Google vai recorrer de multa de 4,1 mil milhões por causa do Android
Em 2018 a Google foi multada com um valor astronómico de 4,1 mil milhões por causa do Android. A Comissão Europeia concluiu que o domínio do Android do Google resultou em menos concorrência e escolha do consumidor.
Em setembro, o Tribunal Geral da UE tinha atendido parcialmente a um primeiro recurso da Google ao reduzir ligeiramente o valor da multa. Não satisfeita, a Google vai agora voltar a recorrer da multa pesada.
Google: Domínio da Google resultou em menos concorrência?
Segundo foi hoje revelado pela gigante das pesquisas, irá ser feito um recurso no Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) contra a multa de 4,125 mil milhões de euros aplicada pela Comissão Europeia por abuso de posição dominante no caso Android.
Em setembro, o Tribunal Geral da UE tinha atendido parcialmente a um primeiro recurso da Google, ao reduzir a multa original - imposta em julho de 2018 - de 4,34 mil milhões de euros para 4,1 mil milhões, naquela que continua a ser a maior multa por práticas anticoncorrenciais aplicada pela Comissão.
Na sua decisão de 2018, Bruxelas concluiu que o domínio do Android do Google resultou em menos concorrência e escolha do consumidor. O gigante tecnológico norte-americano tinha argumentado que o Android gratuito e de código aberto resultou em telefones mais baratos e estimulou a concorrência com a sua principal rival, a Apple.
A multa foi uma das três penalizações por práticas anticoncorrenciais que a Comissão aplicou à Google entre 2017 e 2019, destacando o papel precoce do bloco europeu no combate aos gigantes da tecnologia.
A Google também está a recorrer para o TJUE – que apenas se pronuncia sobre questões de direito - da sua primeira sanção por infração das regras de concorrência da UE, no valor de 2,4 mil milhões de euros, por ter alegadamente favorecido de forma injusta o seu serviço de comparação Google Shopping.
Por último, a gigante americana está ainda a recorrer para o tribunal inferior da EU de uma terceira multa fixada em 1,49 mil milhões de euros, por abuso de posição dominante em anúncios de pesquisa online.
Este artigo tem mais de um ano
4,1 mil milhões !! A Google pode ser um gigante mas olhem que tanto dinheiro para pagar esta multa também faz mossa.E das grandes !! Olhem que não é pouco dinheiro,mesmo para a Google.Falamos na ordem dos mil milhões,muita atenção !! Não é só de milhões. 😐
Eles sabem, é por isso que estão a recorrer, e vão continuar a recorrer até o infinito e mais além.
Mas no limite terão de pagar ou sair do mercado Europeu.
Eu cá saia, e alegava condições de mercado desfavoráveis a uma concorrência saudável devido a interferência política e ficava a ver a Europa a arder. A Google só precisa do seu mercado interno (EUA) para prosperar, pode mandar a UE ir-se catar.
santa ingenuidade
Acho muito bem que a Google conteste a multa. Não tem sentido nenhum multar uma empresa que tem um OS para smartphones de código aberto, a Apple faz o mesmo? Faz sentido ter IOS (que custam acima do ordenado médio nacional)? O código da maçã é aberto e disponível?
Acho melhor os tribunais preocuparem- se com coisas bem mais importantes do que sistemas operativos de smartphones (que muitos devem utilizar).
O Android é de fato um sistema operativo de código aberto mas, tanto quanto eu julgo saber, o Android da Google, utilizado nos smartphones, é uma adaptação do primeiro, incorporando muitos elementos de código fechado, os quais permitem à Google obter informações sobre praticamente tudo o que fazemos com os smartphones e obter acesso a todos os nossos dados lá contidos.
Tive acesso a uma pesquisa de uma faculdade inglesa na qual eles descobriram que este smartphones comunicam com os servidores da Google muitas vezes por hora, enviando-lhes “carradas” de informação.
Como técnico de informática, estou habituado a fazer o que quero no PC/laptop instalando e removendo programas como quero. Contudo, no Google Android, há imensa coisa que eles não nos permitem fazer e eu, pessoalmente, sentia-me como um carneirinho que só podia andar por onde eles queriam que eu andasse. Como essa situação e a questão de privacidade me aborreciam sobremaneira, tive que encontrar alternativas.
A alternativa que encontrei passou por substituir a imagem de fábrica do software do smartphone (a factory ROM) por uma disponibilizada por uma fundação internacional, a e.foundation (https://e.foundation/), a qual disponibiliza sistemas Android que priorizam a privacidade e aos quais foi removida a “tralha” da Google, conferindo assim privacidade aos utilizadores e mantendo praticamente todas as funcionalidades de um qualquer Smartphone. Para quem puder e se preocupar com a respetiva privacidade, como utilizador plenamente satisfeito, recomendo vivamente.
Resta-me acrescentar que não sou afiliado na fundação em causa nem tenho qualquer interesse económico nesta recomendação.