a despejar ilegalmente os seus pertences durante tais operações de limpeza.
Após a limpeza, Fuller partilhou num tweet o que parece ser uma imagem de ecrã da aplicação Encontrar (Find My), onde são mostrados alguns dos dispositivos localizadores situados no que parece ser uma estação de transferência de resíduos. Outros foram vistos pela rede Encontrar da Apple em locais aleatórios.
Working with Mike on a case is always a treat! https://t.co/IBRLf9WSKO
— Juan C. Chavez (@inafutureage) August 4, 2021
Nos termos da lei do estado do Oregon, a cidade é obrigada a reter bens que sejam "reconhecíveis como pertencentes a uma pessoa e que tenham uma utilização aparente" ao efetuar tais limpezas, diz o relatório. Nas notas de tweet do Fuller tais itens devem ser guardados durante 30 dias.
Os objetos que desapareceram do local não seriam lixo, eram peças que estavam em estado de conservação normal, tinham um dono e um propósito.
Devido à tecnologia de localização, temos provas positivas de que a Rapid Response violou a lei e levou bens que eram perfeitamente limpos e higiénicos, que pertenciam a pessoas sem-abrigo, e levou-os para a lixeira.
Disse Fuller, acrescentando que continuará a alavancar o AirTag e a rede Encontrar da Apple para responsabilizar os funcionários da cidade.
Com as tecnologias inclusas nos AirTags, estes bens podem ser localizados. Não se sabe se foi esse o caso, mas com a localização definida, os bens podem ser recolhidos.
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Sem duvida que este tipo de dispositivos vao começar a ser muito perigosos na privacidade e controlo de objetos e não só sem consentimento. Imaginem ladroes a colarem isto no interior da cava de uma roda de um carro para saber onde ele para para o roubarem, ou malas de portateis, ou afins. Os perigos destes dispositivos sao interminaveis para espionagem.
Se o dono tiver um iPhone 11 ou 12, vai detetar o dispositivo e anula-o. E seguramente um ladrao não vai usar isto porque iria denunciar-se, dado que ficariam gravados os dados quer do AirTag, quer do seu iPhone. É um cenário em nada viável.
Em termos de espionagem, também não estou a ver a tua esposa andar com uma coisa destas num bolso sem dar conta, a não ser que tu transformes o AirTag num botão do casaco.
Pouco provável estes dispositivos serem usados para esses ilícitos, visto que o próprio dispositivo ou se auto denúncia, ou é grande demais para passar despercebido, além de estar ligado a um utilizador e o incriminar imediatamente.
Não avalias-te conveniente a tecnologia.
Improvável mas não impossível.
Caso não tenhas um iPhone, alguém te coloca um AirTag na mochila sem perceberes, rouba-te a mochila com o AirTag lá dentro e recupera-o sem dares por nada.
Corre sempre o risco de o descobrires e não acho que um ladrão com 2 dedos de testa o fosse fazer, mas nunca se sabe.
Como bem se diz. Só há 2 coisas infinitas: o universo e a estupidez humana
É sempre uma situação possível, mas para isso nem é necessário um AirTag, basta no momento certo, o roubo acontecer e pronto. Aliás, com o AirTag, fica a prova de quem roubou, caso o bem valha uma investigação. Se não for um bem que o valha, também não estou a ver o interesse de colocar o AirTag para seguir a mochila, para depois assaltar a pessoa que a traz. Isto é muito rebuscado.
Os AirTags, com a enorme rede que possuem, têm muito mais interesse nas funcionalidades de nos ajudar a preservar os nossos bens, eventualmente colocar no nosso animal de estimação, e naqueles objetos que perdemos com facilidade nos espaço onde coabitamos.
A parte de espionagem é algo rebuscado e que liga o crime ao criminoso com facilidade.
Vitor, sabes bem que na Apple nem se um terrorista matar 1000 pessoas, a Apple facilita o acesso a informaçao dele, portanto achas que a Apple iria denunciar a quem pertence uma AirTag ”encontrada” por terceiros para um crime simples? Nao te esquecas que para o bem e para o mal, a Apple é o melhor ecosistema para o terrorismo e crime dada a sua proteção e inflexibilidade em colaborar com autoridades mesmo quando se tratam de mortes e atentados.
