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Qualidade Hi-Fi: o que é? Será que vale a pena o dinheiro?

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Rui Neto


  1. Vasco says:

    Vale a pena, SE e apenas SE possuir equipamento à altura para a reprodução, e principalmente, se o estúdio tiver feito uma excelente captura de sinal e uma boa mistura em função do número de canais que disponibilizar para essa gravação. Tendo essas condições garantidas, e um espaço com muito boa acústica, pode pensar em adquirir um bom amplificador e boas colunas, e aí, o céu é literalmente o limite, em termos de escolha, preços e satisfação proporcionada. E, muito cuidado com sensacionalismos, pois nem sempre o equipamento mais caro é o mais adequado para a acústica do espaço ou dos espaços onde irá ouvir música.

    • Vasco says:

      E convém não tentar usar o equalizador para compensar as falhas acústicas. É utópico, mas o sinal que se deve conseguir escutar no destino deverá ser o mais parecido possível ao sinal captado na origem…

  2. Rogério says:

    Por curiosidade fui fazer o teste, dado que sempre fui muito “maricas” com a qualidade do som, e para dificultar ainda mais utilizei os altifalantes integrados do PC, o que claro, não é nem de perto o dispositivo indicado para fazer um teste desses.
    Ainda assim acertei 5 dos 6, o meu ouvido é muito sensitivo a detalhes, então pequenos pormenores que se perdem eu ainda assim consigo captar a diferença.
    Claro que o meu exemplo não é um bom exemplo, a verdade é que a maioria das pessoas tem um ouvido “comum”, e gastar mais só por gastar não lhes vai oferecer uma vantagem auditiva.

  3. João Abelho says:

    Concordo com o primeiro comentário. Vale a pena desde que se tenha o equipamento necessário para ouvir. Não é com auscultadores de 15 euros que vai descobrir diferenças

  4. VEnham says:

    Muito honestamente, isto só vale apena mesmo a quem é aficionado e tem muito dinheiro investido em sistema de som, agora para a esmagadora maioria, onde eu estou incluído é igual ao litro ouvir som por um sistema básico como por um xpto.

    • Zé Fonseca A. says:

      Tenho menos de 5000€ investidos e já noto bem a diferença, hoje em dia é barato ter bons sistemas de som, ja nao é preciso gastar 20-50k como antigamente.
      Também uns phones de 400-500€ já distinguem a diferença

      • VEnham says:

        Alguém aqui não percebeu a mensagem, vou explicar melhor, gastar o minimo para ouvir algo não é vir para aqui dizer que tem menos de 5000€ em sistemas som em casa e que investindo 500e nuns headphones já se nota diferenças, isso é conversa de quem gosta de torrar dinheiro em sistemas de audio…

        Os que não querem saber do assunto qualquer coisa serve, fazem a festa por menos de 500€ e não 1000 nem 5000, quanto mais 20k….

        • Zé Fonseca A. says:

          Se gostasse de torrar dinheiro em sistemas de áudio facilmente passava os 50k, 5k num sistema de áudio é meramente brincadeira de crianças, mas também não estou disposto a dar quase o valor de um carro por algo mais sério.

  5. Discovery says:

    Ao contrário de muitos, não preciso de ter equipamento XPTO, para notar a diferença entre um MP3 e um Flac.
    Actualmente tento ao máximo ouvir Flac e evitar MP3. Até o you tube tem uma resolução péssima em termos de som.
    Espero que no futuro a norma por exemplo no Spotify seja igual a Flac.

