Música Digital cai 9% mas streaming cresceu 54% em 2014
O ano de 2014 foi importante para agitar a consciência comum à cerca do panorama mundial da música digital. As "guerras" agudizaram-se em vários países onde o argumento "direitos de autor e propriedade intelectual" foi amplamente usado para justificar impostos, perseguições a serviços e regras mais apertadas. Em Portugal tivemos (ainda temos) as ondas de choque desse "sismo político" onde nos foi impingida a tal Lei da Cópia Privada.
Por bem, o mercado é soberano e se já em Agosto era um facto que a música via streaming estava a subir nas preferências e os downloads de música estavam a cair, o final do ano trouxe a confirmação.
A Música Digital caiu 9% na preferência dos consumidores enquanto o streaming de música cresceu 54% em 2014.
No iniciar este ano de 2015, e feito o balanço ao ano que acabou, a Nielsen SoundScan revelou algumas estatísticas referentes à indústria da música. Salta desde logo à vista os 54% de crescimento da procura de conteúdos de música em áudio e vídeo. O valor deste mercado passou dos 106 mil milhões de streams em 2013 para os 164 mil milhões em 2014.
O crescimento dos serviços de streaming surge com a queda da venda dos álbuns e músicas em formato digital. As vendas dos álbuns digitais registaram uma queda de 9% em 2014 com 117.6 milhões de unidades vendidas, enquanto a venda de músicas em termos individuais caiu 12% para os 1.26 mil milhões de unidades.
As vendas combinadas, digital e físicas, mostram que os álbuns de música caíram 11% para as 257 milhões de unidades no ano que terminou.
Mas curiosamente um mercado que cresceu no ano passado foi o dos álbuns em vinil. É verdade, a tradição está a voltar e os audiófilos estão de novo a voltar ao vinil fazendo com que este mercado crescesse 52%. Foram vendidos 9,2 milhões de discos em vinil, o que comparticipou com 6% dos álbuns físicos vendidos em 2014.
A venda de discos de vinil tem crescido ano após ano (são já 9 anos consecutivos a crescer) e 2014 foi o melhor ano de vendas deste suporte desde 1991, isto porque só em 1991 é que a Nielsen SoundScan começou a monitorizar este suporte. Contudo é revelador, o CD está a morrer mas o vinil, vaticinado morto pelo CD, está de volta!
O consumo de música digital continua num crescimento robusto, com a procura de música por streaming a crescer 54% no último ano com 164 mil milhões de músicas servidas.
Embora as vendas de música em geral mostrem declínios, as vendas de álbuns em vinil aumentaram 52% em 2014, ultrapassando o total do ano passado em mais de 3 milhões de LPs.
Referiu David Bakula, Vice-presidente da Nielsen Entertainment para o mercado musical.
Estes números são esclarecedores e ajudam-nos a perceber para onde caminha o mercado. Um dado relevante foi a compra da Beats Electronics pela Apple. A empresa de Cupertino, com a iTunes Store, é a maior empresa do mundo em venda de música digital mas percebeu que o mercado está a mudar e por isso muniu-se de um serviço, essencialmente, de música streaming para combater a concorrência.
Este artigo tem mais de um ano
Mas o vinil são álbuns novos ou reedições?
Esta coisa de o CD estar a morrer em grande medida corresponde à morte dos álbuns. O pessoal quer é ouvir uma musica ou outra, porque as restantes pouco se aproveitam – e para isso o streaming é melhor.
Já agora. O developer do Monument Valley diz que no iOS 40% das instalações do jogo são legítimas (foram pagas), enquanto no Android desce para 5%.
Isto é pirataria a mais do que a conta.
http://www.actualidadiphone.com/2015/01/06/el-desarrollador-de-monument-valley-habla-de-la-pirateria-en-ios-y-android/
Maioritariamente são novos, mas há uma grande percentagem de artistas que decidiu reeditar álbuns seus em vinil.
Será por causa de a maior parte das pessoas que têm um iPhone não têm conhecimentos de como fazer jailbreak ao telemóvel?
Faz 1 favor e não vás por aí senão isto vai descambar novamente.
Eu tinha jailbreak (não vale a pena) e comprei o jogo.
É uma questão de cultura, o jogo é muito bem feito, não tem publicidade e não me pede para comprar m***** para nada, não preciso de “pagar para ganhar”, mereceu o meu dinheiro, comprei-o.
Agora, é claro, quem não tem um carta de crédito, quem não tem dinheiro para gastar num jogo, e sobretudo, quem não valoriza o trabalho dos outros, nem sequer sabe as horas e os artistas que são precisos para parir um jogozinho daqueles, se calhar, também não são as pessoas que compram iPhones.