Portanto nao estás a incriminar-te assim como parece…
Este dispositivo tem um design bem discreto e pequeno para ser colocado em carros, em forros de mochilas e malas etc e ser dificil de detetar. Se até ha gente que ja o usa para seguir encomendas e perceber se as mesmas nao sao perdidas ou roubadas imagina a quantidade de outros cenários onde estarão a ser usados. São 30 euros apenas ”perdidos”.
O dono ter um iPhone 11 ou 12 sabes bem que estaremos a falar de uma minoria então num país como o nosso, isso deve ser uns 3 a 4% dos telemóveis em circulação.
Vamos aguardar pelas noticias não apenas de casos ”bons” em que muita gente vai ser salva por este dispositivo mas pelo mau uso que o ser humano lhe vai dar, e nao é por ser Apple, é por ser um dispositivo que nao carece de cartão SIM, tem uma enorme autonomia e está protegido por uma politica de privacidade que nem a LEI consegue quebrar
Como de costume, não sabes o que estás a dizer. Mas eu ajudo-te:
Vitor, sabes bem que na Apple nem se um terrorista matar 1000 pessoas, a Apple facilita o acesso a informaçao dele, portanto achas que a Apple iria denunciar a quem pertence uma AirTag ”encontrada” por terceiros para um crime simples? Nao te esquecas que para o bem e para o mal, a Apple é o melhor ecosistema para o terrorismo e crime dada a sua proteção e inflexibilidade em colaborar com autoridades mesmo quando se tratam de mortes e atentados.
Portanto nao estás a incriminar-te assim como parece…
A Apple explicou muito bem que se algum crime fosse cometido com a tecnologia AirTag as informações são disponibilizadas às autoridades, porque não ficam inclusas no iPhone, mas sim na Rede Encontrar que faz parte do iCloud. Logo, não tem nada a ver com a informação que o terrorista tinha dentro do iPhone e da segurança máxima que o iPhone oferece aos seus utilizadores.
Tu confundes a informação dentro do iPhone, que a Apple não permite que ninguém lá entre, com a informação do iCloud, que a pedido da justiça, a Apple fornece as informações. Isso jé foi explicado N de vezes.
Este dispositivo tem um design bem discreto e pequeno para ser colocado em carros, em forros de mochilas e malas etc e ser dificil de detetar. Se até ha gente que ja o usa para seguir encomendas e perceber se as mesmas nao sao perdidas ou roubadas imagina a quantidade de outros cenários onde estarão a ser usados. São 30 euros apenas ”perdidos”.
É caro para fazer o que com outros já podias fazer e com GPS e SIM card. Há muitos outros recursos melhores que este para espionagem. E este, estando ligado a um utilizador, facilmente as autoridades, em caso de crime, chegam ao criminoso. Portanto, podes colocar o AirTag em qualquer lado, mas serás sempre visado em caso de crime, porque não há utilização anónima desta tecnologia.
O dono ter um iPhone 11 ou 12 sabes bem que estaremos a falar de uma minoria então num país como o nosso, isso deve ser uns 3 a 4% dos telemóveis em circulação.
Atualmente existem já milhares de iPhones 11 e 12 no nosso país e com o passar dos meses, esse número crescerá com a saída de mais uma unidade com as mesmas capacidades. De agora em diante, terás equipamentos com estas capacidade de deteção em caso de stalking. Mas o crime não vai aumentar com esta tecnologia, como te disse, usar um AirTag é denunciar o criminoso. Não acredites que quem quer perpetrar estes crimes vá usar algo que os incrimina. Há formas mais baratas e bem mais anónimas de o fazer.
Vamos aguardar pelas noticias não apenas de casos ”bons” em que muita gente vai ser salva por este dispositivo mas pelo mau uso que o ser humano lhe vai dar, e nao é por ser Apple, é por ser um dispositivo que nao carece de cartão SIM, tem uma enorme autonomia e está protegido por uma politica de privacidade que nem a LEI consegue quebrar
Há anos que existem dispositivo GPS com SIm card tão pequenos como um AirTag. Com bem mais funcionalidades de tracking em tempo real. Sabes de algo que tenha aumentado e que os casos sejam assim tão cabeludos? Não, mas percebo a tua preocupação com o sucesso deste dispositivo.
Isso já podem fazer com um localizado gps
Podes mas nao desta forma, com baterias que duram semanas a meses, sem necessidade de um cartão SIM e que possívelmente, se encontrares uma airtag perdida duvido que consigas saber quem é o dono porque Apple=privacidade e portanto se te andarem a controlar os veiculos, os bens, etc etc boa sorte