O CEO da BlackBerry considera os smartphones dobráveis inúteis. Eis o porquê!
Os smartphones dobráveis foram a grande novidade do MWC19. Apresentados por duas fabricantes Android, a Samsung com o seu Galaxy Fold, bem como pela Huawei com o seu Mate X. Contudo, para John Chen, o atual CEO da BlackBerry, este novo formato de dispositivos móveis não o convence. Eis as razões para tal.
O executivo e atual responsável máximo pelos desígnios da BlackBerry não vê vantagens nos smartphones dobráveis.
Em declarações à publicação Barrons, John Chen não reconhece vantagens práticas na utilização dos smartphones dobráveis. A marca a seu cuidado, a BlackBerry foi pioneira em muitas áreas da tecnologia móvel, estando para sempre associada à história deste setor.
Jonh Chen, o CEO da BlackBerry não acredita nos smartphones dobráveis
Surpreendentemente, não são os preços ousados dos Mate X e Galaxy Fold que o fazem rejeitar o novo formato para os dispositivos móveis. Aliás, não está em causa a existência de um mercado para smartphones Android e eventualmente iOS a custar dois mil (ou mais) euros.
"Eu quero algo rápido, com melhorias funcionais", afirmou Chen durante uma entrevista cedida à fonte supracitada. "Não há revoluções à vista, já temos o leitor de impressões digitais, já temos o reconhecimento facial, já temos o reconhecimento de íris". Acrescenta o líder da BlackBerry.
"Todos queremos um ecrã cada vez maior, mas eles (smartphones dobráveis) tornaram-se grossos e de difícil utilização", aqui em jeito de acusação. Coerente na sua posição, Chen mostra-se completamente cético relativamente aos smartphones dobráveis. Pelo menos com a atual implementação levada a cabo pela Samsung ou Huawei.
A BlackBerry retirou-se do mercado de hardware
Fazendo um ponto de situação, Chen reafirmou a sua decisão anterior. A saída da BlackBerry do mercado de dispositivos móveis, vendendo os direitos de utilização da marca (licença) à chinesa TCL. Recordamos o leitor que é esta a empresa responsável pelos mais recentes smartphones Android da marca canadiana.
Acima de tudo, para o CEO da empresa, o mercado de dispositivos móveis deixou de ser lucrativo. Com margens de lucro esmagadoramente baixas, a outrora fabricante canadiana acabou por não subsistir à pressão de mercado. Por conseguinte, operou a venda do licenciamento à entidade supracitada.
Ainda que continue a ter uma palavra a dizer nos "seus" smartphones Android, é a TCL quem cuida de todo o processo. Da construção à distribuição. Já, por sua vez, a BlackBerry concentra-se agora em soluções empresariais e de software de segurança. Um segmento onde sempre brilhou e se continua a destacar.
E os smartphones Android da BlackBerry
Em suma, já desde 2016 que os seus smartphones Android têm a mão da TCL. Tal como referido supra, a marca canadiana concentra-se no desenvolvimento de soluções de segurança. Principalmente software que é utilizado por governos e vários orgãos de administração pública.
É a estratégia acertada e está a gerar lucros imediatos. A estratégia atual da BlackBerry é simples, recolhemos o que resta do ADN da empresa e canalizamos tudo isso para o desenvolvimento de soluções de segurança. Conclui John Chen.
Por fim, o executivo salienta ainda que não deixaria nenhum dos seus colaboradores comprar um smartphone dobrável. A única exceção sendo para o testar.
Concorda com este ponto de vista?
Este artigo tem mais de um ano
Na minha opinião existem dois mercados bem distintintos onde estas empresas operam: provedores de tecnologia e soluções de mobilidade. Não sei estes serão os melhores nomes. Há algumas que operam em ambos os mercados e outras apenas no segundo como é o caso da Apple. A maior parte destas propostas tem de ser vistas como para o primeiro mercado. Não podemos olhar para estas soluções como as soluções finais. São propostas conceptuais que vão amadurecer e um dia chegar a produto realmente de massas. Por exemplo a Apple não é a primeira a apresentar soluções tecnológicas porque esse não é o foco. Outras preocupam-se, e bem, por apresentar propostas de produto meio toscas, mas no fundo o que elas querem apresentar é a tecnologia, colocar uma bandeira como pioneiras tecnológicas.
sim é inútil para muitos e até para mim.
agora pensa naqueles que têm um tlm topo de gama para uso diário e depois um tablet caro que não acompanha o poder e tecnologia dos melhores tlms e depois usa pouco em casa e no trabalho, o que acaba por não compensar o investimento, e são 2 hardwares separados para andar a trabalhar num e depois no outro ..
cada vez existe menos motivos para adquirir um tablet.. temos pc que faz 1001 coisas, mais prático, intuitivo e com toda a rapidez, e depois os tlms com ecrãs cada vez maiores.
