Reciclagem: Baterias Honda ganham uma “segunda vida”…
A COVID-19 está a afetar todos os sectores de atividade da nossa sociedade. No entanto, as empresas têm vindo a mostrar projetos, inovações e também produtos. A Honda Motor Europe revelou recentemente que está a expandir a sua parceria com a SNAM para reciclar baterias, de veículos europeus híbridos e elétricos, que estão no fim de vida.
Novos processos de hidrometalurgia permitem a extração e reciclagem de componentes de baterias que não se adequam para uma aplicação de segunda vida.
A Honda e a SNAM colaboram em conjunto desde 2013, para garantir a rastreabilidade de baterias em final de vida útil e eliminá-las de acordo com os padrões ambientais da União Europeia.
O acordo pan-Europeu permite à SNAM a recolha e reciclagem de baterias de veículos híbridos e elétricos Honda, com o intuito de lhes dar uma “segunda vida” para armazenar energia renovável ou, caso não sejam adequadas para este fim, extrair componentes de valor para reciclagem.
À medida que a procura pela gama de veículos híbridos e elétricos da Honda continua a crescer, aumenta também o requisito de desenvolver baterias da forma mais ecológica possível. Os recentes desenvolvimentos de mercado podem permitir que estas baterias tenham utilidade numa segunda vida, como alimentar empresas ou recuperar componentes úteis, através do uso de técnicas recentes de reciclagem, que podem ser utilizadas como matérias-primas na produção de novas baterias.
Tom Gardner, Senior Vice President da Honda Motor Europe
Segundo o comunicado enviado ao Pplware, o transporte das baterias é seguro e de baixas emissões. A SNAM tem processos de avaliação que permitem saber quais são as baterias válidas para incluir num novo dispositivo.
Quando as células da bateria estão danificadas e inadequadas para uma “segunda vida”, materiais como o cobalto e o lítio podem ser extraídos, utilizando técnicas de hidrometalurgia que envolvem o uso de química aquosa. Estes podem ser reutilizados na produção de novas baterias, pigmentos coloridos ou como aditivos úteis para argamassa. Outros materiais de uso comum como o cobre, metal e o plástico são reciclados oferecidos ao mercado para serem novamente utilizados.
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A Honda, além dos veículos a combustão, híbridos e eléctricos, é pioneira e grande dinamizadora dos veículos “fuel cell” – hidrogénio, encontrando-se desde há muito tempo na linha da frente da investigação e desenvolvimento deste tipo de veículos. O seu Honda Clarity tem autonomia para quase 600 Km não faltando muito para ultrapassar o psicológico milhar de Km.
Elécticos – bateria vs Elétricos – “fuel cell” hidrogénio, daria um interessante comparativo e não menos estimulante discussão.
Entretanto, para baralhar as contas, acaba de ser inventado um motor de combustão a dois tempos capaz de revolucionar o entendimento sobre eficiência energética e mobilidade se tivermos em conta que os eléctricos também não dispensam uma considerável pegada ecológica sobretudo relacionada com as volumosa baterias de lítio, notícia que foi dada a conhecer, por exemplo, aqui :
https://www.sapo.pt/noticias/motores/espanhol-inventa-motor-de-dois-tempos-que_5e5ffdabdcab6f199a28babf
Também, o confinamento e a crise económica em consequência da Covid-19 veio acentuar não só queda dos preços internacionais do crude mas também a queda na procura de veículos, circunstâncias estas capazes de se revelarem ainda mais penalizadoras para os carros eléctricos.
Muitas incógnitas pela frente no tocante à mobilidade, eficiência energética e sustentabilidade.
Mas é bom saber que se faz muito em prol de uma solução sustentável e que há alternativas.
Que vença a melhor !
O que muita gente critivava no eléctricos prova que não são argumentos negativos, é óbvio que as baterias iriam eventualmente ter algum uso e que existiriam ainda companhias dispostas a pagar por elas em final de vida. Tal e qual como numa sucata.
O melhor disto tudo é que independetemente do tipo de carro que ganhe esta batalha os eléctricos vieram incomodar um mercado que estava parado e nada fazia para inovar.
Bem visto. O eléctricos vieram inovar e dinamizar o mercado forçando à inovação dos pré-existentes e são em certas situações uma boa escolha.
Essa de pioneira é que é para lá de exagerado, mas ok, pelo menos aposta na tecnologia.
Obrigado “George Orwell” pelo link referente ao motor Espanhol.
Algo como o motor INNengine 1S ICE para ajudar os automóveis eléctricos, mais forma de termos um híbrido.
(https://www.razaoautomovel.com/2020/03/innengine-1s-ice-motor-1-tempo)