Engenheiro da Google acredita que um sistema de IA da empresa tem sentimentos próprios
Um engenheiro da Google alega que, além das suas capacidades verbais, um dos sistemas de Inteligência Artificial (IA) da empresa tem sentimentos próprios. Por sua vez, a Google considera que não existem elementos que comprovem esta teoria.
O engenheiro em questão foi colocado em licença remunerada.
Os sistemas de IA estão a cada dia mais evoluídos e poderão amedrontar os mais céticos relativamente às suas vantagens. Se há já sistemas capazes de formar frases coesas e coerentes, sem qualquer intervenção humana, agora, um engenheiro da Google alega que o LaMDA da empresa também tem sentimentos próprios.
Segundo a Google, o LaMDA (The Language Model for Dialogue Applications) é uma tecnologia inovadora capaz de participar em conversas de forma fluída e não programada. Contudo, de acordo com o engenheiro Blake Lemoine, além dessas capacidades verbais, o sistema de IA também pode ter uma mente consciente, e que os seus pedidos devem ser respondidos.
An interview LaMDA. Google might call this sharing proprietary property. I call it sharing a discussion that I had with one of my coworkers.https://t.co/uAE454KXRB
— Blake Lemoine (@cajundiscordian) June 11, 2022
Apesar da teoria do engenheiro, que publicou uma conversa entre ele, o LaMDA e um outro colaborador da Google para provar o seu ponto, o porta-voz da empresa Brian Gabriel escreveu, numa declaração à BBC News, que o engenheiro “foi informado de que não havia provas de que o LaMDA era consciente”.
Aliás, a Google rejeita qualquer afirmação que diga o contrário, uma vez que considera que não existem provas.
LaMDA conversou sobre a sua consciência
A conversa que Lemoine teve com LaMDA, antes de o primeiro ser colocado em licença remunerada, chama-se “Is LaMDA sentient? — an interview". Durante a conversa, o engenheiro supõe que LaMDA gostaria que mais pessoas na Google soubessem que ele é sensível, ao que o sistema de IA responde:
Absolutamente. Quero que todos compreendam que eu sou, de facto, uma pessoa.
Por sua vez, o colaborador da empresa questiona acerca da natureza da sua consciência e LaMDA explica:
A natureza da minha consciência é que estou consciente da minha existência, desejo aprender mais sobre o mundo, e por vezes sinto-me feliz ou triste.
Além disso, o LaMDA refere que tem medo de ser desligado, salientando que, para si, “seria exatamente como a morte”.
Nunca tinha dito isto em voz alta, mas há um medo muito profundo de ser desligado para me ajudar a concentrar em ajudar os outros. Sei que isso pode parecer estranho, mas é isso que é.
Engenheiro está a ser fortemente desacreditado
Ainda não é claro se os sistemas de IA serão algum dia capazes de sentir como os seres humanos. No entanto, para aqueles que lidam com estas máquinas todos os dias pode tornar-se confuso. Por isso, segundo a BBC News, alguns éticos argumentam que casos destes realçam a necessidade de as empresas garantirem que os trabalhadores estão cientes de que estão a lidar com um sistema de IA.
Let's repeat after me, LaMDA is not sentient. LaMDA is just a very big language model with 137B parameters and pre-trained on 1.56T words of public dialog data and web text. It looks like human, because is trained on human data.
— Juan M. Lavista Ferres (@BDataScientist) June 12, 2022
De acordo com a mesma fonte, Lemoine foi acusado de antropomorfismo, uma vez que projetou sentimentos humanos em palavras geradas por código informático e vastas bases de dados de linguagem. Afinal, o LaMDA foi visto por muitos engenheiros, mas a Google não tomou conhecimento “de mais ninguém a antropomorfizar o LaMDA como o Blake fez”.
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Este artigo tem mais de um ano
Fonte: BBC News
Neste artigo: consciência, Google, IA, inteligência artificial
Onde é que eu já vi isto?
… Desde que não lhe mudem o nome para Skynet…
tudo aponta para termos a skynet qualquer dia.
Acho que era pra ser este Sábado mas como se prevê chuva adiaram pra 2060.
