Tesla continua a testar a condução autónoma na Europa e desta vez esteve em Roma
O processo de testes a Tesla na Europa continua e quer fazer aprovar do seu sistema de condução totalmente autónomo (supervisionado). Está ainda longe de ser uma realidade no nosso continente. O último lugar onde estes aconteceram foi em Roma, na Itália, com a Tesla a revelar agora um vídeo que publicou no X.
Testes da condução autónoma na Europa
A Tesla continua a testar o seu sistema de condução autónoma completa (supervisionado). Este deverá estar disponível na Europa, em condições reais. A empresa divulgou um novo vídeo em Roma, Itália, após o teste realizado no Arco do Triunfo, em Paris, nas últimas semanas.
Nas imagens divulgadas, o novo software de condução da Tesla demonstra a sua capacidade de circular por ruas estreitas e movimentadas do centro da cidade, rodeado de edifícios históricos. A rota de teste em Roma parte do Capitólio ao Coliseu. Esta é uma parte da cidade conhecida pelos seus becos estreitos, cruzamentos congestionados, motos e tráfego intenso de peões.
A Tesla partilhou um novo vídeo que mostra como o seu sistema de condução totalmente autónoma (supervisionado) direciona os veículos nestas condições complexas da estrada, reage aos elementos do tráfego circundante e proporciona uma viagem tranquila durante toda a viagem.
FSD Supervised testing in Rome, Italy
Pending regulatory approval pic.twitter.com/TXh3uQIfrx
— Tesla Europe & Middle East (@teslaeurope) June 12, 2025
Tesla desta vez esteve em Roma
O test drive foi realizado num Model 3 standard, acabado de sair da linha de produção. O hardware utilizado é o mesmo dos veículos atualmente entregues aos clientes. A única diferença é a versão do software específica para o processo de teste. A versão atual do sistema fornece suporte para a condução “supervisionada”, mas a Tesla planeia oferecer atualizações de software que darão suporte a características de condução autónoma totalmente não supervisionada no futuro.
Atualmente, todos os modelos Tesla — Model S, Model 3, Model X e Model Y — vêm com o sistema de piloto automático de série. A condução autónoma completa (supervisionada) é uma versão mais avançada deste sistema, que aumenta a segurança na condução e oferece mais conforto ao utilizador em viagens urbanas.
A Tesla planeia oferecer esta nova capacidade de condução aos clientes na Europa através de uma atualização de software assim que o processo de testes estiver concluído. O vídeo do teste em Roma pode ser acedido na conta oficial da empresa no X.




















Convém esclarecer. A Tesla tem os seguintes sistemas de condução autónoma:
– Autopilot Básico – de série
– Autopilot Aperfeiçoado (Enhanced Autopilot)
– FSD (Full Self-Driving – condução autónoma completa). Em 2024, a Tesla acrescentou o termo “supervisionado”, passando nome para “FSD Supervisionado” para reduzir as críticas que o termo original podia sugerir, questão que era frequentemente levantada em tribunal nos casos de acidente, mas em que a Tesla se livrou de responsabilidades ao fazer valer o que está no manual em letras pequenas: em Autopilot ou em FSD o condutor deve ir com as mãos no volante, atento a tudo o que se passa e pronto a assumir a condução a qualquer momento. O FSD (só FSD, ou FSD Supervisionado) nunca foi vendido na Europa por não estar licenciado. Se vier a estar, grande parte dos condutores que o queira instalar, por necessitar de alteração do hardware, de HW3 para HW4, vai ter que pagar.
Convém também perceber que a as escala de níveis de autonomia da SAE (Society of Automotive Engineers) tem 5 níveis e o FSD Supervisionado é apenas de nível 2. E que só no nível 5 (Automação Total) é que “o veículo realiza todas as tarefas de condução em todas as condições de estrada e de ambiente que um condutor humano podia gerir”. No nível 4 (Alta automação) “o veículo pode operar de forma autónoma em condições especificas ou áreas limitadas, mas ainda pode haver cenários em que a intervenção humana seja necessária”.
De modos que estamos nisto – a Tesla ainda não passou do nível 2. Mesmo que o FSD Supervisionado seja licenciado na Europa, andar-se a sugerir que o “FSD não supervisionado” (nível 5?) está à bica é um disparate.