é inútil agora, mas quando a tecnologia se tornar mais viável que a de hoje e mais acessível para a carteira, a versão premium dos topos de gama deveria ser 2 em 1.
Eu uso um tablet Asus Nexus 7 2013 com ecra de 7 polegadas para ler e ver filmes quando viajo ora estes dobráveis é uma boa solução 2 em 1, agora é esperar que os preços baixem.
eu partilho a opinião do Joao Magalhaes
os dobraveis ainda vão ser melhores para ter smartphones de pulso (tipo relógio), até mesmo para a moda em colares. por isso é o futuro e é bom termos essa tecnologia, mesmo que não seja para todos
Os ecrãs tácteis também eram inúteis quando foram lançados os primeiros.
Acho que mais do que ser tecnologia de ponta, é um abrir de novas oportunidades e quem sabe no futuro todos os smartphones sejam dobráveis.
A maioria das funcionalidades rápidas que precisamos não necessitam de um ecrã inteiro, podíamos apenas abrir o telemóvel quando fosse necessário.
Não sei quando os ecrãs tácteis foram inúteis, isto porque lembro-me de usar ecrãs CRT tácteis na escola para carregar cartões, e aquilo funcionava bem para o contexto em questão.
Lembro-me em 1994 ou assim uns ecrãs tacteis que instalaram no Hotel onde o meu pai trabalhava e aquilo era uma valente porcaria, não respondia em tempo útil, era preciso estar sempre a calibrar o ecrã porque às tantas tinhas que carregar 5cm ao lado para acertar no botão que querias…
Depois lembro-me de quando a Apple lançou o iPhone a malta levantar esta questão, que os ecrãs iriam ser uma porcaria porque era touch. Mas lá está o touch já não era o mesmo, as coisas evoluem.
De certeza que daqui a 10 anos os dobráveis vão ser o standard, obviamente não da mesma forma que estão a ser usados hoje nem com a mesma tecnologia.
“Por fim, o executivo salienta ainda que não deixaria nenhum dos seus colaboradores comprar um smartphone dobrável…”! Certamente ele queria dizer…”Não deixarei que nenhum colaborador teste,DENTRO DAS INSTALAÇÕES DA EMPRESA,o nosso software em telemóveis com ecrãs dobráveis…”! Porque no hardware já ele não “manda” nada a partir do momento que licenciou a marca…
Honestamente acho que os ecrãs dobraveis são uma mariquice, uma inutilidade pura mas haverá sempre quem os compre.
Tal como acho os telemovies da Blackberry autênticos dinossauros … podem ser seguros e tal… mas ter um teclado completo é uma aberração.
foi exatamente por isso que a blackberry ficou para tras disse exatamente o que tu disses te para o touch agr estao a cometer o mesmo erro com os dobraveis ahahahah nao quisaram acreditar no touch e que o futuro era os teclados no ecra e agr estao como estao na altura da pedra e ninguem quer aquilo
Isso está escrito em idioma de programação?
Há uns tempos um smartphone era uma mariquice. Para que é que é preciso um telemóvel com net? Eu quero é o telemóvel para telefonar.
Enfim…mentalidades.
Talvez como o Galaxy fold ou o Mate X talvez seja pouco prático, já a proposta da Motorola é algo diferente uma vez que visa reduzir o tamanho e em simultâneo protege o ecrã.
Mas para já é uma tecnologia cara
+1
É muito isto. Eu quero é tornar o meu ecrã grande num pequeno, de forma a não precisar de peliculas e de por colocar no bolso sem correr o risco de partir. Isto sim. Agora estilo tablet? O mercado dos tablets ta a morrer por alguma razão.
Dobrar só pra ser mais pequeno, não maior.
Há sempre “nichos de mercado” onde pode fazer sentido.
