Se o Presidente faz, então não faz mal, certo?
Quem não gostaria de ser Presidente do seu País? Quase arrisco a afirmar que muitos dos que estão a ler estas linhas gostariam de ter nas suas mãos o poder do Presidente e corrigir umas quantas situações no seu país. Contudo, enquanto tal não é possível, podem ir treinando em Suzerain.
Este é um jogo que desafia a capacidade de liderança e estratégia. Sentem-se capazes?
O jogo segue o seguinte mantra "...but when the president does it, that means that it is not illegal." (ou em português "...mas quando o Presidente o faz, isso significa que não é ilegal."), indicado pelos seus responsáveis como tendo sido dito por Richard Milhous Nixon.
Trata-se de uma afirmação inquietante e que espelha o que o jogo pretende ser: um exercício de poder. E esta é a premissa principal de Suzerain, o novo jogo dos estúdios indie Torpor Games, sediados em Berlim.
Em Suzerain teremos de representar o papel de um líder de um país fictício, Sordland (na década e 50 do século passado).
Com grandes funções vêm grandes responsabilidades, certo? É precisamente nesse delicado equilíbrio entre os deveres de um governante e a inebriante sensação de poder que o jogador terá de governar o seu país.
Em Suzerain podemos ser um líder que tudo dá ao povo, ou um líder que tudo lhe tira. Quem vão ser vocês?
Pelo que já foi dado a conhecer, o jogo irá ter um complexo sistema político-social que abraça conceitos diversos como ideais políticos, reformas sociais, corrupção, o problema da imigração, a gestão do sistema de saúde, o equilíbrio da economia, forças da lei entre muitos outros.
Grande parte da ação será trazida ao jogador mediante a forma de conversações e negociações políticas e diplomáticas onde as nossas escolhas irão determinar o tipo de líder que somos e a forma como os nossos súbditos nos veem.
Ser líder significa também, assumir riscos e sacrificar ideais e valores. Suzerain vai colocar esses valores na balança levando o jogador a fazer sacrifícios morais, políticos ou pessoais.
As nossas ações terão repercussões e não há medida alguma que se tome que não tenha consequências. Saberá o jogador lidar com elas e evitar uma recessão económica? Saberá o jogador evitar um ambiente de convulsão social?
Mas atenção. Em Suzerain um dos nossos países vizinhos é Rumburg, um país perigoso e traiçoeiro, que terá de ser tratado com muita diplomacia para se evitar a... Guerra.
Suzerain será lançado no verão para PC e Mac.
Este artigo tem mais de um ano
“Quem não gostaria de ser Presidente do seu País?”
Eu não. Nem Primeiro Ministro, nem líder partidário, nem militante de qualquer partido.
Mas voto sempre e esforço-me para tentar perceber quem é melhor para o País.
E estou muito satisfeito por os três neste período de crise sejam Marcelo + Costa + Rio e ainda incluo os outros da oposição. Vocês fazem lá ideia se neste período não houvesse unidade no que é essencial e cada vez que o Governo da República tomasse uma medida todos lhe caíssem em cima! Tem sido assim em Espanha. Desunam-se lá mais para a frente que faz parte do jogo político.
bem se o jogo começar por chamar os cidadãos de súbditos, não será propriamente um sistema político muito livre.
Pequena errata: no final do parágrafo introdutório está escrito: “Semtem-se capazes?”. Fica a nota para correção.
Dito isto, parece um bom jogo. Vou ser um déspota… Até que seja possível…
Corrigido, obrigado.
Há talvez uma certa medida de sensatez em experimentar toda a delícia e horror (desculpe a poesia barata…) de se ser um tirano virtual. Talvez até se deva, no ambiente do jogo, cair deliberadamente no mal e no vício para que se possa daí retirar as devidas lições e, se por acaso um dia nos cair o poder real nas mãos, mesmo que seja só ao nível de um escritório ou da secção de uma fábrica, nunca se vir a ser um mau líder.