Mark Zuckerberg foi alvo de uma invasão de privacidade pelo NYT
O que podemos aprender com o lixo alheio? Aquilo que deita fora, os resíduos no contentor, podem ser uma janela indiscreta para o seu estilo de vida. Assim, graças a uma peça do New York Times, é a vez de Mark Zuckerberg, o CEO da rede social Facebook, ser alvo de um escrutínio e possível devassa da vida privada.
Surpreendentemente, tudo isto se baseia nos conteúdos do contentor de lixo à frente da sua residência.
O NYT tomou conhecimento dos conteúdos do lixo depositado no contentor adstrito à sua casa. O testemunho foi colhido após um cidadão, Jake Orta, que já tem por hábito revistar os contentores milionários, ter falado com o jornal norte-americano. Assim, ficamos a conhecer tudo aquilo que Mark Zuckerberg descartou.
Mark Zuckerberg, o CEO da rede social Facebook
Uma sensação estranhamente familiar para o executivo, a privacidade. Contudo, agora foi a sua que foi alvo de uma invasão, ainda que tenha sido feita de forma indireta. Note-se que de acordo com o Times, há todo uma tendência de revisão e vasculha dos contentores em setores mais privilegiados em várias cidades nos EUA.
Agora, o escândalo de privacidade não afeta os utilizadores do Facebook, mas sim o seu fundador. E, se ainda recentemente demos a conhecer as controvérsias que afetam a rede social, agora a situação inverte-se. Na entrevista publicada no último domingo (7), Jake Orta revela o que encontrou no contentor de Zuckerberg.
Orta vive a cerca de três quarteirões de Mark Zuckerberg e descreveu a sua rotina de vasculha dos contentores. Um hábito que adquiriu quando se apercebeu do potencial económico jacente. De acordo com o seu testemunho, é extremamente frequente encontrar objetos perfeitamente funcionais nos contentores.
A privacidade e o lixo de Mark Zuckerberg
Em boa verdade são dois os contentores à frente da residência avaliada em 10 milhões de dólares do CEO da rede social. Aí, este cidadão encontrou a seguinte lista de itens:
- Diversa correspondência e correio publicitário
- Uma máquina de café funcional
- Um aspirador funcional
- Um secador de cabelo funcional
- Latas de cerveja, vazias
- Pão, já fora de prazo
- Restos orgânicos de uma refeição de frango
- Caixas e invólucros para take away de comida chinesa
Um lixo que podia não passar disso mesmo, itens descartáveis, destinados aos aterros sanitários, porém, ao ser conhecida a sua origem, podem configurar uma invasão de privacidade. Agora, resta saber se o CEO da rede social terá, ou não, mais cuidado ao descartar alguns destes objetos.
O "novo" Facebook de Mark Zuckerberg
Em 2019 a prioridade absoluta da rede social tem passado pelo garante da privacidade dos seus utilizadores, seja um resultado de todas as críticas passadas, ou um reconhecimento das falhas anteriores. Zuckerberg tem trabalhado no sentido de promover uma encriptação em todos os seus serviços e plataformas de comunicação.
Algo que se materializará, futuramente, na já noticiada fusão entre o WhatsApp, Instagram, Messenger e o Facebook Messenger. Ainda assim, o público já tem uma opinião formada sobre a segurança e o respeito pela privacidade (ou falta dela), pela rede social fundada por Mark Zuckerberg.
Em suma, a reportagem do The New York Times é bastante peculiar. Quem diria que o nosso lixo poderia revelar tanto daquilo que fazemos, valorizamos, ou dos nossos hábitos alimentares e de consumo?
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: NYT
Neste artigo: Facebook, Mark Zuckerberg, rede social
Este é o mesmo “The New York Times” que, no mês passado, noticiou que o Facebook andou a partilhar dados privados dos seus utilizadores sem a permissão dos últimos:
“The sharing deals empowered Microsoft’s Bing search engine to map out the friends of virtually all Facebook users without their explicit consent, and allowed Amazon to obtain users’ names and contact information through their friends. Apple was able to hide from Facebook users all indicators that its devices were even asking for data.”
— https://www.nytimes.com/2019/03/13/technology/facebook-data-deals-investigation.html
(Às tantas, terá sido uma vingança por parte de alguns dos afectados pelo que foi denunciado nesta notícia…)
e? se ele não respeita a nossa porque haveríamos de respeitar a dele?
se calhar porque nossa integridade e personalidade vem de dentro e não de fora?
Aqui ve-se realmente o que eles não fazem para tentar lavar a imagem, coitado, foram revistar lhe o lixo, agora já não existe direito de o julgar…
Pois, é por esta e por outras que o meu lixo é todo encriptado….
Isto parece noticia da Maria ou dos programas da TV das manhãs.
O New York Times também é uma publicação ao nível da Cofina, por isso o facto de andarem a meter as mãos e publicarem puro jornalixo não é nada de anormal.
Electrodomesticos e comida…Ainda se fosse um dildo gigante, material BDSM ou um BONG enorme, ainda entendia a noticia. Mas assim…
+1
…e ao ler esta notícia colaborei também no vasculhar no lixo dos outros…quão baixo conseguirei descer ?
Num comentário ou outro critica-se o NYT por ter publicado uma notícia:
a) de que há gente que vasculha o lixo de gente VIP
b) o que foi encontrado no lixo do VIP Zuckerberg.
a) é notícia, seja qual for o critério. b) nem por isso, mas faz parte da “pitada de sal” que pode levar as pessoas a interessar-se mais por uma notícia.
b) é prejudicial a Zuckerberg e viola a privacidade porquê? Por dizer que não se preocupa em vender no OLX produtos usados mas funcionais e os coloca no lixo? “Ah, mas podia dá-los aos pobrezinhos …”
Enfim, cada um achará o que entender. Tenham é cuidado em atacar os órgãos de comunicação social – há quem mereça mais ser atacado.
“Ah, mas o NYT tinha tocado o Facebook, divulgar o lixo de Zuckerberg é continuar o ataque!”. Parvoíce.