Tendo em conta que a partir de os 50 anos de idade a maioria das pessoas começam a sofrer de Presbiopia (dificuldade em focarem/lerem ao perto), ter um smartphone que permitirá aumentar o “tamanho” dos icons/fontes de texto, será sem dúvida uma “mais valia”.
Isso pode-se fazer há muito tempo nos nossos smartphones no menu da Acessibilidade. Onde podes aumentar o tamanho da letra, da visualização, entre outras coisas dependendo da dificuldade do utilizador.
podes aumentar o tamanho de letra nao podes aumentar o tamanho do ecra com a letra enorme o ecra começa a ser pequenino o que o Jorge disse faz todo o sentido para pessoas mais velhas que ja nao veem tao bem faz todo o sentido ter um telemovel pequeno que se transforma num grande e pode ler as coisas e ate trabalhar muito mais facilmente visto que muitos trabalho dpeende de email ou de aplicaçoes de trabalho
concordo contigo mas a tecnologia ainda tem muito que evoluir para ser apelativa às pessoas.
Com os preços actuais, tamanho e peso dos equipamentos ainda é cedo.
“Por fim, o executivo salienta ainda que não deixaria nenhum dos seus colaboradores comprar um smartphone dobrável”
Para mim, esta afirmação diz tudo sobre esse energúmeno.
Falhou no mobile e vem dar palpites.
Para mim está com dor de cotovelo.
A Microsoft também falou mal do iPhone assim que foi anunciado e viu-se no que deu.
Agora seguem-nos.
Antes do Iphone já havia Qteks, antes já existiam os IBM Simon, Nokia N9000. O primeiro a inventar o termo Smartphone foi a Ericsson com o seu smartphone Penelope, tiveste os Nokia N-Series e depois em 2007 lá chegou o Iphone que a unica coisa que a Apple fez foi melhorar o que os outros já tinham e claro que se é para melhor os outros vão seguir, da mesma maneira que os Iphones seguiram os outros que chegaram primeiro.
Acho que tens de rever os teu conhecimentos, pois estão desfasados.
O Ericsson “codename” Penelope não passou de conceito, e nem sequer chegou ao mercado.
Qtek? Realy. É comparar o incomparável. Para teres um pocket PC funcional, as voltas que tinhas de lhe dar, com alterações de firmware, além de nem possuir Wi-Fi nem 3G.
IBM Simon, foi um completo flop. Das cerca de 50 000 unidades vendidas, a maior parte tiveram que fazer um recall.
O único bastante avançado para a época era realmente o N9000 Communicator, mas ainda assim longe do que foi apresentado completamente funcional em 2007.
Quanto ao N Séries, isso nem se pode chamar de smartphone.
A questão aqui é que todos foram atrás do conceito do iPhone e não dos outros que mencionas. Isso é uma verdade fatal, quer se queira quer não.
Esqueceste os Compaq, os primeiros com window mobile phone, com a ajuda de um adaptador horrívelmente grande permitia usar GPRS.
Não foi esta empresa que disse à uns anos atrás que o ecrã táctil não substituiria a teclado fisico nos smartphones? O que é que aconteceu, o iPhone e o Android destronou por completo a referencia dos Smartphones que era a Blackberry.
Os telemóveis dobráveis são grossos agora, está no início. Há um caminho tão grande a percorrer e começam logo a cagar postas de pescada, faz-me lembrar o Steve Ballmer a criticar o Macbook Air por não ter leitor de cd’s. Vivem no passado e acham que o passado é melhor…
O topo dos telefones móveis há-de ser um chip incorporado em nós. Uma palavra-chave permitirá o controlo total do telefone através do pensamento e os óculos dar-nos-ão as imagens que vemos nos ecrãs.
Isto é tudo muito giro não fosse as empresas reterem novas funcionalidades e tecnologias para venderem o que têm em stock e manter o consumo cíclico. Tanta m com o meio-ambiente mas todos nos esquecemos dele na hora de trocar de móvel. Precisamos mesmo de tanta novidade todos os anos? Mais de 90% das pessoas têm certos móveis só para a paleta. Que tristeza de sociedade. Pavões da treta.
Nota-se alguma amargura no seu comentário. De certeza que tomou os comprimidos hoje?
Já deu para perceber porque razão a Blackberry morreu…..