5 razões pelas quais o Spotify se tem focado em podcasts
O Spotify é a maior plataforma de streaming de música do mundo. Mas nos últimos anos, o seu foco virou um pouco para a linha de podcasts, e fez investimentos que fizeram dela uma das maiores apps de podcasts da atualidade. Mas porque é que está esta empresa tão interessada neste assunto?
Descubra hoje porque é que o Spotify está tão focado nos podcasts.
Quanto é que o Spotify investe em Podcasts?
Em 2019, o Spotify foi direcionado para podcasts através do lançamento de uma iniciativa chamada Audio First. A Audio First viu a empresa investir mais de mil milhões de dólares em podcasts.
Esse dinheiro foi investido na compra de direitos exclusivos de podcasts famosos como o de Michelle Obama, Joe Rogan e Dax Shepherd. O Spotify também adquiriu plataformas e empresas relacionadas com podcasts tais como Gimlet, Anchor, Betty Labs, Chartable, Podsights, e Whooshkaa, entre muitas outras.
Mas porque está a empresa tão interessado nos podcasts?
1. Podcasts atraem fãs
Famosos como Joe Rogan e Michelle Obama trazem outro benefício para o Spotify - atraem um número significativo de fãs para a plataforma.
E como estes podcasts de celebridades trazem fãs para o Spotify, a empresa é mais capaz de se vencer o duelo contra a concorrência.
2. Podcasts = Lucro
O Spotify não tem tido lucro com a música desde a sua fundação na Suécia em 2006. Em 2021, por exemplo, a empresa perdeu 42 milhões de dólares. Mas porquê?
Bem, cada vez que transmite uma música de graça, o Spotify tem de pagar os direitos de autor da música. Contudo, uma vez que nem todas as músicas vêm com um anúncio, a empresa não ganha dinheiro com todas as transmissões. Portanto, na realidade, o Spotify gasta dinheiro quando os seus utilizadores transmitem música gratuitamente.
Por outro lado, cada podcast é incorporado com anúncios. No caso de Joe Rogan, o Spotify pagou centenas de milhões de dólares para garantir a transmissão do seu podcast, uma vez que a empresa obtém receitas de publicidade com base no tamanho da audiência. Assim, à medida que a audiência de Rogan cresce, as receitas da plataforma também crescem.
Os podcasts são, portanto, uma fonte de dinheiro para o Spotify.
3. Podcasts mantiveram o Spotify na corrida
A Apple estava inicialmente à frente da corrida áudio, mas em 2019, o Spotify arrancou para os podcasts. No processo, o seu catálogo de podcasts e os números de assinantes ultrapassaram ambos os da Apple, levando as empresas ao ponto onde se encontram hoje.
Os maiores concorrentes do Spotify, nomeadamente a Apple, Google, e YouTube, já estavam a hospedar muitos podcasts. Se o Spotify não tivesse feito a mudança para a Audio First quando a fez, os seus rivais tê-lo-iam deixado para trás, e este seria, provavelmente, esquecido.
4. Controlo sobre o conteúdo
O Spotify está num ponto apertado com a música que tem na sua plataforma. A saída de Neil Young da aplicação destacou o facto de a mesma não ser proprietária da música que tem, e está inteiramente à mercê dos artistas.
Contudo, com podcastas, o Spotify está a adquirir direitos exclusivos. Isto significa que os podcasters não podem simplesmente acordar e retirar o seu podcast da plataforma, uma vez que são contratualmente obrigados a mantê-los na plataforma.
5. A facilidade em introduzir Podcasts
O Spotify já tinha a tecnologia. Se a aplicação podia transmitir música, podia certamente transmitir podcasts. Diversificar em podcasts era uma escolha bastante simples, tanto tecnicamente como no sentido comercial.
Considerando que Spotify registou perdas de $42 milhões em 2021, parece que os podcasts irão finalmente dar um lucro à plataforma. Se isso for verdade, então o seu investimento na Audio First já deu frutos, e continuará a dar frutos nos próximos anos.
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