Waze poderá mudar radicalmente a sua informação de trânsito
Esta é uma situação nova, mas que poderá ser um exemplo a seguir em mais localidades. Nos EUA, a presidente da câmara de Southern Shores pediu aos responsáveis pelo Waze que não desviassem o trânsito para as suas ruas residenciais. A plataforma de navegação por GPS poderá agora ter um "problema" em mãos.
As câmaras municipais podem "proibir" estas sugestões das apps GPS?
O Waze é uma plataforma muito interessante que além de dar as informações para navegação por GPS tem uma comunidade muito ativa permitindo também outro tipo de alertas, como radares, acidentes, trânsito condicionado, entre outros. Depois, a própria aplicação faz o que é suposto, desvia os automobilista para as vias menos congestionadas.
Segundo informações, as autoridades de Southern Shores, na Carolina do Norte, pediram ao Waze que deixasse de enviar tráfego através de ruas residenciais. Ao dar esta opção, para aliviar as vias principais, o Waze promove uma sobrelotação das estradas locais e residenciais sobrelotadas. Nestes bairros tranquilos, o tráfego adicional causa poluição, ruído e pode provocar acidentes.
Embora as autoridades de Southern Shores tenham tentado encontrar uma solução que incluísse o encerramento de algumas estradas, isso levou a que os condutores ficassem presos noutras ruas, o que causou um grande congestionamento. Mas o conselho local de Southern Shores sente que recuperou o controlo ao aprovar uma resolução que pede ao Waze para deixar de direcionar o tráfego para ruas residenciais, removendo essas ruas do sistema de encaminhamento do Waze. Isto permitiria essencialmente manter o tráfego nas estradas principais.
Elizabeth Morey, a presidente da Câmara de Southern Shores, teve uma reunião no Zoom com dois funcionários do Waze e estes concordaram em fazer as alterações assim que a resolução acima referida for adotada.
Waze abre uma exceção e vai impedir que os utilizadores usem estas vias
Embora não se conheçam todos os pormenores, o Waze concordou em impedir os condutores de "verem onde é mais rápido passar pelas ruas da cidade". Provavelmente, isto levará o Waze a retirar as zonas residenciais dos seus modelos de rotas, levando os condutores a permanecer nas estradas principais. Isto poderia levar a um maior congestionamento do tráfego, uma vez que os carros permaneceriam na mesma estrada.
A Presidente da Câmara também afirma que a transição para ruas residenciais não torna a condução mais rápida, embora não tenha citado quaisquer dados que comprovem esta afirmação.
O relatório sugere que a Presidente da Câmara estava simplesmente a chamar a atenção para o facto de os limites de velocidade nas ruas residenciais serem normalmente mais baixos do que os permitidos nas estradas principais. Como resultado, os condutores são normalmente forçados a conduzir mais devagar nas ruas residenciais.
Outros serviços GPS poderão ser obrigados a fazer o mesmo
Embora a resolução de Southern Shores, na Carolina do Norte, pareça centrar-se no Waze, não é claro se acabará por ser alterada de modo a incluir outras aplicações de navegação, como o Google Maps e o Apple Maps. Até porque o problema estende-se também a estas plataformas. De uma forma geral, esta situação poderá não só estender-se a outras aplicações como ao mundo inteiro, visto esta decisão poder fazer "jurisprudência".
O Waze, propriedade da Google, é hoje muito utilizado pela sua qualidade de informações, incluindo alertas de radares e polícia nas vias. O serviço está disponível para Android e iOS.
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Aqui em S. Pedro e Sintra isso resolveria o problema do Waze recomendar ruas antigas com inclinações diabólicas e que os carros só cabem com os retrovisores fechados.
Não há problema, os tuk tuk ajudam a empurrar se for preciso… há sempre um numa rua qualquer…
Se puser a opção evitar manobras dificeis, não resolve isso?
Façam lá os vossos negócios chorudos, mas sem perturbar as mansões paradisíacas da burguesia exploradora. Se é para desviar o trânsito, desviem-no para as zonas da “gentinha de classe baixa”.
O Waze é muito bom mas noutras é péssimo. O Waze na minha opinião só serve para andar nas grandes cidades porque falta muita morada nos arredores. Quem tiver uma morada de uma vila ou aldeia está bem lixado porque simplesmente não tem a morada. Aliás nem é preciso ir muito longe basta andar cerca de 5kms da minha casa para uma freguesia pequena que já falta muita morada. Falta uma coisa muito importante que é abrir a edição para todos e não só para aqueles que passaram na estrada. O OpenStreetMaps é excelente nesse aspeto. Coloquei muita aldeia e vila no mapa basicamente.
O algoritmo do Waze é para fazer fluir o transito, o que significa encaminhar o tráfego para as vias menos congestionadas. Se se impõem restrições e aí só restam poucas vias de circulação sempre apinhadas, o Waze é para “deitar fora”.
Se leste a notícia reparas-te que se pretende fazer o mesmo a outros softwares de GPS… seja como for isto não vai ser assim algo tão radical como estão a pensar…
O Município de Lisboa, poderia fazer o mesmo… ao Ministério das Infraestruturas!! Impor que a portagem da CREL (A9) seja abolida, para permitir a retirada do trânsito da CRIL, da 2ª Circular, do Eixo Norte/Sul e, por inerência, o trânsito dos bairros da cidade de Lisboa e arredores, para onde vai sendo sucessivamente desviado, à medida que as vias principais vão “entupindo”.
Não tenho qualquer especialização em ordenação de tráfego, mas pela simples observação do trânsito que diariamente cruza Lisboa vindo da A5/IC19, em direção à A1/A8 (e vice versa), parece-me fácil concluir que se não fossem os 8,80 €, em cada sentido da CREL, muito, mas mesmo muito, desse trânsito não atravessaria Lisboa e os respetivos bairros onde, diariamente e sobretudo ao final do dia, a vida se torna absolutamente insuportável, tal é intensidade e o caos do trânsito. Trânsito que não é do bairro, não é da freguesia, não é sequer da cidade ou do concelho. É transito que vem de fora e vai para fora, porque, pura e simplesmente, as pessoas não podem suportar 17,60 € diários, para fazer o desvio que se impõe… a CREL (Circular Regional EXTERNA de Lisboa)… é tão triste, tão triste, que área de serviço CREL Sul (a única no sentido Sul/Norte) foi encerrada, certamente, por falta de utentes.
35 km de alcatrão às traças e Lisboa transformada num inferno!
Só para acrescentar que são 35 km de alcatrão, porventura, dos mais caros que se fizeram em Portugal, só atentando nas obras de arte (túneis, viadutos e afins) que tiveram de ser feitos para permitir o traçado.
Dinheiro deitado à rua e, para não variar, a vida dos portugueses, no caso os lisboetas, transformada num inferno.