Renault Clio: conduzimos o modelo mais eficiente da gama híbrida da marca francesa
Dezassete milhões de unidades do Clio depois, a Renault redesenhou o modelo icónico e entregou, em setembro, a sua sexta geração. Não tardamos a conhecê-la de perto e, do conforto das nossas estradas, rolámos o modelo mais eficiente da gama híbrida da marca francesa.
E se não se chamasse Clio 6?
Um best-seller da marca nas suas primeiras cinco gerações, a primeira das quais remonta a 1990, o Clio tem sucesso inscrito no seu ADN. De facto, a cada nova geração, o Clio redefiniu padrões, procurando sempre responder às necessidades dos clientes.
Pelo histórico do nome e por sabermos que o novo modelo segue ativamente a mesma abordagem dos anteriores, fomos confirmar como o novo Renault Clio se comporta na estrada.
Já sabíamos que esta sexta geração procurava ser mais poderosa, mais económica, distinta e, eventualmente, até incómoda para os olhos dos mais sentimentalistas. Na verdade, poderia mesmo chegar ao ponto de simplesmente não passar despercebida.
Parte, não temos dúvidas, era o que a Renault prometia, com um modelo completamente reformulado com um aspeto disruptivo, novas proporções e dimensões maiores, além de um design dinâmico e um desempenho notável. Depois o adágio popular, fez o resto: primeiro estranha-se, depois... entranha-se!
Mas... era na estrada que os olhos iriam provar que nem tudo o que está parado, tem mais encanto! E, claro, a conduzir é que a gente se entende. O palco? Portugal, não há cenário mais propício do que as nossas estradas.
Um Renault Clio espaçoso por dentro, mas compacto por fora
O estilo atlético do novo Renault Clio é expresso por dimensões mais generosas relativamente ao modelo da geração anterior, passando de 4,05 m para 4,12 m de comprimento e de 1,73 m para 1,77 m de largura. A altura permanece razoável com 1,45 m.
Com um capô mais longo e spoiler integrado, o novo Clio tem uma distância entre eixos de 2,59 m e uma linha do tejadilho altamente dinâmica semelhante à de um coupé ultracompacto, reescrevendo as regras do segmento.
A peça central do novo design é, segundo a Renault, o capô, com um vão dianteiro mais longo, via dianteira mais larga e uma nova frente extremamente expressiva.
As linhas de caráter do capô convergem para uma grelha do radiador proeminente, com um padrão de diamantes em padrões graduados.
A nova assinatura luminosa, com grandes luzes diurnas em forma de diamante, sublinha o novo estatuto do Clio, combinando com as jantes de 18'' (dependendo da versão) e a via mais larga para conferir ao automóvel uma presença visual mais vincada em estrada.
O novo Renault Clio está disponível em sete cores, duas das quais são novas: Vermelho Absoluto, a que conduzimos, e Verde Absoluto. Além destas: Branco Glaciar, Cinza Gunmetal, Cinzento Xisto, Preto Estrelado e Azul Ferro.
No interior, o espaçoso habitáculo do novo Renault Clio ilustra a subida de gama, com o seu ecrã duplo de 10,1'' (dependendo da versão) e o volante compacto inspirado no Renault Austral ou no Rafale.
A bagageira tem uma capacidade total de 391 litros (dependendo do motor), com uma plataforma de carga mais acessível, 40 mm mais baixa do que na geração anterior. O botão de abertura está integrado na porta traseira.
Conduzir a sexta geração do Clio é sinónimo de despreocupação
O novo Renault Clio baseia-se na liderança do seu antecessor em termos de desempenho na estrada, estabelecendo um novo padrão na sua classe, em termos de aderência à estrada e conforto dinâmico. Ao mesmo tempo, vem equipado com motores de elevada eficiência e uma gama de equipamentos de alta tecnologia.
Começando pelo princípio, o volante: além do apelo estético, o volante oferece várias vantagens funcionais:
- A direção é mais direta e responsiva, com apenas 2,6 voltas de topo a topo;
- A relação de direção otimizada melhora a precisão;
- O raio de viragem de 10,4 m facilita as manobras em ambientes urbanos;
- A direção assistida é calibrada para proporcionar uma estabilidade perfeita em torno do ponto central, independentemente da velocidade.
O volante inclui, também, o botão Multi-Sense para selecionar o modo de condução, associado a uma cor específica de iluminação ambiente.
Ao nosso lado, não falha o sistema multimédia OpenR Link, uma referência no mercado, com Google integrado.
O Renault Clio possui dois ecrãs de 10 polegadas, incluindo um ecrã central inclinado para o condutor, e uma experiência de infoentretenimento completa com navegação Google Maps, controlo de voz Google Assistant e acesso Google Play a aplicações exclusivas desenvolvidas por parceiros e mais de 100 aplicações no total.
