Histórico: Energia solar e eólica produz mais electricidade do que a nuclear…
Vivemos numa aldeia global que cada vez consome mais eletricidade. Apesar de haver muitas formas de produzir a energia elétrica, o planeta precisa que se aposte mais nas alternativas "verdes, seguras e sustentáveis". Como tal, apontado como um momento importante, as instalações solares e eólicas nos Estados Unidos geraram mais eletricidade do que as centrais nucleares do país pela primeira vez em abril passado.
Apesar de produzir energia elétrica barata, as centrais nucleares poderão cada vez mais ter a concorrência da energia solar e eólica. Mas.. o carvão ainda é quem domina no planeta!
Cada vez mais a energia solar e eólica são a alternativa sustentável
De acordo com uma análise dos dados da US Energy Information Administration (EIA) efetuada pela organização de investigação SUN DAY, a energia solar e eólica produziu 18% mais eletricidade do que a nuclear em abril. Durante o mês, as energias renováveis representaram 29,3% de toda a produção de eletricidade nos EUA, um máximo histórico.
Apesar de alguns contratempos, como a pandemia de COVID, problemas de acesso à rede e ruturas nas cadeias de fornecimento globais, a energia solar e eólica permanecem em movimento. E são cada vez mais uma alternativa global.
Segundo o executivo da Sun Day, Ken Bossong, a produção solar nos EUA entre janeiro e abril de 2022 aumentou 28,9% de um ano para o outro, de acordo com a análise, enquanto a produção de carvão diminuiu 3,9% e a nuclear 1,8%.
A notícia segue-se a um estudo divulgado na semana passada pela empresa de energia BP, que mostrou que a energia solar e eólica forneceu mais de 10% da energia global pela primeira vez no ano passado.
No entanto, apesar do progresso das energias renováveis, a BP referiu que o carvão continuou a ser o combustível dominante para a produção de energia a nível mundial em 2021, com a sua quota a subir para 36%, acima dos 35,1% do ano anterior.
São necessárias mais centrais solares
A guerra, neste primeiro semestre de 2022, veio atrasar a implementação de vários projetos para aumentar as centrais de captação de energia solar. Além disso, nos EUA, a instalação deste tipo de plataformas estagnou durante o primeiro trimestre de 2022, no meio de preocupações sobre as tarifas retroativas resultantes da investigação do Departamento de Comércio dos EUA sobre a alegada evasão de direitos anti-dumping e de compensação.
Segundo um estudo da Associação das Indústrias de Energia Solar e Wood Mackenzie, nesse período apenas 3,9 GW foi conseguido durante o trimestre, tendo caído 24% em relação ao ano anterior.
Apesar destes dados serem focados na realidade dos EUA, o resto do mundo tem pautado por uma reação. Como tal, estes dados poderão ser um incentivo a que sejam implantadas mais estações solares e eólicas em vez das centrais nucleares. Estas últimas, devido a vários problemas com o preço da energia, ganharam território na aceitação em vários países, anteriormente totalmente contra este tipo de energia.
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Esta verdade devia ser complementada, com o custo real da produção sem subsídios.
Na energia hídrica, também há subsídios para levar água para montante…
De qualquer forma, embora limitada, a energia eólica tem um grande futuro.
A indústria de combustíveis fósseis também recebe subsídios, especialmente nos Estados Unidos.
https://www.imf.org/en/Topics/climate-change/energy-subsidies
Por mim retirava-se os subsídios a TODAS as formas de energia e deixava-se umas competir com as outras.
Aí sim, ia-se ver uma grande revolução no mercado energético a favor das renováveis.
Pois … Mas não pode ser armazenada.
A electricidade pode ser sempre armazenada, desde que haja baterias.
e barragens!
Nem mais. Deve-se continuar a investigar. É uma tecnologia que pode ser bastante explorada, mas leva tempo a dar resultados visíveis. De qualquer modo, hoje temos equipamentos muito superiores aos de 20/30 anos atrás. Os nossos netos poderão vir a usufruir muito destes meios, alguém teria de ser o primeiro. Lembro-me da década de 70 e 80 do século passado ver estas tecnologias serem tratadas com displicência e até desprezo, e no entanto ao contrário do que se julga hoje, já havia consciência ambiental e ecológica como se dizia na altura. Educado assim e com a influência de uma professora formidável fez-me mais atento ao Mundo que me evolve. Foi de tal forma importante na minha vida, que com apenas 7/8 anos não deitava um papel no chão, nem destruía nada natural. Agora, quase perto dos 60 continuo agir de igual modo, chego andar um dia inteiro com algo para deitar no depósito certo. Sempre fiz reciclagem e eduquei o filho a ser assim, considero que consegui isso em pleno – foi mais fácil do que o habituar a fazer a cama -, é muito cuidadoso com o meio ambiente. Hoje, felizmente essas tecnologias começam a ser incontornáveis, e bem. Não temos de regredir para viver uma vida tecnologicamente avançada. Temos é de saber fazer escolhas racionais.
A energia nuclear não é barata, antes pelo contrário, é das mais caras. A vantagem da energia nuclear é o facto de não depender de muitos factores externos como clima e mesmo volatilidade dos preços dos combustíveis. E é uma energia relativamente limpa.
Daí ser uma boa escolha para ser usada como “base load” da rede.
Mas estamos a falar de um preço por MWh 3 a 4 vezes mais elevado quando comparado com eólica. E os preços das eólicas tem vindo a sempre a diminuir, no nuclear quase não houve evolução.
