Empresa de componentes para automóveis da Maia anuncia lay-off de 700 trabalhadores
A empresa espanhola especializada na produção de componentes para automóveis, Ficosa, anunciou o lay-off de 700 trabalhadores da sua fábrica na Maia. A medida, que afeta também uma unidade em Itália, será revista mensalmente.
Conforme avançado pelo Jornal de Negócios, a empresa espanhola Ficosa, considerada líder mundial no fabrico de retrovisores e fornecedora de marcas como a Volkswagen e a Renault, anunciou a colocação de 700 trabalhadores da sua unidade na Maia, a FicoCables, em regime de lay-off.
De acordo com o El Economista, a empresa acionou um Expediente de Regulação Temporal de Emprego (ERTE), equivalente ao lay-off, em Portugal. Este afetará 240 pessoas em Itália e 700 em Portugal.
Fontes da empresa espanhola citadas pelo El Economista mencionam "um ajuste temporal nas necessidades de produção, causado pelo complexo contexto global da indústria automóvel".
A unidade, localizada na Rua do Cavaco, no lugar de Vermoim, freguesia da Cidade da Maia, tem um papel importante na produção de componentes automóveis, sendo responsável pelo fabrico de peças essenciais para várias marcas automóveis.
A Ficosa, que emprega nove mil pessoas e tem fábricas em 16 países, não avançou prazos concretos para o levantamento da medida, tendo apenas informado que se trata de "uma medida temporal", que será revista mensalmente, em Portugal e Itália, de forma a "garantir a sustentabilidade futura das operações".
A FicoCables foi fundada no final de 1971 e deu forma à primeira fábrica que o grupo sediado em Barcelona abriu fora de Espanha, tendo chegado a empregar mais de 1400 pessoas. Há cinco anos, num investimento de cinco milhões de euros, a unidade da Maia foi ampliada com um novo edifício de 7800 m2 de superfície.
Imagem: Supplychain Magazine
Neste artigo: Automovel, componentes, Ficosa, funcionários, lay-off, Maia
Conduzo um carro chinês, porque haverá tanta gente a ser despedida na indústria automóvel em Portugal?
se só fosse em portugal, não haveria tanto povo nas manifs na alemanha
Na Alemanha vai ser caótico. A indústria automóvel era a galinha
Por tua causa e por pessoas como tu
O que manda é sempre o preço, mas é preciso pensar tambem nas questões sociais, ambientais, e todo o impacto economico negativo que vai acontecer na europa.
Bem sei que a culpa é dos proprios construtores europeus, que apostaram no baixo custo de produção na china, ignorando as tais questoes sociais e ambientais, e com isso deram um impulso de crescimento à china, que de outra forma iria demorar decadas.
Agora resta-nos encontrar soluções para ultrapassar esta crise…
Prepareem-se para o “abanão” económico. Espero estar enganado mas… se a última crise foi má, esta vai ser pior (tendo em conta as indústrias que estão a ser afectadas, como por exemplo a indústria de armamento a nível mundial). Mas como referi, para o bem de todos, espero estar enganado.
A culpa deve ser dos eléctricos.
Não se preocupem, a grande aposta da Europa na próxima década vai ser fabricar armamento.
O objetivo final será armamento elétrico para não produzir CO2.
Já estão a ser preparadas estações de carregamento rápido para tanques, aviões e metralhadoras.
Os drones são quê? A gasóleo ?
Os tugas nao querem saber. O importante é o Sporting e o Porto. Além disto, foram os votos da populaçao a contribuir para isto.
Há que ir ao cerne do problema… e este é simplesmente o aumento brutal que as construtoras colocaram nos carros novos nos últimos 5/6 anos! Um pequeno familiar a gasóleo que até então custava 25/30 mil Eur. atualmente custa 35/40mil Eur. O preço das casas duplicou… tanto para aluguer como para compra. O valor mensal do supermercado também subiu e não foi pouco… E os vossos ordenados aumentaram assim tanto em termos percentuais para colmatar a inflação? Não, não é… portanto, onde querem que o consumidor corte? Claro está será na compra de um automóvel novo… Não é por acaso que a idade média do parque automóvel aumento na Europa toda! Nos EUA a situação é idêntica… Se não há vendas, toda a indústria que gravita à volta das construtoras vai passar um mau bocado em 2025. Por alguma razão a Lagarde do banco central europeu voltou a cortar as taxas de juro em 25 pontos base para impulsionar as vendas! Preparem-se… a crise real está a chegar!