Indústria dos robôs humanoides está pronta para o seu “momento ChatGPT”
O entusiasmo gerado pela inteligência artificial (IA) generativa, impulsionado pelo lançamento do ChatGPT, parece estar a contagiar o setor da robótica. A questão que paira no ar é se a indústria de robôs humanoides estará prestes a viver um fenómeno de popularidade e investimento semelhante.
Robótica perto do seu "momento ChatGPT"
Os robôs humanoides, máquinas alimentadas por IA e concebidas para replicar a aparência e os movimentos humanos, registaram avanços tecnológicos notáveis ao longo do último ano. Após anos de desenvolvimento discreto, os seus criadores afirmam que chegou a hora de apresentar estas criações ao mundo, com aplicações que vão desde o setor industrial aos serviços.
Existe um consenso no nosso setor de que chegou o "momento ChatGPT" para os robôs humanoides.
Declarou Xiong Youjun, diretor-geral do Centro de Inovação para a Robótica Humanoide de Pequim, durante um painel em Singapura. A sua perspetiva foi partilhada por outros profissionais da indústria robótica chinesa.
Xiong, que acumula os cargos de diretor de tecnologia e diretor executivo na empresa de robótica UBTech, sublinhou que "este ano foi definido como o primeiro ano da produção em massa de robôs humanoides". Segundo o mesmo, o progresso tem sido rápido tanto no que diz respeito aos corpos mecânicos como aos "cérebros" alimentados por IA.
Recorde-se que o "momento ChatGPT" original ocorreu no final de 2022, quando a OpenAI disponibilizou publicamente o seu inovador chatbot, desencadeando uma adoção massiva de Large Language Models (LLM) e um reconhecimento global do seu potencial.
A história da ascensão dos robôs humanoides
Vários intervenientes no mercado da robótica ambicionam replicar esse impacto. Nos Estados Unidos, o robô Optimus da Tesla é um dos projetos mais mediáticos. Na China, assiste-se à proliferação de empresas emergentes neste campo, com nomes como a Unitree, Galbot, Agibot e a já mencionada UBTech a introduzirem os seus produtos no mercado.
Apesar de a adoção de robôs humanoides ainda estar longe de atingir a escala da IA generativa, muitos peritos antecipam que esta tecnologia terá um impacto transformador na economia global nos próximos anos. Prova disso é a sua presença cada vez mais comum em fábricas, conferências de tecnologia e até em eventos desportivos.
Elon Musk, CEO da Tesla, manifestou a expectativa de que a sua empresa produza 5000 unidades do robô Optimus ainda este ano, prevendo que esta tecnologia se torne, a longo prazo, na principal fonte de negócio da fabricante de veículos elétricos.
Paralelamente, as empresas chinesas do setor afirmam que os seus produtos já estão a ser utilizados em ambientes fabris e para serviços comerciais. Zhao Yuli, diretor de estratégia da Galbot, revelou que a startup já implementou quase 1000 robôs em diversas empresas.
Este impulso é alimentado por um crescente interesse dos investidores, por um forte apoio governamental e pela maturação tanto da robótica como da tecnologia de IA generativa.
Guo Yandong, fundador e CEO da AI² Robotics, acrescentou que as melhorias na IA generativa permitem que os robôs aprendam em tempo real durante a execução de tarefas, em vez de dependerem exclusivamente de comandos pré-programados. Esta evolução poderá expandir drasticamente as suas aplicações em múltiplos setores.
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Espero que os robôs domésticos sejam á prova de água. Estou já a imaginar ter um para ir passear os meus cães em dias de chuva e vento que não se consegue ter um chapéu-de-chuva aberto.
Criem mas é robots, para fazer as lides domésticas.
Há uma ilusão com isso, mas presta bem atenção a qualquer tarefa doméstica e à sua complexidade e a quantidade de decisões e de movimentos que são precisos.
Aqui há dias publicaram um post do robô humanóide europeu: “Vejam esta maravilha! Até é capaz de dobrar toalhas!” Toalhas … grande coisa, ainda se fosse uma camisa … É preciso é imaginá-lo a realizar tarefasque só é simples aparentemente, por exemplo, a por a mesa do pequeno almoço, a fazê-lo, por a louça na máquina, a tirá-la e a arrumá-la.
Não, os robôs humanóides são para uso industrial.
Da-lhe tempo. Pensa em coisas banais do dia a dia e vê que muitas delas não existiam nem sequer se pensava a 50 anos atrás.
A tecnologia não está pronta hoje, mas da-lhe uns 20 anos ou menos e vais ver.
Daqui por 20 anos depende de muita coisa – e se a “IA com poucos dados e grandes tarefas ” é capaz de superar a atual “IA com muitos dados e pequenas tarefas” (link).
Está-se a falar dos atuais robôs humanóides, de que Musk diz que vai por 5.000 no mercado ainda este ano.
https://pplware.sapo.pt/gadgets/hardware/huawei-desafia-a-nvidia-com-o-mais-poderoso-cluster-de-chips-de-ia-do-mundo/#comment-3770591
A bolha da IA já está prestes a furar…