Honda CR-V Hybrid – Test drive ao novo e inteligente SUV
Fomos conhecer o novo Honda CR-V Hybrid. Esta é a quinta geração do CR-V, mas é a primeira vez que um Honda SUV, na Europa, está disponível com tecnologia híbrida.
O paradigma automóvel está a mudar e a marca japonesa também se adaptou à eletrificação dos seus carros. Venha connosco neste ensaio Honda.
O novo CR-V Hybrid vem dilatar a oferta e traz alguns trunfos que a tornam bastante atraente. Não é por acaso que o mais recente SUV da Honda obteve classificação máxima nos testes de segurança EuroNCAP. Vamos perceber onde estão os seus trunfos.
Inovação Honda Intelligent Multi-Mode Drive
Desde logo e quando o conduzimos percebemos que a tecnologia i-MMD (Intelligent Multi-Mode Drive), traz performance e eficiência. Falamos no combinar de um motor 2.0 a gasolina e dois motores elétricos. Tudo isto com suporte de uma pequena bateria que também recolhe a energia recuperada nas travagens.
A potência máxima combinada é de 184 cv (135 kW) com um binário de 315 Nm.
Condução segura e eficiente
A condução torna-se suave graças a uma transmissão com uma velocidade (não há caixa de velocidades) e a tração pode ser dianteira ou 4x4. Traz um sistema multidisco que liga as rodas traseiras, graças a um diferencial no eixo posterior em condições de difícil aderência.
O combinar destas tecnologias, permite à marca japonesa reivindicar um consumo de 5,3 l/100 km na versão de tração dianteira e 5,5 l/100 km na versão 4x4. Ficamos igualmente agradados pela velocidade máxima, já que permite chegar aos 180 km/h e o arranque leva este SUV dos 0 as 100 km/ em 8,8 ou 9,2 segundos.
O novo SUV também tem características ricas para tráfego urbano. Isto porque a sua bateria na carga máxima, permite percorrer dois quilómetros em modo elétrico. Ótimo para o "para-arranca" e pequenos percursos.
Um habitáculo espaçoso e com qualidade
No habitáculo, temos de referir a qualidade dos materiais. Este é um ponto importante num SUV que pesa 1672 kg. Isto porque o interior acomoda cinco lugares para uma viagem confortável. Poderia ter mais uma fila de lugares, dado o desenho do chassi, contudo, a disposição do sistema elétrico ocupa o espaço da terceira fila de bancos. Esta fila está apenas disponível na proposta a gasolina mais potente.
Nos que toca a espaço da bagageira, esta tem um volume de 497 litros. Com a possibilidade de deitar os bancos e com isso ganhamos mais um bom espaço para transportar cargas.
Painel de controlo bastante iluminado
A informação ao condutor é rica, acessível, embora necessite de alguns minutos para perceber como tudo pode ser obtido num olhar rápido.
O painel de instrumentos foi desenhado para informar o condutor dos principais pontos de condução. O painel de 7 polegadas em frente ao condutor combina o velocímetro numérico com as informações do sistema híbrido: fluxo de energia, autonomia e computador de viagem.
Destaca-se uma animação que permite saber a recuperação de energia, a carga das baterias e o nível de combustível, à esquerda. Os LEDs no topo do painel permitem informar o condutor do tipo de eficiência da sua condução, uma indicação útil para gerir o nervosismo do pedal.
Muitos cavalos, mas que respeitam a pose
Já que falamos no controlo do pedal, notamos que o Honda CR-V Hybrid é um elétrico com motor a gasolina, mas com um arranque mais lento e progressivo.
Por norma, um motor elétrico tem um arranque mais agressivo, neste não notamos isso. Pisando o acelerador, o SUV faz-se notar híbrido mais lento e progressivo. Com uns quilómetros já feitos, fomos percebendo que é possível termos um arranque que não compromete de imediato o consumo de energia das baterias.
Se pisar com toda a vontade do pedal, aí os cavalos respondem e verá uma resposta agressiva, mas não podemos esquecer que este é um SUV e grande.
A direção é precisa, fácil de manobrar e nas travagens, mesmo quando o fazemos de forma brusca, passa para o condutor a segurança de se adaptar às reações dos elementos de travagem.
Tecnologia i-MMD é sinónimo de eficiência
A tecnologia i-MMD exclusiva da Honda alterna a forma inteligente e automática entre três modos de condução para proporcionar a maior eficiência possível.
Esses modos incluem:
- EV Drive – consome energia da bateria de iões de lítio para alimentar o motor de propulsão elétrica e acionar as rodas (com o motor a gasolina desligado)
- Hybrid Drive – o motor a gasolina alimenta um segundo motor / gerador que suplementa a energia elétrica da bateria
- Engine Drive – Um mecanismo de travagem e embraiagem que cria uma conexão direta entre o motor a gasolina e as rodas.
