Análise WRC Generations (Playstation 5)
Em tom de despedida, a Kylotonn lançou a derradeira edição da "sua" série WRC, WRC Generations. Com todas as atualizações de pilotos e equipas, Generations é quase como uma coletânea do que de melhor os jogos WRC têm oferecido aos jogadores, ao longo de quase uma década.
Já experimentámos WRC Generations.
Primeiro de tudo, convém referir que WRC Generations é a derradeira edição da série de celebração do Mundial de Rally, desenvolvido pela Kylotonn. Com efeito, o licenciamento do jogo oficial da competição mudou de mãos e Generations surge, dessa forma, em tons de despedida.
Mas tal não quer dizer que o jogo se encontre moribundo, nem nada que se pareça. WRC Generations, é, isso sim, um verdadeiro hino ao que de melhor foi feito ao longo dos quase 10 anos de parceria entre a equipa de desenvolvimento francesa e a FIA World Rally Championship.
Usufruindo das capacidades gráficas e de processamento da Playstation 5, WRC Generations apresenta alguns das mais belos e empolgantes etapas de Rally que a série WRC já trouxe.
Das paisagens brancas e geladas da Suécia, passando pelo calor poeirento de África (Quénia) ou terminando nas montanhas florestadas portuguesas na Falperra, existe uma grande e luxuriante atenção ao pormenor e a sensação de se estar a participar numa prova de Rally é deveras absorvedora.
São cerca de 21 locais (ainda) licenciados e fielmente retratados que podemos encontrar em Generations, reproduzidas em mais de 160 etapas distintas (o que inclui as Shakedown Stages). É muito conteúdo que se traduz em muitas horas de condução.
E se falamos nos locais e pistas, há que referir também os carros. A representação dos bólides encontra-se simplesmente irrepreensível e a beleza e fidelidade (antes e depois de corridas) é quase palpável. Dos carros mais modernos de WRC, passando pelos WRC 2 ou WRC 3, até aos clássicos que temos oportunidade de conduzir, a representação é imaculada.
O próprio sistema de danos (parametrizável) e de acumulação de sujidade encontram-se também tremendamente bem conseguidos.
A fidelidade visual é grande e quase se sente a terra e poeira agarrada ao chassi, ou a lama embrenhada nos para-lamas ou os flocos de neve a caírem à nossa frente. Neste aspeto, talvez o ponto menos positivo seja mesmo a chuva que por vezes parece algo artificial.
Gostaria de dar uma palavra para os efeitos da lama, terra, neve ou água no vidro frontal e dos efeitos que a a sua acumulação causam na visibilidade.
Tamanha fidelidade gráfica dos locais, dos carros (dentro e fora) e das condições atmosféricas faz com que cada km galgado corresponda a uma descarga de adrenalina, pelo menos, para os apaixonados por Rally.
Conforme referi mais acima, a época deste ano encontra-se devidamente licenciada, as equipas, os carros, as etapas oficiais e, claro, os pilotos. Não poderia deixar de ser de outra forma, tratando-se do ainda jogo oficial do WRC.
No entanto, esta edição traz uma novidade, mais ou menos esperada: os Híbridos. E são precisamente os modelos híbridos que também trazem a grande novidade e um pouco mais de diferenciação a Generations.
Isto, pois a condução de um hibrido, permite ao jogador uma escolha tática mais aprofundada sobre a forma de gerir a energia que tem à disposição.
Se por um lado se pode escolher uma aceleração mais rápida consumindo energia de forma mais abrupta, por outro lado, pode-se optar por uma gestão da energia a mais longo prazo. O impacto na condução é competente e trata-se da última grande recuperação da realidade para o jogo que deixa os franceses da Kylotonn.
Relativamente a modos de jogo, todos os principais modos, conhecidos por todos os jogadores, encontram-se presentes. Corridas rápidas, Campeonatos em avulso, ou o modo Carreira, poderão ser encontrados (novamente) em WRC Generations.
