Peugeot confirma o lançamento de dois carros 100% elétricos em 2022
Há cada vez mais marcas de carros a apostar no segmento dos elétricos. E um dos grandes motivos para isso são as metas climáticas essenciais para que consigamos alcançar a redução e equilíbrio das emissões de gases poluentes.
Neste sentido, agora também a Peugeot confirmou que vai lançar dois carros totalmente elétricos já no próximo ano de 2022.
Peugeot vai lançar dois carros 100% elétricos em 2022
A marca francesa Peugeot anunciou recentemente que vai lançar já em 2022 dois carros 100% elétricos. Um dos carros será de passeio e outro do segmento comercial. Este anúncio acontece depois que o português Carlos Tavares, CEO da Stellantis, empresa que detém a Fiat e a Peugeot, ter afirmado numa entrevista à agência Reuters que os custos do impulso relativamente aos veículos elétricos podem tornar a indústria automobilística insustentável.
Segundo referiu Felipe Daemon, responsável pela Peugeot na América do Sul:
Para nós atualmente, como marca, a oportunidade do carro 100% elétrico talvez seja maior do que a do híbrido. Ao olharmos para a Stellantis como um todo, a Peugeot tem uma grande oportunidade de fincar o pé na eletrificação e ser uma marca mais reconhecida do mundo dos elétricos.
Só em 2021, a marca francesa vendeu 35 mil carros, o que ajudou a aumentar a sua participação no mercado de 0,7% para 1,5%. Mas a Peugeot tem como objetivo para 2022 a venda de 70 mil veículos e assim aumentar ainda mais a sua participação para 3%.
No entanto, para Carlos Tavares, além dos custos para as montadoras produzirem elétricos, este mercado também pode significar perda de empregos e perda na qualidade dos veículos. Ou seja, as fabricantes podem tabelar preços mais altos pelos carros, o que normalmente resulta em menos vendas. As empresas também podem optar por reduzir a sua margem de lucro, mas para o executivo os cortes são inevitáveis.
O CEO explicou que a eletrificação de veículos tem um acréscimo de 50% no custo para a montadora, comparativamente ao gasto para a construção de um veículo movido a motor de combustão interna. Por isso, Carlos Tavares adianta que:
Não há como transferirmos 50% dos custos adicionais para o consumidor final, porque a maioria das partes da classe média não será capaz de pagar.
De acordo com o que já havia sido referido, a meta da Peugeot é ter 85% da sua linha eletrificada até 2023, na Europa. Já para o segmento dos comerciais, esse objetivo poderá chegar já em 2021.
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É melhor o Carlos Tavares começar a perceber a tendência do mercado e o que é que o consumidor quer… Quanto ao aumento do preço… isso é conversa da treta para quem não percebe de economia de escala. Agora há é que adaptar o plano de negócio.. e isso sim, custa tempo e dinheiro… mas terá que ser o caminho se se quer manter em jogo!
Ele falou bem e com razão, neste momento a produção de um carro eléctrico é mais cara. Por causa desse facto, para não ser demasiadamente mais cara para o cliente final há que fazer cortes em algum lado, sejam em funcionários, seja em qualidade do material.
Existe muito mais material de minério associado a um carro eléctrico, onde muitos vêm de empresas especializadas, e isso paga-se. Não quero com isto dizer que é bom ou mau…
As vendas de eléctricos até estão a correr bem em Portugal, sou completamente contra a proíbição de vendas de carros a combustão a partir de x ano. Acho que lentamente vamos chegar a objectivos realistas.
Desculpe mas julgo que não entendeu o que Carlos Tavares disse.
Na verdade, as investigações em curso apontam para soluções alternativas às atuais baterias de lítio, muito mais eficientes e com muito menor pegada ecologica.
O 208 eléctrico esteve muito bem, compacto e bonito, sem loucuras no design estilo protótipo.
Pena que a maioria agora aposte em SUV.
Boa sorte à Peugeout, continuem a fabricar pequenos hatchback com opção a combustão e electrico, assim é o futuro 😉
O 208 é talvez o carro elétrico com design mais consensual do mercado. Mas o preço é absurdo!
Os veículos elétricos têm mecânica mais simples, menos mão de obra… o preço das baterias não justifica tudo, principalmente porque estão cada vez mais baratas, mais eficientes e com maior capacidade. Estes fabricantes só estão a apostar forte e feio na eletrificação, porque descobriram a mina de ouro.
Os motores podem ser feitos in house, mas os componentes para um carro eléctrico acredito que venham mais de empresas especializadas, adicionas mais 1 na cadeia torna o preço mais caro.
Para além de que a maioria tem de ter uma linha de produção separada dos carros “normais” ou que aumenta os custos também.
Tem mecânica mais simples, mas por sua vez a electronica complica muito mais, gestão das baterias, temperatura, carga, etc, mais agora as “merdices” que a europa vai obrigar por defeito nos novos carros para o euro7 (que ja vejo a virem por defeito na maior parte deles), é normal que fique mais caro.
os carros a combustão têm aquelas merdices de trocar o óleo, o cano de escape, os travões…
Os eléctricos têm menos partes, mas em caso de avaria são extremamente mais caros de reparar.