Em termos de condução, sem dúvida que estamos perante uma aposta familiar muito interessante, tem consumos interessantes para o veículo que é. Na nossa condução registámos consumos entre os 5,8 e os 6,4 litros/100 km com a versão 4x2, mas fizemos por várias vezes os cavalos mostrarem o que valiam.
É um híbrido que exige que o condutor tenha curiosidade para o conhecer, pois, para ser eficiente e com boa performance, há algum tempo de habituação. A nossa apreciação, contudo, é que esta é uma excelente aposta para um veículo familiar para qualquer circunstância.
Um aspeto importante e de salientar é o facto deste veículo apenas pagar classe 1 na Via verde.
Preço e disponibilidade
O novo Honda CR-V Hybrid está já disponível a partir de 38 500 €, na versão de equipamento Comfort. A gama Honda CR-V apresenta, para além da versão Hybrid, uma motorização a gasolina 1.5 i- VTEC.
Este artigo teve o apoio da Honda, a quem agradecemos a cedência do Honda CR-V Hybrid para test drive.
Este artigo tem mais de um ano
Um bocado caro para a oferta atual e um design que pouco se distingue dos suvs da honda com 6 ou 7 anos
Para quem gosta de SUV hibridos existe o da Toyota (CH-R) mas que é um pouco ‘pequeno’ a nivel interior, e o imbatível preço qualidade Kia Niro que custa menos de 30 mil euros e é o suv hibrido mais económico que existe no mercado, cheio de extras.
Ja agora nos vossos testes qual foi a média conseguida em cidade e em estrada?
Aqui o equivalente da Toyota é mesmo o RAV4 Hybrid, que custa ela por ela.
Como tem sido habitual, é feio que até dói..
existe tanta mas tanta “coisa” feia tao boa e de chorar por mais!
Pá interior muito confortável. Conheço o irmão desse a gasolina. Mas híbrido desse ser máquina.
Autonomia de 2km em modo electrico. Fascinante.
Realmente menos de 30km e sem ser plug-in é gozar com uma pessoa nos dias de hoje…
Não é, sabes a razão? Atualmente é impossível às grandes marcas dar o salto só porque sim. Quem fabrica há meio século ou mais, automóveis de combustão interna não pode da noite para o dia deixar de fabricar milhões de unidades para começar a fabricar motores elétricos. Além disso, com “meia dúzia” de carros elétricos, as infraestruturas de carregamento estão já muito aquém dos mínimos necessários. Tem de haver aqui no meio a transição natural. Não se podem saltar “notas de música” só porque já se vê o que poderá ser o futuro da indústria automóvel.
Este e todos os híbridos estão a fazer a passagem, são um excelente compromisso para o presente, são o percurso natural para aquele que será o futuro desta indústria. Por isso faz todo o sentido e nesta altura, faz muito mais sentido um hibrido do que um elétrico.
Ainda precisamos de mais tempo para preparar as estruturas, adaptar a forma como as pessoas usam os veículos, tratar de melhorar as vias, organizar o trânsito e esperar mesmo que a legislação se adapte às necessidades da evolução dos elétricos e dos autónomos. Isso leva tempo e, por isso existem estes veículos. Uns melhores, outros menos capazes e outros plug-in, outros não… mas todos servem mercados de milhões de utilizadores que ainda não querem dar o passo para o mercado incerto dos elétricos.
fascinante mesmo são os 2 km de autonomia em electrico, só é hybrid porque tem dois (bastava um e desligado) motores electricos, mas não faz uso deles.
Híbridos a fazer 30km existe ?
Tens o mitusbish Outlander e vais ter o Kia Niro ambos fazer a volta de 50 k s em modo elétrico.
O mais intrigante é o carregamento das baterias. O custo benefício muito alto e no BRASIL temos nuances incríveis das ruas, da segurança e dos impostos .
Aconselho um artigo neste https://sonomotors.com/en/sion/
Apostem mas é no GPL e deixem o resto! Híbridos a GPL isso é que era interessante!
Se este carro vier para o Brasil, com vai custar no mínimo uns R$ 96.000,00. Com base no salário mínimo, demoraria mais de 10 anos para terminar de pagar.
“A condução torna-se suave graças a uma transmissão com uma velocidade (não há caixa de velocidades)”. Voces sabem mesmo o que estão a dizer? lol
O Prius da Toyota é um híbrido a ser considerado, com um projeto moderno, custo de manutenção dentro da média do segmento. Designer deixa a desejar, feio e mal gosto. Seu irmão da Lexus, o CT 200h tem um desenho mais jovial, porém a um preço mais elevado.
Caixa CVT !! , 2km elétricos, supostos 184cv, 180km/h, 9s 0/100, 40000+€… incrível !!!
Não digas mal que ainda te apagam os comentários.