Para quem estiver interessado, pode ler um artigo sobre o Flamanville 3. Um novo reator que está a ser construído em França. Custo estimado inicial era de 3.3 mil milhões de euros, com início de operações em 2012. Depois de inúmeros atrasos, os custos atuais já vão em 19.1 mil milhões, e é esperada a entrada em operação em só em 2023, se não atrasar novamente. Isto é em França, um dos países que mais opera centrais nucleares na Europa, logo com alguma experiência a construí-las.
Por isso sim, nuclear é importante, mas é longe de barato. É o extremo oposto.
https://www.reuters.com/article/us-energy-nuclearpower-idUSKBN1W909J
“É uma energia relativamente limpa”!!! É bem suja, deixa muito resido radioativo na água e em contentores para sempre.
Não é assim tão mau, comparado com a alternativa. O volume necessário para guardar tais resíduos é minúsculo comparado com a energia produzida. E se comparares os efeitos do CO2 na atmosfera, e partículas emitidas pelas centrais a carvão, nuclear acaba por parecer um mar de rosas.
Milhares de pessoas morrem prematuramente todos os anos derivado a proximidade de centrais a carvão. São radioativas, produzem partículas nocivas que criam problemas respiratórios. Por isso nuclear é uma solução mais amiga da saúde e do ambiente.
Agora idealmente renováveis são o melhor. Mas tem que haver alguma diversidade.
Reciclar painéis solares tb é mito e ninguém diz nada.
Lametável não se investir no nuclear em força. Uma energia altamente estável, compacta e que não vai gerar uma imensa poluição como gera a eolica, em toneladas de pás que têm que ser enterradas
Não gera poluição? Quero ver onde vão colocar o lixo radiativo durante 10 mil anos…
Devias informar-te mais sobre o assunto, nova geração de nuclear não gera lixo radiativo, é tudo reutilizado.
E os painéis solares esmagados nas lixeiras com zero reciclagem
IKg de lixo nuclear é pior que toneladas painéis solares ou pás
Que bonito que é a hipocrisia.. pior é quando não houver nem sol nem vento alguém vai chorar e muito ou então importar energias de países africanos que produzem ou a carvão ou a gás..
Mas o sol e o vento vão acabar? Ahahahahah
à noite e em dias com nuvens produzem o quê?
Há dias nublados e sem vento não há?
De noite produzes imenso sol ne? E está sempre vento de noite ne? Além de que mesmo de dia os painéis solares não retém o total da energia
Aí usa-se a água das barragens.
E quando não houver água? É que em Portugal ela é pouca e os rios maioritariamente não são nossos
Talvez seja por isso que a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu apoiaram que a energia nuclear é uma “energia verde e sustentável”, tal como a energia eólica, solar, hídrica e das marés.
E que a França já anunciou que irá colocar 26993 milhões de euros para a energia nuclear, reduzindo (em 84%) os subsídios à solar e eólica, para modernizar 18 reactores nucleares. A Alemanha anunciou 67300 milhões de euros para reactivar 3 centrais nucleares e manter 7 a funcionar mais 30 anos que o previsto.
Incluírem gás e nuclear nas “verdes” foi a maior burrice da história. Se a ideia é tornar a Europa energeticamente independente isto foi contraproducente, apenas foi para desviar o dinheiro dos apoios existentes para essas energias.
Para tornar possível usar subsídios. Isto não é muito diferente do que o que acontece nos Estados Unidos.
Durante a era de Trump foi criado um subsídio que pagava às centrais elétricas um certo valor proporcional ao número de dias em que a central podia produzir energia apenas com combustível armazenado localmente.
Na verdade era apenas um apoio descarado ao carvão, sem ter que referir a palavra “carvão” na lei. Visto centrais a gás natural não armazenarem grandes quantidades de gás no local.
Não foi burrice. Burrice é uma coisa, golpe é outra.
Teria sido interessante Portugal ter sido inovador em alguma coisa de jeito para variar e em vez dos malditos políticos se deixarem comprar pela EDP na altura, tivessem apostado nos painéis solares à força toda, pagando-os até integralmente, juntamente com baterias da melhor qualidade existente em cada momento, para armazenar o excesso tanto quanto possível, e sempre queria ver qual era o impacto na dependência energética de energia vinda do exterior… no limite talvez até desse para exportar um pouco que não desse para armazenar.
O problema das baterias é a sua degradação relativamente rápida, também aí o Estado poderia ter inovado ao apoiar todas as iniciativas do sector público e privado para fazer investigação no sentido de arranjar-se baterias que durassem sei lá: 100 anos ou mais sem se degradarem significativamente. Acredito que é perfeitamente possível, mas só falta vontade humana nesse sentido e apoio financeiro (quase) ilimitado para encontrar a solução ideal que deve andar entre o fácil de produzir e o relativamente barato e ainda o 100% reciclável no fim de vida.
Quanto ao nuclear, por muito segura e PSEUDO limpa que se torne, até que passe esta fase de transformações terrestres de larga escala em curso, prefiro que fique só na investigação e aperfeiçoamento… que ninguém vai querer ter uma central nuclear a seguir a um terramoto, tsunami, explosão solar com impulsos electromagnéticos que destruam toda a electrónica, etc. para agravar todo um problema de si já grave.
Em que mundo é que vives? Portugal é dos países na UE onde o consumo de energias renováveis (34%) acima da média na UE (22%) e aposta é para continuar.
Nuclear não, obrigado/ Antes ser activo hoje/ Que radioactivo amanhã/ Quem cantava esta nos anos 80?
Lena D’Água?
Mas Almaraz está a trabalhar grande parte do tempo para Portugal. É giro comprar nuclear.
E a levar com radioactividade pelo Tejo abaixo!
Hoje está nublado e vento fraco…