As aplicações e o plano de dados estão incluídos no sistema de infoentretenimento do automóvel, pelo que não é necessário ligar um smartphone (via Android Auto ou Apple CarPlay) para desfrutar deles na estrada. Isto evita o sobreaquecimento e proporciona uma experiência mais segura e suave.
Embora não tenhamos testado, a Renault informa que o Gemini, um assistente de Inteligência Artificial da Google, estará disponível numa futura atualização, substituindo o Google Assistant.
Verdadeiramente conversacional, o Gemini permite que o condutor fale naturalmente, tendo uma conversa bidirecional e realizando tarefas mais complexas.
Além do travão de estacionamento automático e do controlo de velocidade de cruzeiro adaptativo, de série na versão Evolution, o novo Renault Clio vem equipado com mais sistemas de assistência à condução (ADAS) do que nunca.
Estão disponíveis até 29 funções diferentes (dependendo da versão), emprestadas de segmentos superiores do mercado e, em muitos casos, presentes pela primeira vez no Clio.
Entre elas, as seguintes:
- Controlo de cruzeiro adaptativo inteligente Active Driver Assist;
- Deteção dianteira e traseira e correção de trajetória de emergência;
- Travagem automática de emergência em marcha-atrás;
- Alerta de saída segura para os ocupantes;
- Função de assistência à paragem de emergência, que reduz a velocidade do veículo até à paragem completa em caso de inatividade do condutor.
A câmara de marcha atrás e a câmara de 360° fornecem, agora, imagens de alta definição, por forma a simplificar o estacionamento.
Motorizações disponíveis
Full Hybrid E-Tech 160 cv
- Motor full hybrid de 1,8 l e 4 cilindros (160 cv / 172 Nm para o motor de 1,8 l e 205 Nm para o motor elétrico), com uma caixa de velocidades multimodo inteligente
- Emissões de CO2: a partir de 89 g/km num ciclo combinado
- Consumo combinado de combustível: 3,9 l/100 km
- 0 a 100 km/h: 8,3 segundos
TCe 115 cv
- Motor 1.2 TCe de 3 cilindros (115 cv/190 Nm), caixa manual ou automática EDC opcional
- Emissões de CO2: a partir de 114 g/km num ciclo combinado; 116 g/km com caixa EDC (homologação pendente)
- Consumo combinado de combustível: 5 l/100 km (5,1 l/100 km com caixa EDC)
- 0 a 100 km/h: 10,1 s
Eco-G 120 cv
- Motor Eco-G flexível a gasolina-GPL de 3 cilindros (120 cv / 200 Nm) com caixa automática EDC.
- Emissões de CO2: a partir de 107 g/km num ciclo combinado (homologação pendente)
- Consumo combinado de combustível: 6,1 l/100 km
- 0 a 100 km/h: 10,1 segundos
Sexta geração construída sobre um chassis avançado
O novo Clio é construído sobre a plataforma CMF-B do seu antecessor, com uma distância entre eixos ligeiramente mais longa (2591 m) e vias mais largas em 39 mm na frente, da mesma forma que no Captur, e 10 mm na traseira, para um melhor controlo do rolamento.
Ao mesmo tempo, o diâmetro máximo das rodas foi aumentado de 17'' para 18'', embora a altura da parede lateral permaneça inalterada para manter o conforto.
Os engenheiros aperfeiçoaram o chassis para alcançar o mesmo nível de conforto e de desempenho dinâmico do Clio V, que era a referência na sua classe. Os resultados são notáveis, dado o ligeiro aumento de peso do automóvel (entre 4 e 49 kg, excluindo as versões Eco-G) e a utilização de pneus de baixo consumo.
Para tal, foram desenvolvidas duas configurações diferentes do chassis para refletir o peso do automóvel, que varia entre os 1155 kg e os 1316 kg, dependendo do sistema de propulsão. O trabalho de engenharia centrou-se na barra estabilizadora dianteira e no ajuste dos amortecedores dianteiros e traseiros.
O resultado é totalmente transparente para o condutor, uma vez que não há diferenças percetíveis entre as configurações do chassis ao volante.
Gama e equipamento
A gama simplificada do novo Renault Clio inclui três versões, todas com uma vasta gama de funcionalidades, a partir do nível básico.
- Evolution (a partir de 20.550 euros)
Controlo de cruzeiro adaptativo, travagem automática de emergência, assistência à manutenção da faixa de rodagem, monitorização da atenção do condutor, travão de estacionamento automático, ecrã central de 10 polegadas com replicação do ecrã do smartphone, painel de instrumentos revestido a tecido, banco do condutor ajustável em altura, ar condicionado, sensores de estacionamento traseiros.
