Netflix quer reformular o seu algoritmo e a solução parece ser aderir à IA
O Netflix, a plataforma de streaming mais popular da Internet tem algumas fórmulas secretas para o sucesso. Uma delas é o seu famoso algoritmo de recomendação, que afirma saber com certeza qual será a sua próxima obsessão por TV ou filme. A empresa quer elevar ainda mais este algoritmo e para isso sabe o que fazer. É hora de se associar à IA.
Netflix quer reformular o seu algoritmo
A Netflix promete agora que pode dar recomendações mais robustas. Saber exatamente o que os utilizadores querem ver monitorizando os padrões de consumo de forma mais inteligente. Segundo uma publicação feita, mostrou que pretendem fazê-lo com IA, seguindo especificamente um LLM padrão, que é atualmente o modelo mais usado.
Com isto, substituiria o sistema tradicional que utilizava modelos mais isolados por um modelo maior e geral que processaria dados de todos os utilizadores e "biliões de interações". Isto não significa que a Netflix terá agora o seu próprio ChatGPT para explicar se vale a pena ver qualquer conteúdo ou dar recomendações diretas.
A empresa parece estar mais focada nas operações internas e na "tokenização" das ações dos utilizadores na sua plataforma. O objetivo é detetar padrões de forma mais inteligente, recorrendo a dados de outros utilizadores, quais as ações do nosso dia a dia que são importantes para definir um perfil de utilização e gosto.
A solução parece ser aderir à IA
Entre outras vantagens que prometem, está o ter um sistema mais inteligente que seria capaz de se lembrar dos seus gostos a longo prazo. Isso contra não apenas usar como base as suas visualizações mais recentes como fazem os modelos atuais, que além de processarem menos dados têm uma memória mais curta.
Uma análise a este novo modelo lembra que este também pode criar um efeito túnel negativo. Ou seja, o sistema isola os utilizadores de tudo o que supostamente está fora dos seus gostos. O que incentiva a perder o efeito surpresa de descobrir e apreciar algo que normalmente não seria visto.
Falta também saber como este modelo entraria em conflito com as estratégias de marketing da própria empresa. Por mais que tentem tratar o seu conteúdo de forma igual e de acordo com o gosto, é inegável que existem necessidades comerciais que incentivam a Netflix a colocar as suas produções próprias em mais utilizadores do que as externas.