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EUA vs Huawei: o atrito comercial terminará dentro de 2 a 4 semanas

A tecnológica chinesa Huawei é atualmente a maior fabricante mundial de equipamentos para telecomunicações e redes. Ao mesmo tempo, é a segunda maior fabricante mundial de smartphones Android, ficando atrás apenas da Samsung e já à frente da Apple apesar dos últimos meses.

Felizmente, tudo isso fica agora para trás, levantando-se oficialmente o bloqueio comercial.


De acordo com um representante do governo dos EUA, o país levantará o bloqueio comercial imposto em maio último. Por conseguinte, durante as próximas duas a quatro semanas, a fabricante poderá retomar as relações comerciais com as empresas sediadas nos Estados Unidos da América.

Após a tempestade vem a bonança

Os últimos dois meses fizeram tremer a Huawei. A sua colocação na lista negra do departamento de comércio dos EUA lançou ondas de temor a todo o setor tecnológico. No entanto, as profundas raízes da empresa trouxeram consequências adversas para grandes empresas norte-americanas.

Como resultado, em pouco tempo se formou um lobby com o intuito de pressionar a administração Trump. Assim, em pouco tempo se reverteu a situação e para a Huawei, isto significa a manutenção dos seus smartphones Android. Por outras palavras, o pior parece já ter realmente passado.

 

 

Recordamos, ao propósito, que o clima de tensão entre a China e os EUA começou a amainar com a recente reunião dos G20, no Japão. Infelizmente, levantou-se um novo atrito, desta vez entre a nação nipónica e a Coreia do Sul, fazendo perigar o retorno do Samsung Galaxy Fold ao mercado.

O “regresso” da Huawei ao mercado dos smartphones Android

O entendimento entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, resultou no levantamento do bloqueio. Assim sendo, as empresas norte-americanas já poderão voltar a encetar relações comerciais com as equivalentes chinesas e vice-versa.

Algo que para a tecnológica chinesa significa o retomar, em pleno, das suas atividades. Poderá assim continuar a utilizar o sistema operativo Android nos seus smartphones, além de utilizar componentes produzidos nos EUA. Em síntese, são ótimas notícias para os utilizadores e fãs desta tecnológica.

 

 

Será, contudo, um processo gradual. De acordo com a notícia avançada pela Reuters, o processo de retoma poderá demorar entre duas a quatro semanas. Durante esse tempo, as empresas poderão requisitar novas licenças para proceder às relações comerciais com as suas homólogas chinesas.

O fim do atrito entre os EUA e a China?

“É talvez, o fim do princípio”, como disse outrora o Leão britânico. Atualmente existe ainda uma considerável margem de incerteza, mas tudo parece estar a caminhar no sentido do entendimento e normal retomar das atividades comerciais. Já na vertente geopolítica, o cenário continua denso.

Recordamos ainda que dos 70 mil milhões de dólares gastos pela Huawei em componentes durante 2018, cerca de 11 mil milhões de dólares rumaram aos EUA. Sobretudo para empresas como a Qualcomm, a Intel, bem como a Micron, cada qual com a sua especialidade.

Atualmente as empresas sediadas nos EUA têm que pedir uma licença ao Departamento de Comércio com a tecnológica chinesa. Algo que foi criticado por um dos porta-vozes da empresa uma vez que pode atrasar a retoma das negociações.

As restrições devem ser removidas como um todo em vez de conceder licenças had hoc a cada empresa dos EUA. Não há qualquer prova apontada à Huawei, nem qualquer risco, ou potencial dano, além de não representar uma ameaça para a cibersegurança de qualquer país, portanto, estas restrições são desprovidas de mérito.

Existem ainda obstáculos a ultrapassar

E se o cenário é de retoma, existem ainda obstáculos a ultrapassar. Atualmente as empresas dos EUA podem continuar a vender bem para manter as suas redes existentes. De igual modo, podem continuar a negociar com a Huawei para assegurar as atualizações de software aos smartphones Android.

Daqui em diante, dar-se-á um período de gradual retoma, dependendo sobretudo (mas não exclusivamente), das licenças atribuídas a cada uma das empresas. Assim, não sabemos se existirá algum entrave para uma, ou outra empresa em particular, ainda que tal cenário seja improvável.

Em suma, foi com base numa fonte anónima que ficamos a conhecer a aplicação prática das palavras proferidas recentemente por Donald Trump. Da retórica, à prática, no espaço de duas a quatro semanas. Com o consumidor em mente, oxalá este seja o fim das hostilidades comerciais.

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