Waymo da Google concluiu que a condução autónoma é mais segura que a dos humanos
A Google tem apostado de forma única na condução autónoma e a Waymo é a materialização de toda a tecnologia que tem sido desenvolvida. Já é muito mais do que uma simples ideia e os seus carros autónomos circulam já nas estradas, a prestar um serviço de transporte.
Foi precisamente a Waymo que agora veio revelar que afinal os seus carros e o seu serviço é muito mais útil do que poderia ser esperado. Segundo os seus dados, a condução autónoma é 12,5% mais segura que a dos humanos.
Condução autónoma é mais segura que a dos humanos
Há muito que a Waymo e a Google preparam a sua solução de condução autónoma. Esta não será alargada a outros carros, mas fica restrita e limitada aos veículos desta empresa, que circulam já nas estradas dos EUA, num serviço de transporte de passageiros e em breve num de transporte de cargas, sempre sem condutor.
Uma análise dos dados que a Waymo tem vindo a recolher durante as muitas horas em que os seus carros usam a condução autónoma permitiu concluir algo muito importante. Segundo a empresa criada de um projeto da Google, a condução autónoma é 12,5% mais segura que a dos humanos.
Dados da Waymo sustentam estas conclusões
Com estes dados, e ao simular o comportamento diário de direção, os motoristas de IA da Waymo conseguiram evitar 75% das colisões de veículos e evitar até 93% das lesões graves. Em comparação, o modelo NIEON calcula que um motorista humano na mesma situação tem apenas 62,5% de chances de evitar uma colisão e 84% de chance de evitar uma lesão grave.
Assim, e com base num cálculo simples, conclui-se que a condução autónoma é 12,5% mais segura do que a dos motoristas humanos. Obviamente, este valor é apenas para referência, e o resultado final depende do nível de tecnologia do piloto automático da fabricante e de uma série de pacotes de deteção colocados nos carros.
Google aposta forte nesta tecnologia do futuro
O objetivo real da Waymo é tentar desenvolver um conjunto de normas para definir e avaliar se um sistema de condução autónoma é seguro. Há uma necessidade de um sistema de computação científica real antes de afirmar que a condução dos seus carros é mais segura do que a condução humana. Não basta realizar testes de estrada e acidentes em diferentes condições.
Este resultado que a Waymo apresentou é interessante e importante. Muitos fabricantes esperam a chegada de um sistema universal de condução autónoma, para integrar nos seus carros. A Google tem apostado nesta vertente e quer mostrar ao mundo que é possível criar soluções.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Waymo
A conducao autonoma e criada por quem? Pelos humanos.
E então?? Está a querer dizer que é tudo igual?
Anda de avião? Se sim, quantas vezes acha que está a ser conduzido pelos pilotos e não pelo sistema de piloto automático? Qual é mais seguro?
Os aviões de facto passaram a ser muito mais seguros deste que existe automação, que permitiu reduzir em muito a carga de trabalho dos pilotos e assim estarem mais atentos ao que de facto necessita de intervenção humana.
No entanto (para já), as máquinas só executam consoante regras.
Não tem a componente “emoção” que pode alterar prejudicialmente a acção (neste caso, condução) daí, e não só, ser um processo mais seguro e estável.
A meu ver o problema irá ser quando houver um BSOD em plena condução. Isso é que vai ser grave hehehe (ironia para quem não chegar lá).
E poderá continuar a melhorar.
Há enorme potencial de melhoria, sem dúvida alguma!
Só 12,5%, acho muito pouco. Quando há um acidente com autónoma sai em toda a comunicação social.
Por este andar ainda vamos ter de esperar muitos anos para ver, primeiro legislação e depois vulgarizar a condução autónoma. Devia ser para ontem!
Não tenho dúvida nenhuma que quando há de chegar a um patamar onde vão ser muito mais seguros. Quase todos os acidentes são derivados de erro humano. Ou não viu, ou não teve capacidade de resposta a tempo ou ia em velocidade excessiva, etc.
Um sistema computorizado não tem, virtualmente limite na quantidade de informação que consegue aceitar e processar a qualquer momento, muito mais que um humano. Quando um sistema desses conseguir aceitar todo o input de dados massivo e agir correta e instantaneamente em qualquer situação, não tenho qualquer dúvida que vai ser mais seguro que um humano a conduzir.
Até porque depois pode escalar, começar a receber telemeteria de outros carros e ser ainda mais eficaz. Uma rede de trânsito de veículos “inteligentes” tem o potencial de serem muito mais rápidos, eficientes e com muito menos propensão para acidentes.
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Aparte desta questão, há uma ainda mais importante que tem a ver com a responsabilidade em caso de acidente em condução autónoma.
As seguradoras provavelmente vão ter uma palavra a dizer sobre isto, que vai condicionar todo o processo.
Coordenacao entre veiculos com AI, provavelmente, evitava a esmagadora maioria dos acidentes. Mas nao ‘e bom para o negocio porque “eu tenho que andar mais depressa que tu!” por isso quero um carro mais potente e mais caro.
É importante salientar que a realidade norte-americana assenta na prevalência da transmissão automática nos carros.
À custa disso, o nível de competência exigido aos alunos das escolas de condução é consideravelmente inferior àquele exigido cá em Portugal (e no resto da Europa) onde carros com transmissão manual são a norma.