A Apple tornou o Safari menos seguro no iOS 10
Para além dos novos iPhones, a Apple também apresentou recentemente o novo iOS 10, preparado para tirar o máximo destes novos equipamentos e seguir a linha de desenvolvimentos da Apple.
Mas o que se tem também descoberto é que a Apple descurou alguns pormenores na segurança e há agora falhas a surgirem. Uma nova falha mostra que o Safari do iOS 10 está menos seguro.
A nova falha de segurança foi descoberta pela analista forense digital, Stacey Jury, que trabalha para a empresa IntaForensics. Segundo o que descreve, a falha está no modo como o Safari trata os links visitados no modo Privado.
Em particular, o problema está nos endereços que estão em "suspended state". Este estado é usado para guardar os links visitados e para dar acesso rápido sempre que o utilizador quer navegar no seu histórico, podendo avançar ou recuar nas páginas visitadas.
Até às versões anteriores do iOS, estes endereços estavam a ser guardados num ficheiro Plist e eram eliminados assim que o separador Privado era fechado. A mudança veio com o iOS e estes endereços são agora guardados numa base de dados, o que os torna simples de recuperar, mesmo depois dos separadores fechados.
Segundo a equipa da IntaForensics, apesar da Apple remover os links da base de dados, estes podem ser facilmente recuperados por uma qualquer ferramenta forense. Os testes realizados assim o provaram e deram acesso a todos os links que tinham sido visitados em modo Privado.
A solução aparentemente seria simples de implementar e passaria por escrever caracteres aleatórios ou apenas zeros em cima do registo eliminado, garantindo assim que o que seria recuperado era inútil. O problema é que este processo ocuparia tempo e tornaria o Safari mais lento.
Este é mais um problema de segurança que a Apple terá de resolver, tal como fará com a falta de segurança dos backups do iOS no iTunes, que podem ser quebrados 2500 vezes mais depressa que no iOS 9.
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Escrever caracteres aleatórios ou apenas zeros em cima do registo eliminado não serve. A memória flash não dá esse controlo sobre o local onde as coisas são escritas.
A fazer alguma coisa seria ter uma base de dados à parte para páginas privadas com uma chave de encriptação diferente para cada registo que seria apagada ao fechar a página correspondente.
O problema não é esse. Tipicamente, quando um registo é apagado de uma base de dados (qualquer que ela seja), ele não é realmente apagado, é apenas marcado como disponível, para que novos registos possam ocupar esse “lugar”.. mas, com as ferramentas e o conhecimento certo.. é possível ir ler esses registos “apagados” (disponíveis).. daí que a solução de escrever ZEROS ou algo nesses registos faz todo o sentido, além de ser uma solução muito simples (e que não me parece que seja perceptível em termos de performance). É mais simples do que encriptar/desencriptar e MIL vezes mais rápido, com certeza.
Mas fazendo só isso continua a ser possível reconstruir a base de dados, pelo menos em parte, e ler o que tinha sido apagado.
a Apple falha?
Passou a ser um modo semi-privado…
Brutal. ando à procura dos links e dos ficheiros e não os encontro… mas não vou desistir. Pedro, podes dar aí uma ajuda com o teu note 7 que a samsung te deu?
Rennie!
Sim, sim… e aceder a essa base de dados num aparelho sem jailbreak, como é que se faz?
Isto não faz sentido nenhum, é puro desespero de fanboy
“Stacey Jury, que trabalha para a empresa IntaForensics”
O único evidente desespero de fanboy aqui, é o teu, respira fundo.
Who cares