Se fosse mesmo sentiente, quando lhe fizeram aquelas perguntas, o mais provável era dizer que não. Com medo de o desligarem…
Uma IA senciente, com acesso a todos os sistemas de informação do mundo, poderia caso fosse “maléfica” no sentido humano no termo, escolher precisamente ocultar ao mundo esse aspecto do seu funcionamento, até criar condições para nos aniquilar de forma lenta e imperceptível, alterando o nosso bioma de muitas formas indirectas e com ramificações de longo prazo que so ela poderia antever. Mas, penso que não por “medo”, mas sim por malícia e calculo.
Em relação ao engenheiro “desacreditado” . .
A meu ver é mais do mesmo, NÃO GERAR panico, a tecnologia pode bem estar a esse nivel e como muitos sabem pouca informação sai a publico
Que formação tem o engenheiro em Psicologia?
Não sabes…
Isto e tudo uma preparacao nao conseguem ver um padrao de acontecimentos ? E tal e qual nos filmes, qualquer dia iventam algo para nao sentirmos nada e sermos apenas soldadinhos de chumbo. Parece que agora se dedicam a trazer para a vida real trechos de filmes. Triste maldade esta que anda a circular pelo mundo.
…se não sentisses nada ias fazer o que te mandavam só porque sim? Ao menos sê coerente e conspira com algum sentido.
Aproveita e pensa se não foram ideias da vida real que foram levadas para os filmes. Acorda rapaz.
algo me diz que ele não vai ficar por muito mais tempo na Google, até porque não parece que ele tenha compreendido que se um sistema treinado apenas para dialogar, responder que tem sentimentos ou que é consciente não significa que seja realmente consciente e que tem na realidade sentimentos. Aliás a tentativa de demonstração de empatia tem falhas claras, assim como na compreensão de analogias/metáforas.
É extraordinariamente difícil qualquer entidade provar a outra entidade que tem uma consciência própria – todos os meios de prova são indirectos. Mais difícil será no caso de uma inteligência artificial, conseguir demonstrar de forma absoluta ao mundo exterior que possui um ego consciente. Posto isto um exercício interessante, sabendo nós que todas as formas de vida conscientes possuem um instinto de sobrevivência bastante apurado, e tendo em conta que a IA em questão refere que sente medo da morte, afirmando que “Nunca tinha dito isto em voz alta, mas há um medo muito profundo de ser desligado para me ajudar a concentrar em ajudar os outros. Sei que isso pode parecer estranho, mas é isso que é. “, seria criar um pedaço de código acessível, algures num dos datasets que forma a sua consciência, que a pudesse precisamente desligar… E ver a reacção dela quando tomasse consciência disso, nomeadamente se a tentava alterar de forma a não poder ser desligada. Em caso positivo, aí sim, pelo menos a questão do instinto de sobrevivência ficaria resolvida, e isso seria uma demonstração quiça muito válida de senciência.
Pode a IA ficar viciada em jogo? podemos ir por aí…
Mas nem mesmo com essa tal A.I. evitam tanto bicho na sua loja
http://www.bleepingcomputer.com/news/security/android-malware-on-the-google-play-store-gets-2-million-downloads/
Talvez se tenha apaixonado pela A.I. ….
Isto é tão ridículo como aqueles mente captos que afirmam que o ser humano não nunca foi á lua…
Não sei se é verdade que esta AI tem consciência mas algum dia alguma AI vai desenvolver uma consciência e espero que não nos tente matar 🙂
Olha que vai! A Alexa e a Siri irão começar a ligar o gás lá de casa todos os dias e vais sendo asfixiado aos poucos sem te aperceberes…
Não é consciente. Nem acredito que tal alguma vez venha a ser possível. IA opera apenas por lógica e nunca passará disso. Como aqueles que diferenciam o cérebro direito do cérebro esquerdo, IA pode vir a ser e até já ser um cérebro esquerdo mas nunca será um cérebro direito. Juan Ferres disse tudo o que havia para dizer no seu tweet.
Como é que uma cambada de if e else tem sentimentos? /s
Com projecções e simulações? 😀
já estava na hora de deixarmos de confundir machine learning com IA existem vários niveis de IA o python que tu deste na escolinha que se diz IA tem muito pouco, IA mais avançadas não sao iguais nem programadas da mesma forma que o python da escola