Os valores de consumo 5.3 e 5.5 são WLTP? Para o peso, para os CV e tendo em conta os consumos reais que vocês conseguiram parece que a Honda tem aqui um sistema interessante.
O que eu posso relatar baseado em 13k km num C-HR híbrido:
– Em autoestrada o consumo é ligeiramente inferior, 0,2 ~ 0,3 l/100km, em relação a um 1.0 125cv ecoboost. Em percursos mistos onde com o ecoboost fazia 6,5 ~ 7 l, com o C-HR faço entre 3,5 ~ 3,8 l (isto durante o inverno, no verão deve baixar um pouco).
Se o objetivo é basicamente autoestrada o mais barato é diesel ou GPL. Agora virem dizer que a diferença de consumo que os híbridos conseguem é marginal… Obviamente existem híbridos mais bem conseguidos e outros que pra lá caminham (ou então que vão ter de usar as patentes da Toyota :p).
– Não tem motor de arranque nem embraiagem, toda a manutenção relativa a essas partes desaparece. Basicamente serão as revisões, a média em 5 anos é 200€ por ano.
O que faz confusão a muita boa gente é que o modo de condução num híbrido tem de ser diferente para tirar o máximo proveito. O híbrido só vem corrigir as nossas asneiras e aproveitar os declives, com isso consegue-se reaproveitar alguma energia.
O que me chateia, aqui em Portugal pode-se ter um carro que plui menos mas temos de pagar mais imposto de circulação (pois as cilindradas mais eficientes em atikson são altas) que as carcaças que por aí andam…
Ps.: É sempre engraçado ler mitos (infundados) que até dos elétricos transitaram para os híbridos
Os hibridos têm sim embraiagem e caixa de velocidades. A manutenção é praticamente igual a um veiculo convencional. O motor termico está lá à mesma.
C-HR 1.0 ecoboost??? ecoboost é uma técnologia da ford… e não existe nenhum C-HR ecoboost.
queria dizer que não existe nenhu, C-HR 1.0 ainda que, obviamente, ecoboost também não.
Olá João!
Aconselho-te a pesquisares o que é o PSD da Toyota, assim conseguirás perceber um pouco do que aqui se fala.
De resto aconselho um café e uma nova leitura do que eu escrevi. Faço comparações entre o C-HR e um ecoboost, lamento que não consigas entender o meu português.
Caro Antunes,
Em nenhum momento referes que se trata de outro carro/modelo portanto parte-se do principio que estamos a falar do mesmo carro. Comparar consumos de carros completamente diferentes é desonesto. Se esse tal ecoboost está montado numa C-MAX, é normal que os consumos sejam muito inferiores aos de um C-HR, um carro mais leve, mais pequeno, com melhor aerodinamica…
Relativamente ao PSD da Toyota, é uma tecnologia que faz a simbiose entre os 2 motores. Esse sistema tem sim relações diferentes (caixa de velocidadea) ainda que não funciona como uma transmissão normal. O motor de arranque é realmente suprimido mas este componente tem normalmente uma vida util muito alargada e carece de manutenção.
Relativamente às revisões, qual é o intervalo de manutenção dos 2 carros que referes?
Continuo a aconselhar um café 😉
As comparações que fiz dos consumos são baseadas em 800km que faço todas as semanas, sempre nos mesmos percursos, entre estes carros:
Focus HB, peso ~ 1335 kg, revisões aos 15k km ou ao passar do ano, 5 anos = 1120 €
C-HR, peso ~ 1380 kg, revisões aos 15k km ou ao passar do ano = 1000 €
Suspeito que a distância torna esse café inviável, se não aceitaria com agrado.
Ora aí está… o intervalo entre revisões e exactamente o mesmo para ambos os veículos e há uma diferença de apenas 120€ em 2 anos. Podemos então concluir que a manutenção e a mesma num híbrido ou estou errado?
Se o gasolina durante 10 anos só trocar óleo do motor e filtros inerentes, e nunca tiver nenhuma manutenção associada a embraiagem/turbos/FAPs/alternador/motor de arranque (não vou falar dos calços dos travões :p), pode-se considerar que estão na mesma gama de custos (tirando os consumos que são mais baixos nos híbridos).
Se estivermos a falar de gasóleo, só os valores das revisões já são mais altos.
Cada caso é um caso, não existe nenhuma solução dourada para todo e qualquer tipo de caso de uso.
*a diferença é de 120€ em 5 anos. Nao é apreciável.
Quem quer um carro hybrid que faça 30kms ou mais é modo eléctrico que compre um plugin são óptimas opções para quem faz viagens pequenas agora quem faz viagens grandes esqueçam os plugins porque assim que ficam sem bateria os consumos disparam para números exorbitantes. Já os full hybrid como ahonda e a Toyota foram foram feitos para andar sempre em modo hybrid e fazer sempre consumos baixos.