Hyundai planeia “vender muito”, apesar das taxas impostas por Donald Trump
Com as taxas de Donald Trump a entrarem em vigor, não haverá muitas empresas a escaparem ao impacto. A Hyundai, por exemplo, assume que vai senti-lo. Contudo, admite que não serão uma barreira para o sucesso.
A Hyundai estabeleceu recordes de vendas nos Estados Unidos em cada um dos últimos quatro anos e acredita que pode continuar esta tendência em 2025, aumentando, mais uma vez, os seus números, segundo a imprensa.
Apesar de o objetivo parecer ambicioso, numa altura em que o efetivo impacto das taxas impostas por Donald Trump é incerto, a empresa está confiante de que vai "vender muito" este ano, continuando empenhada em prestar assistência aos concessionários e clientes.
Este ano não vai ser diferente. Com taxas ou sem taxas, vamos descobrir, apoiar os nossos revendedores e clientes e fazer cinco anos consecutivos.
Disse Randy Parker, diretor-executivo da Motor North America, à Auto News.
Em 2024, a Hyundai vendeu um total de 836.802 veículos nos Estados Unidos, representando um aumento de 4,4% relativamente ao ano anterior.
A Hyundai, que investiu 21 mil milhões de dólares nas suas operações nos Estados Unidos, segundo mencionado, apresentou recentemente a segunda geração do Palisade no Salão Automóvel de Nova Iorque.
Além disso, a marca sul-coreana começou a construir o IONIQ 5 e o IONIQ 9 na sua nova fábrica em Savannah, Geórgia, e está a planear oferecer grupos motopropulsores híbridos em mais modelos da sua gama, sendo alguns deles construídos na nova fábrica.
Apesar de o local ter sido inicialmente concebido para veículos elétricos, a marca sul-coreana reconhece a crescente procura de modelos híbridos no país e pretende evitar os impostos de importação, fabricando, pelo menos alguns deles, localmente.





















A Hyundai começou a construção da fábrica em Savannah, Geórgia, em 2022.
As vendas dessa fábrica para o mercado interno dos EUA podem não seu afetadas pela taxa de 25% sobre os carros, mas o preço, ainda assim, há de ser afetado pela taxa de 25% sobre os componentes importados.
É um bocado estranho se a Hyundai não importa carros para os EUA, mas não se fala disso e em que medida é afetada. A Kia, também sul-coreana (e que 1/3 pertence à Hyundai) produz nos EUA mas também importa bastante.
As marcas que têm uma parte significativa da sua produção em fábricas nos EUA vão procurar abastecer o mercado a partir delas, para fugir o mais possível às taxas, mas algum impacto há de haver.
https://www.gpb.org/news/2022/10/25/hyundai-breaks-ground-on-55-billion-8100-job-factory-in-bryan-county
Não tinha reparado que o gráfico juntava a Hyundai e a KIA. Dos carros que venderam nos EUA: 33% foram lá montados, 8% no México/Canadá e 59% em “outros países”, provavelmente a Coreia do Sul (um dos mais afetados pelas tarifas).
https://www.voronoiapp.com/automotive/Tesla-is-the-Most-American-Automaker–4410