  6. Rui says:

    Este assunto é muito mais complexo do que o descrito, e depende muito do equipamento utilizado, da circunstância e da utilização pretendida.
    Para quem usa apenas dispositivos Bluetooth para transmitir sinais de audio, definitivamente não vale a pena subscrever um serviço de alta resolução, dado que mesmo os melhores codecs Bluetooth não têm sequer a resolução de CD. O LDAC da Sony chega “supostamente” aos 990 Kbps a 24 bits e 96 KHz de taxa de amostragem, mas só consegue manter estas especificações em condições ideais num ambiente muito controlado, com muita proximidade entre o transmissor e o receptor, sem obstáculos físicos e com muito pouco ruído electrónico à volta (p.ex. pouca interferência de sinais de WiFi, etc). Os utilizadores destes dispositivos que permitem a transmissão por codecs Bluetooth mais avançados que os velhinhos SBC e AAC, muito dificilmente vão conseguir saber quais as especificações a que esses dispositivos estão a transmitir num dado momento, dado que na maior parte das circunstâncias, entram em acção modos adaptativos por parte do transmissor (ex. telemóvel) que vão adequar a transmissão do sinal ao receptor (ex. auscultadores). Existe, no entanto, alguma diferença de som perceptível entre codecs usando os mesmos dispositivos, que não será apenas da resolução dos codecs mas principalmente (até exclusivamente, diria), da forma como os ficheiros são tratados em termos de processamento digital de sinal para serem transmitidos num ou noutro codec. Dito isto, já ouvi auscultadores excelentes que apenas reproduzem em SBC ou AAC (truncados a cerca de 320 Kbps) e auscultadores muito mais caros e muito menos equilibrados em termos acústicos mas que descodificam em LDAC e/ou aptX-HD.
    Portanto, para quem usa exclusivamente Bluetooth, está muito bem servido com a resolução mais elevada do Spotify, que usa ficheiros codificados em OggVorbis a 320 Kbps, o que já é muito decente.
    Outra circunstancia quotidiana que tem um impacto significativo na escolha do serviço e da sua resolução é quem ouve música sobretudo em mobilidade (na rua, no carro, nos transportes públicos). Aqui, além do ruido externo que irá impedir que haja qualquer capacidade para distinguir entre a resolução dos ficheiros, há que falar da largura de banda necessária para a transmissão de ficheiros de alta resolução, em relação aos pacotes de dados móveis em Portugal e ao seu preço. Usar serviços de alta resolução em mobilidade será um desperdício de recursos, dado que não se tirará proveito nenhum da resolução da música e vão-se gastar mais dados do que a transmitir em resoluções mais baixas. Em ambientes ruidosos, nada como uns auscultadores ou auriculares com cancelamento activo de ruido, dado que permitem bloquear o som externo e apreciar a música com volumes mais baixos, contribuindo até para preservar a saúde auditiva.
    A escolha de um serviço de streaming também não se esgota na resolução que este permite. O Spotify tem muitas vantagens, como uma interface de utilizador muito intuitiva, uma capacidade de conexão a serviços muito fácil (Spotify Connect), uma lista enorme de músicas e de podcasts. No entanto, sabemos que o Spotify é o serviço que paga pior aos músicos e que, por vários motivos, alguns autores importantes retiraram a sua discografia do serviço (Ex. Neil Young, Joni Mitchell). O Tidal tem um catálogo de música tão bom (ou melhor) que o Spotify e paga muito melhor aos músicos, permite alta resolução, tem vídeos, mas é mais caro, não tem podcasts e a sua função de conexão para streaming não usa códigos open-source, portanto não está disponível em muitos dispositivos de streaming – apesar da sua integração por UPnP ser excelente usando aplicações adicionais. Dos outros serviços não falo, por não ter experiência.
    Ultimamente, com a introdução de ficheiros FLAC de alta resolução no Tidal, uma iteração que ainda carece de alguma afinação por parte do serviço, os ficheiros MQA estão a ser substituidos por ficheiros FLAC de elevada resolução (até 192KHz), o que significa um acréscimo no tamanho do ficheiro que pode ser considerável. O utilizador não pode escolher que tipo de ficheiro quer ouvir, apenas que tipo de resolução permite em streaming quando usa WiFi ou dados móveis. O MQA, apesar de ter origens e marketing muito duvidosos, tinha a vantagem de ser transmitido em ficheiros pequenos, o que facilitava o streaming.
    A alta resoluão, qualidade HiFi, etc., apenas se justifica para quem gosta mesmo de música e presta a devida atenção a todos os aspectos da cadeia de reprodução, e a capacidade para dela tirar proveito pouco ou nada está relacionada com o preço dos equipamentos utilizados. Tem tudo a ver com uma escolha criteriosa de equipamentos e serviços, e a sua boa integração. Tanto que é possível, actualmente, com um telefone Android 11 ou superior, uma subscrição do Tidal HiFi Plus (e seleccionando o modo exclusivo da aplicação e a resolução Max), um DAC USB de 40 euros e uns auriculares de 20 euros, ter música em alta resolução e notar imediatamente a diferença para o Spotify com a mesma música (mesma edição do album, mesma masterização, versão MAX não MQA no Tidal), usando o mesmo equipamento. Portanto, este assunto é bastante complexo e a sua simplificação apenas serve como estratégia de marketing para seduzir os mais incautos a adoptarem serviços de que não necessitam ou nunca conseguiriam tirar proveito se não cumprirem um conjunto de especificações. A alta resolução no streaming é boa e muito bem vinda, sim, mas…

    • Stanley says:

      Muito bom.

      Só atento para um detalhe relevante: a maioria dos ouvintes não faz testes de audição com médico especializado. Dentro da cabine. Muitas vezes o problema é no(s) tímpano(s) e não na tecnologia.

      • Rui says:

        Boa! Já para não falar da diminuição com a idade da sensibilidade aos agudos, que acaba por acontecer a todos, mais tarde ou mais cedo. Daí que seja às vezes “interessante” ouvir pessoas com mais de 60 anos falar de “supertweeters” ou de espectro alargado dos ficheiros DSD…

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