- Techno (a partir de 22.550 euros)
OpenR Link com sistema multimédia integrado Google (Google Maps, Google Assistant e Google Play), controlo automático da climatização, vidros traseiros escurecidos, espelho retrovisor interior eletrocrômico, apoio de braços central à frente, iluminação ambiente LED, configurações Multi-Sense, cartão-chave mãos-livres, espelhos retrovisores exteriores rebatíveis automaticamente, jantes de liga leve de 16 polegadas, câmara de marcha atrás, comutação automática entre máximos e médios, limpa-para-brisas automáticos, seis altifalantes.
- Esprit Alpine (a partir de 28.400 euros)
Detalhes em Alcântara e acabamentos exclusivos, pedais em alumínio, base de carregamento sem fios, banco do passageiro com regulação em altura, projeção do logótipo, jantes de liga leve de 18 polegadas com detalhes em azul, logótipos Clio e monograma Dark Chrome, características distintivas na frente e no para-choques, controlo de cruzeiro adaptativo inteligente, assistência ao estacionamento lateral e frontal, aviso de ângulo morto, alerta de saída segura para os ocupantes, alerta de tráfego cruzado traseiro, travagem automática de emergência ao fazer marcha atrás.









































Com o imposto brutal que eles estão a cobrar na gasolina, qualquer décima a mais é guita. Muita guita. Portanto, se tens pasta é isto que precisas, desinteressa-te lá dos SUVS. Com 4 letras.
Híbridos? Não, muito obrigado.
Só é pena é em Portugal ainda se pagar bastante ISV e IUC, pela cilindrada do carro, mesmo que as emissões de CO2, sejam baixas.
“1155 kg”
Tudo dito.
Tudo dito em termos de quê? O mais eficiente e que consome menos é o mais pesado.
Consome menos durante quanto tempo? Mas não interessa, a maioria nem carrega os hibridos
Durante todo o tempo, é um full-hybrid.
Este a única carga que leva é gasolina.
Também acho muito. Um Uno pesava 700 kgs e um AX ainda menos. Mas há SUVs apesar 1500 ou mais, autênticos montes de sucata ambulante.
Dispenso, híbrido são precisas 3 carteiras para os manter, depois temos os outros modelos com blocos de brincar 3 cilindros que em para e arranca em situações mais íngremes abanam todos…
Para quando a marca percebe que queremos motores 4 cilindros fiáveis como já existiram no passado?
E estes não são fiáveis? Como sabes?
Basta ver o mercado dos 3 cilindros até dói as histórias de assalto a carteira.
Os mecânicos adoram estes tipos de blocos.
Achas que este bloco vai fazer 400K, 600K como os K9 a diesel da Renault?
Estes se fizerem 100k sem problemas é uma sorte, vasta ver os Dacia a 3 cilindros aquilo treme tudo metes 3 pessoas no carro e no arranque parece uma batedeira.
A crítica aos 3 cilindros já não faz muito sentido, é conversa sem base factual. Quem está a par do mercado atual sabe que os blocos atualmente são muito mais evoluídos: injeção direta, turbos eficientes e sistemas de compensação de massas que reduzem vibrações.
Também é sabido que a durabilidade não depende do número de cilindros, mas da engenharia e da manutenção. Há muitos tricilíndricos modernos a passar dos 200 ou 250 mil km sem problemas relevantes.
Usar os Dacia como exemplo é injusto, porque são carros pensados para custo e não para refinamento. Trepidações em baixa rotação não significam fragilidade mecânica.
Dizer que um 3 cilindros de hoje não faz 100 mil km é mito e falso (ignorância até). Com manutenção adequada, 200 a 300 mil km são perfeitamente realistas (e até mais, se bem feita a manutenção).
O problema não está propriamente no motor. 3 cilindros pode ser fiável, menos stellantis e ecoboost de correia de distribuição banhada a óleo . Agora, já houve uns motores 1.5 3 cilindros Hyundai que, por terem um funcionamento irregular, davam cabo das caixas de velocidades.
Não mistures as coisas. Esse problema da correia de distribuição banhada a óleo não tem a ver com a Renault.
Não é só para arrancar. Mesmo ao relanti, os carros, estão sempre a tremer.
São motores instáveis.
Na minha opinião, os cilindros, devem ser aos pares. Só assim, se conseguem motores com poucas vibrações e mais estáveis.
É curioso, porque os tratores antigamente eram todos 4 cilindros, isto falando dos potência intermédia, hoje são 3 cilindros e são muito menos ruidosos, estáveis e com menos vibrações.
A sua explicação faz sentido.
Eu pegava no Full Hybrid E-Tech 160 cv e metia o GPL… Da “Prins”…