NASA identificou a falha da Voyager 1 após cinco longos meses. Sim, há um plano para a reparar
Uma pequena parte da memória da Voyager 1 está corrompida, fazendo com que envie dados sem sentido. No entanto, há uma boa notícia. A NASA sabe onde está o defeito e vai tentar desativar esse chip de memória.
De todos os objetos criados pelo Homem, a sonda espacial Voyager 1 é a que está mais longe de nós. As suas transmissões viajam à velocidade da luz, mas demoram um dia a chegar à Terra. Para piorar a situação, o último engenheiro da equipa original reformou-se há quase uma década.
Portanto, nestas condições, a NASA continua a tentar salvar a nave espacial do que parecia ser o seu fim definitivo. E, tendo identificado a causa do problema, está mais otimista do que nunca.
Sonda envia dados sem sentido
A Voyager 1 está a enviar-nos dados ilegíveis desde novembro. A suspeita era forte, mas os engenheiros da NASA acabam de confirmar a causa da falha: uma pequena porção de memória corrompida num dos computadores de bordo da sonda.
Este computador é conhecido como o subsistema de dados de voo (FDS). É responsável por empacotar os dados científicos e de engenharia recolhidos pelos sensores da nave espacial e passá-los para a unidade de modulação de telemetria (TMU), que os envia para a Terra com um transmissor de rádio.
3% de memória corrompida
No início de março, a NASA conseguiu que a Voyager enviasse uma mensagem legível em resposta a um "poke", um comando que solicita a leitura da memória do FDS, incluindo o seu código-fonte e variáveis.
Depois de analisarem o conteúdo da resposta, os engenheiros da equipa confirmaram que 3% da memória do FDS está corrompida, o que provoca o fluxo de dados sem sentido que lhes é enviado pela sonda.
O culpado será um único chip de memória que armazena a parte afetada do FDS. Nesse sentido, a NASA suspeita que seja ele o responsável pela falha, quer devido ao impacto de uma partícula energética que viaja pelo espaço, quer porque simplesmente se desgastou com o tempo.
A Voyager 1, lançada em 1977, está a cerca de 24 mil milhões de quilómetros da Terra, no espaço interestelar, um local de interesse para os cientistas porque escapa à influência dos campos magnéticos criados pelo Sol e entra no reino do plasma interestelar.
Apesar da distância, da idade da sonda e das dificuldades de trabalhar com um software escrito há meio século, a NASA acredita que pode encontrar uma forma de pôr o FDS a funcionar sem o chip de memória danificado, para que a Voyager 1 possa voltar a enviar dados científicos normalmente.
No entanto, poderão passar meses até que a equipa conceba uma solução, escreva o patch e o envie para a sonda em segurança para atacar o problema.
Fantástico
Mandem lá alguém.
Só meter a disquete e pronto.