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Mazda alega que carros elétricos de longo alcance geram mais CO2 que os diesel

Se até agora o mercado de carros elétricos era populado por propostas de longo alcance, as marcas europeias têm procurado alternativas mais viáveis. Focam-se em propostas com baterias menores, ajustadas a dimensões menores e às nossas cidades.

Este embate de ideias e propostas ainda não tem um modelo vencedor, mas tudo parece servidor para o conseguir. A Mazda veio agora argumentar que a sua escolha é melhor porque as baterias carros elétricos de longo alcance geram mais CO2 que os diesel.


Há muito que várias frentes se embatem para provar que os elétricos são tão poluidores como qualquer carro a diesel. Os argumentos usados são muitos e nem sempre os mais lógicos, o que gera ainda mais discussão e contra-argumentação.

Os dados que sustentam a ideia da Mazda

A mais recente fonte de discussão veio de um dos fabricantes que já abraçou os elétricos. Segundo Christian Schultze, um dos responsáveis da Mazda na Europa, carros elétricos de longo alcance representam um problema. Estes geram mais CO2 que qualquer carro a diesel, no seu ciclo de vida.

Segundo este responsável da Mazda, o problema está não na utilização, mas sim nos processos de produção. Em especial, a construção das baterias é extremamente crítica e na renovação deste elemento aumenta ainda mais.

Um estudo que confronta a escolha das baterias

Curiosamente, a aposta da Mazda para os seus carros elétricos, segue outra filosofia. A marca japonesa apostou sobretudo em baterias menores, com menor alcance e menores custos de produção e de troca. No caso do MX-30, a marca escolheu baterias de 35,5-kWh.

Todas as comparações para esta conclusão são feitas com modelos com baterias de 95-kWh, muito maiores. Também os diesel usados nesta comparação, são os de menores dimensões da própria marca. A marca entra em conta com a produção, utilização, troca e reciclagem ou destruição.

A realidade de outros estudos com carros elétricos

Claro que esta é apenas uma ideia da marca, que aparentemente quer fazer valer a sua opção para as baterias. Dos muitos estudos que surgiram ao longo dos anos, vários mostram que os veículos elétricos são menos poluentes que os diesel, em vários aspetos, inclusive no CO2.

Um deles, feito pelo ICCT (International Council on Clean Transportation) mostra que os custos ambientais da produção de baterias são recuperados ao fim de 2 anos. Este valor desce para 1 ano e meio se os carregamentos forem feitos com energia renovável.

Esta posição da Mazda parece ter falta de argumentos para ser sustentada. Ainda para mais, confronta as suas opções no campo das baterias com o que a sua concorrência oferece, o que parece estranho. De qualquer modo, a marca japonesa deverá igualmente sustentar estas afirmações com mais dados e resultados de testes.

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