Sinceramente, muito dificilmente gasto dinheiro num CD, mas não posso dizer o mesmo do vinyl. Sou apaixonado por este suporte que muitos apelidaram de arcaico e que seria completamente erradicado pelo CD e música digital. A verdade é que sobreviveu e “agora”, ano após ano, está a crescer imenso novamente.
É claro que 1 CD é mais “confortável” porque não é preciso levantar para ir mudar o lado, mas todo o processo de estar na loja a escolher 1 vinyl, de lhe pegar, de o apreciar, limpar, de o pôr a tocar e de o ouvir, a mim dá-me imenso prazer, coisa que com o CD não existe.
Para terminar, tenho pena que até numa notícia sobre música, venha o típico fanatismo (Benchmark do iPhone 6) Apple à baila. Isto não é sobre jogos, nem Apple vs Android; é sobre algo muito acima de tudo isso: MÚSICA!
Este é 1 dos exemplos perfeitos do ridículo que são certos comentários no Peopleware; vêm com as estúpidas guerrinhas entre marcas para uma notícia que nada tem a ver com isso.
=Vinyl is not dead!=
Ó Francisco, vira o disco, desse lado está riscado 🙂
Isso assenta bem é a ti! Que eu saiba o artigo não é sobre jogos, Apple vs Android, e nem sequer sobre pirataria. Assim sendo, o teu disco é que está riscado.
Enfim…
Conforme disse na resposta que não foi publicada, talvez por algum erro da app:
Essa tua resposta assenta mesmo bem precisamente a ti! Este artigo não é sobre jogos, Apple vs Android, e nem sequer sobre pirataria.
Como vês, o teu disco é que está riscado.
+1
Nem mais.
Aqui usa-se o spotify todos os dias.. bem melhor que dar 40€ por um album é pagar as músicas que se ouve e nao o nome do artista
Experimente ouvir BEATLES no Spotify……..
E para o pessoal d’ “o meu é melhor que o teu” é mais “vira o o disco e toca o mesmo!” 😉
Entre a musica digital num CD e a musica digital num ficheiro, a unica coisa que muda é o suporte de armazenamento. Os Bits e Bytes sao os mesmo.
Num Vinil, o som analogico é diferente.
Alem de que o CD nao é para sempre. Tenho muitos casos de CD’s com bolor ou riscados que sáo intocáveis.
O CD, e os suportes em disco optico no geral, estão condenados ao esquecimento.
Depende ao que te referes concretamente; há vários tipos de formato digital e não são todos iguais: AAC, FLAC, WMA, OGG, MP3, AIFF, WAV… Uns Lossy, outros Lossless
Quanto ao vinil, sim o som é diferente, e se for tocado com 1 bom amp (hi-fi, não a/v!), umas boas colunas (de música e não de home theatre)… ui que maravilha!!! 🙂 É claro que há mais factores a influenciar uma boa experiência sonora, como é o caso do gira-discos, agulha, a regulação do braço, a estática do vinil, a sonorização da sala, etc. :p
Quanto os cd’s, concordo contigo, vai acabar por desaparecer.
Para mim a melhor maneira de ouvir música é pelos serviços tipo Spotify. Com 6€/mês ouves tudo o que quiseres.
Uma das coisas que agradeço ao Vinil e ao CD é o “Gosto” pela música, gosto pelo artista/banda, gosto pela editora, etc. Os tempos em que pegava num álbum fisico e colocava a primeira faixa a tocar, imediatamente memorizava o seu nome e quem a tinha produzido. E assim sucessivamente com as outras faixas. Memorizava o nome da editora para da próxima vez que fosse a uma loja de discos, conseguisse encontrar mais álbuns da mesma. Os álbuns fisicos guardava-os numa estante, decorando a sua posição, o título do álbum, a cor e o formato da caixa (algumas eram diferentes). Sempre que quisesse ouvir um album, sabia exactamente onde ele iria estar.
Hoje em dia com os serviços de Stream perdeu se isso. Muitas vezes carregamos em Play, enfiamos o smartphone no bolso e nem queremos saber o nome da música ou quem a produziu. É muito menos nos irá interessar a editora. Temos mais facilidade em encontrar música nova, mas também é muito fácil esquecer a mesma. Devo ter ouvido o álbum dos The Prodigy (The Fat Of The Land) umas 30 vezes, decorando inconscientemente cada sonoridade, mas hoje se tiver escutado o último álbum da banda 5 vezes, já terá sido muito. E porquê? Porque tenho acesso a mais música. Já não ouvimos música da mesma forma. Tudo mudou!!
Gosto muitos dos serviços de música, mas sinto que se perdeu o amor pela “escuta”.
Mas pronto…. Esta é só a minha opinião.
Concordo!
Também prefiro bem mais o formato físico.