O Modo Carreira não tem grandes novidades, e continua robusto como sempre. Os jogadores podem novamente começar a sua história virtual nos Rally, ao volante de um bólide em WRC 3 Junior, ou WRC 2. Daí para a frente e, consoante os resultados, poderão aspirar a aceder a uma equipa de WRC e aí lutar com os "grandes" dos Rallys.
Tal como sucedeu na edição de WRC 10, ao se escolher (ou ser subir) ao WRC 2, os jogadores podem escolher uma squadria existente, ou criar a sua própria equipa. E isso inclui a criação de aspetos como logotipos, cores,....
A inclusão das Ligas no multiplayer acaba por ser a novidade mais notória e, para os jogadores mais competitivos, mais interessante e empolgante, permitindo que jogadores com o mesmo nível de habilidade compitam entre si pelos lugares mais altos dos leaderboards.
Relativamente à condução, não há também muitas novidades de realce. Ajustes e afinações permitem uma maior sensação de condução dos diferentes tipos de carros. Por outro lado, o DualSense faz um trabalho competente na simulação dos efeitos de terreno, travagens, aceleração e afins.
Aliás, a condução com o DualSense encontra-se talvez, um pouco mais afinada. Fica a sensação que, apesar de continuar a ser muito exigente, o uso do controlador se encontra mais acessível que em WRC 10.
Um dos pormenores mais interessantes que ocorre por várias ocasiões no decorrer duma etapa, é a mudança de condições atmosféricas. Essa mudança acontece de uma forma extremamente fluída o que traz a jogo um maior dinamismo e necessidade de atenção aos jogadores. Aliás, no modo Carreira, convém ter atenção às previsões atmosféricas dos nossos especialistas para não sermos apanhados desprevenidos entre etapas de um Rally.
Essas alterações de condições são tanto importantes no que respeita à alteração da visibilidade como também no que toca às condições do terreno, havendo claras alterações na condução dos carros.
A sensação de peso dos carros, a inércia decorrente das curvas, o efeito dos diferentes terrenos na condução, o comportamento dos carros,.... todos estes aspetos foram certamente afinados mas nenhum deles traz uma revolução ao jogo. Também não seria de esperar, claro.
WRC Generations não se trata de uma revolução da série mas sim, uma consolidação que, por acaso, também se revela uma despedida.
De uma forma honesta, WRC Generations é um jogo que não traz muitas novidades em relação à anterior edição, WRC 10. No entanto, não se pode dizer que seja um mau jogo.
WRC Generations é um tremendo jogo de Rally e será claramente o mais completo jogo da série WRC. Com tanto conteúdo, tantos rally, tantas etapas, diferentes carros, corridas clássicas, etapas sob condições extremas, condições atmosféricas dinâmicas,...
WRC Generations é, de uma forma simplista, uma edição de despedida em tons de celebração de quase uma década dedicada ao Rally.
Este artigo tem mais de um ano
Já joguei esta sequela e apesar do nome ser diferente, o motor de jogo datado está lá descaradamente sem qualquer progresso significativo e tendo em conta já as longas sequelas fica se preplexo como é possível pagar se um preço tão exorbitante por um update.
A indústria dos jogos claramente está estagnada pelos estúdios dos remasters, remakes, sequelas clone e a estagnação endeusada do retro.
A apontar a crítica a uma pontuação tão elevada a estes estúdios sem concorrência de jogos com licença oficial.
Se não trás novidades, é o mesmo motor de jogo bem como o suporte de comparação são as sequelas da mesma editora há que penalizar sem medos nem fretes a massas “gamers” ou sem jargão estrangeiro jogadores estagnadores de ideias inovadores e frescas.
É verdade ZOA, o jogo realmente não trás nada de novo podendo ser apenas um mero DLC. Não compreendo também a avaliação tao alta. 6 seria a mais indicada.
Fico incrédulo, como pode por exemplo o GTA ter tanto detalhe, sendo Open World e depois jogo específicos tem gráficos de PS3.
Som 9/10 LOL grande análise sem dúvida e fico-me por aqui.
A diferença é que o autor fez a análise e conhece o jogo… tu nem uma coisa… nem outra 😉