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Google perderá 800 milhões de utilizadores com uma Huawei sem Android

É o pior cenário possível para a Huawei, mas também trará consequências negativas para a Google. Ainda no rescaldo da inclusão da empresa chinesa na lista negra dos Estados Unidos, a mesma já se está a preparar uma alternativa para os seus smartphones Android. Entretanto, já temos um plano B, bem como um sério aviso!

Para Ren Zhengfei, fundador da empresa, a Google sofrerá bastante com o “adeus” à Huawei.


Entretanto, já numa nota positiva, ficamos a saber que a Micron reatou as relações comerciais com a fabricante chinesa. De igual modo, também a Microsoft e a Intel garantiram atualizações para os computadores portáteis da empresa. Agora, o CEO da empresa realçou grandes implicações, negativas, para a própria Google.

Ren Zhengfei, CEO da Huawei, deixou um aviso à Google

Em entrevista à CNBC, o executivo mostrou-se mais confiante após a última ocasião em que admitiu uma quebra de 60% nas vendas de smartphones Android nos mercados internacionais. Agora, o CEO da Huawei aponta algumas consequências negativas da ordem executiva assinada por Donald Trump.

Ao propósito, recordamos a pressão colocada pela Qualcomm, bem como pela Intel junto das autoridades competentes. Ambas as tecnológicas norte-americanas visavam um reatar das relações comerciais com a gigante chinesa cerca de um mês após a entrada em vigor do bloqueio unilateral.

De igual modo, também a Google estará ciente que um corte total com a Huawei pode trazer consequências indesejáveis. Aliás, recordamos que esta mesma empresa já havia alertado a administração Trump para a existência de riscos diretos para a segurança dos Estados Unidos da América. Agora, a Huawei toca na ferida.

A Huawei garante a manutenção dos seus smartphones Android

Com os seus atuais smartphones Android a terem atualizações e suporte garantido, as dúvidas pairam sobre as futuras gerações. Para tal, a fabricante tem o seu próprio sistema operativo que, além de compatível com as aplicações para Android, poderá negar à Google uma grande base de utilizadores e potenciais clientes.

Assim, Ren Zhengfei colocou um sério aviso a Donald Trump. Caso este mantenha a Huawei na lista negra – do departamento de comércio dos EUA – será a Google quem mais perderá. De acordo com o CEO, nesse cenário a empresa será forçada a lançar o seu próprio sistema operativo e fazer séria concorrência à Google.

Ainda que o impacto imediato seja francamente negativo para a Huawei, a empresa sobreviverá. Aliás, a sua escala transcende em muito o mercado mobile, com um estudo a apontar a escala da empresa como principal ameaça real. Ao propósito, recordamos a sua enorme presença no mercado de redes e telecomunicações.

A Google pode perder até 800 milhões de utilizadores” –  Ren Zhengfei

A Huawei e a Google sempre conseguiram sintonizar os seus interesses, portanto, se não pudermos utilizar o ecossistema da Google, eles irão perder entre 700 a 800 milhões de utilizadores, afirmou Zhengfei.

As suas declarações não são desprovidas de fundamento. Veja-se que a Huawei é atualmente a 2.ª maior fabricante mundial de smartphones – dados IDC. Ao mesmo tempo, contrariando a crispação internacional, na China os seus smartphones Android são mais procurados do que nunca e assim se deverão manter.

Portanto, se toda esta massa de smartphones Android passar a utilizar um sistema operativo rival, a Google sentirá tal impacto. Já, por outro lado, o número indicado por Zhengfei pode estar um pouco inflacionado, mas não muito. Veja-se que até 31 de maio de 2019 a Huawei vendeu mais de 100 milhões de smartphones Android.

 

Recordamos ainda que, para 2019, o objetivo inicial da empresa era vender 250 milhões de smartphones Android. No entanto, esta meta foi, entretanto, ajustada, refletindo as consequências do bloqueio imposto pelos EUA. Mesmo assim, com o ano a meio, a tecnológica chinesa pode efetivamente chegar aos 200 milhões.

Se tudo falhar, a Huawei tem alternativas ao Android da Google

De acordo com os vários relatos até ao momento, o Hongmeng OS será lançado primeiramente na China, com o intuito de testar a reação do público. Aliás, este sistema chegará aos utilizadores ainda em 2019, já de acordo com relatos prévios. Já, por outro lado, aos mercados internacionais poderá chegar o Ark OS.

Apontamos ainda a possibilidade de a alternativa ao Android da Google passar pela Rússia. Mais concretamente, por uma versão modificada do sistema operativo Sailfish OS. Para já, tal é apenas uma hipótese, sendo ainda assim plausível.

Já, por fim, a Huawei terá ainda que colmatar a ausência da Google Play Store e tal passará pela sua própria loja de aplicações. Algo que já está presente, ainda que com pouco destaque, nos seus atuais smartphones Android. Na equação está ainda a portuguesa Aptoide, ainda que a sua escolha seja improvável.

Terá Ren Zhengfei razão nas suas afirmações em relação à Google?

 

 

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