Há uns dias, falamos-lhe da vontade que a Comissão Europeia demonstrou em assegurar pontos de carga a cada 60 km nos países membros, bem como pontos de reabastecimento de hidrogénio a cada 100 km. Se, na altura, faltava ainda a aprovação do Parlamento Europeu, agora, já só é preciso começar as negociações.
A maioria decidiu e, até 2026, teremos pontos de carga a cada 60 km nas principais estradas da União Europeia.
A autonomia é, para já, uma das maiores desvantagens dos carros elétricos, deixando muitos interessados com dúvidas. De facto, os países ainda não asseguram a infraestrutura necessária para que o condutor de um elétrico faça uma viagem de carro tão tranquilamente quanto o de um com motor de combustão. Afinal, ainda precisa de estudar os pontos de carga e resolver a logística do trajeto.
Por estar consciente deste entrave à adoção de carros elétricos, a Comissão Europeia apresentou um objetivo ambicioso que foi, agora, aprovado pelo Parlamento Europeu. A maioria decidiu que, até 2026, as principais estradas vão receber pontos de carga a cada 60 km, como parte do plano Fit for 55 in 2030.
Parlamento Europeu também quer pontos de carga a cada 60 km
A esmagadora maioria dos deputados apoiou o projeto, com 485 votos a favor, 65 contra e 80 abstenções, e cabe ao Parlamento Europeu, daqui em diante, negociar com cada estado-membro.
Depois da decisão tomada, são objetivos mínimos: instalar pontos de carga a cada 60 km nas principais estradas, até 2026; instalar pelo menos dois carregadores de alta potência nas redes transeuropeias (RTE-T) para transporte pesado, até 2028, em vez de 2031; e pelo menos uma estação de reabastecimento de hidrogénio a cada 100 km, até 2028.
Prevê-se que cada estado-membro desenvolva um plano para cumprir este objetivo da União Europeia, apresente a sua proposta, até 2024, e implemente as medidas que definir nos dois anos seguintes.
Por fim, a União Europeia quer que todo o processo de cobrança, desde preços a métodos de pagamento, seja transparente e simplificado. Assim, os problemas da atual rede de carregamento ver-se-ão extintos, uma vez que não haverá interoperabilidade de empresas, os preços por kWh ou por kg de hidrogénio serão conhecidos e o processo de pagamento será facilitado.
Desta forma, até 2027, espera-se que haja uma base de dados a dar conta da disponibilidade dos pontos de carga e reabastecimento, dos tempos de espera, e dos preços a nível europeu. Uma vez em constante atualização, essa poderá ser acedida por qualquer consumidor através de aplicações móveis ou sistemas de info-entretenimento.
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