E se o ecrã do seu smartphone passasse a estar na sua pele?
Os dispositivos vestíveis foram uma grande conquista tecnológica, por permitirem que os utilizadores, através de um relógio de pulso, por exemplo, consigam estar atualizados das suas condições, a todo o momento. Agora, imagine que não precisaria de andar com um relógio, porque a informação ser-lhe-ia dada e estaria à distância da sua mão.
Curioso(a)?
O mundo nas suas mãos
Ecrãs esticados, finos, resistentes à água e colados na pele, sem cola. À partida, estarão nas mãos de idosos, atletas, viajantes, ou dos entusiastas. De forma discreta, poderão monitorizar o corpo do utilizador e disponibilizar a informação na sua mão.
Os atletas, por exemplo, poderão ficar a conhecer o ritmo cardíaco, necessidade de hidratação, exposição ultravioleta, e até ver, por outro lado, mapas de percurso. Os idosos poderão ver os seus horários de medicação, ver os seus parentes notificados de acidentes que ocorram e, por exemplo, registar dados de saúde, como eletrocardiogramas. Tudo isto sem andarem com algo no pulso ou sem precisarem de um smartphone.
Há quem acredite que este tipo de dispositivo começará a aparecer nos próximos anos.
Opção aos smartwatches
Embora a pele seja a mais mencionada, os ecrãs – flexíveis, extensíveis e finos - poderão ser acoplados noutras superfícies, sejam elas curvas ou mais acidentadas. Por sua vez, a cor, o brilho e o padrão dos ecrãs alterar-se-ão em resposta à atividade que estiver a praticar ou em reação ao mundo à sua volta.
Embora já existam circuitos flexíveis que podem ser colocados no corpo para monitorização de vários elementos, estes implicam sempre que o utilizador recorra ao seu smartphone ou computador para conhecer os resultados. E, apesar de os smartwatches terem como objetivo a obtenção da informação de forma descomplicada, há quem considere os pequenos ecrãs de difícil leitura. Portanto, estes ecrãs flexíveis surgirão como mais uma opção.
Ecrã verdadeiramente flexível em três anos?
De acordo com Takao Someya, do Organic Transistor Lab da University of Tokyo, a tecnologia de visualização convencional é difícil de flexibilizar. Embora existam televisores e smartphones curvados ou dobráveis, estão disponíveis a custos muito elevados, além de não serem muito flexíveis.
Agora, acredita que os ecrãs efetivamente flexíveis estão muito próximos de serem concretizados. Desta forma, os utilizadores poderão ter acesso à informação que pretendem sem a necessidade de um dispositivo.
Aliás, o grupo de trabalho de Takao desenvolveu e demonstrou várias versões de ecrãs dispostos na pele. Além disso, revelou que a Dai Nippon Printing Co. está a trabalhar para lançar para o mercado a tecnologia criada pelo grupo. A expectativa aponta um horizonte de três anos.
Ecrã extra fino e flexível
Conforme explica Takao, nem todos os tipos de ecrã podem ser tornados elásticos.
Num ecrã de cristais líquidos, por exemplo, a luz brilha por trás de um conjunto de elétrodos com uma camada de cristais líquidos entre eles. Ligar e desligar a corrente elétrica altera a orientação dos cristais líquidos e, portanto, a polarização da luz, permitindo que esta passe através de um filtro polarizador para o ecrã, ou seja, bloqueada pelo filtro. Esticar o LCD altera a espessura da camada de cristais líquidos, alterando o alinhamento dos cristais.
Por sua vez, os ecrãs OLED não têm essa limitação, porque é possível imprimi-los em substratos finos e flexíveis. Embora já existam dispositivos que utilizam essa capacidade, nenhuma empresa, até agora, comercializou um ecrã OLED que possa esticar-se e dobrar-se em várias direções.
O grupo de Takao está, assim, a trabalhar com LEDs inorgânicos sob a forma de ecrãs micro-LED. Recentemente, produziu a sua segunda geração de ecrãs para a pele totalmente coloridos, cujos pacotes de 1,5 milímetros quadrados cada compõem um pixel, sendo que cada um contém um LED vermelho, verde e azul.
Uma vez que os LED são minúsculos, o grupo montou-os numa folha de borracha, conectou os fios e criou um ecrã flexível, numa matriz de 12 por 12. Sem estar esticado, os pacotes estão espaçados 2,5 milímetros , pelo que o visor inteiro possui cerca de 46 milímetros de quadrado e uma espessura de 2 milímetros.
De acordo com Takao, o ecrã pode ser dobrado e torcido livremente, bem como esticado até 130% do seu tamanho original. Embora esta última ação distorça um pouco a imagem, o conteúdo permanece elegível.
Atualmente, o grupo de Takao está focado na bateria do ecrã e em perceber de que forma fá-lo-ão aguentar uma semana ou mais. Mais do que isso, as pessoas usarão o ecrã durante todo o dia e, portanto, a durabilidade é um componente essencial que precisa de ser aprimorado.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: IEEE Spectrum
Desde que possam meter o chip embutido na pele com um sistema de desligar remoto caso alguém se porte mal, tudo bem.
Vale tudo para o objectivo final. Depois será tudo normal. A sheepalhada nem nota.
Sempre tens a opção de voltar para a caverna e deixares a evolução correr sem a tua presença.
Eh lá… tens o lápiz bem afiado… se calhar há bem mais bom senso no comentário do Rafilda do que parece evidenciar.
Está na moda ser homo. Já aderiste à moda ou vais voltar para a caverna?
– Isso é um dead pixel?
– Não, foi mosquito…