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Europa poderá deixar de depender das baterias da China já em 2030

A Europa tem percebido o quão dependente está de alguns países, em termos energéticos, mas não só. Esta perceção tem motivado mudanças e, em 2030, os países poderão deixar de depender do fornecimento de baterias da China.

A conclusão foi retirada, depois de um novo relatório.


A Ásia controla 92% do mercado mundial de baterias, com empresas como a BYD e CATL, da China, a LG Energy Solution, Samsung SDI e SK Battery, da Coreia do Sul, e a Panasonic, do Japão, a dominar claramente este setor. Por esta razão, as fabricantes ocidentais dependem inteiramente do fornecimento destas entidades para produzirem os seus carros elétricos.

Mais do que a hegemonia asiática no que a baterias diz respeito, a China também tem vindo a assumir o controlo de uma grande parte da cadeia de abastecimento. Esta questão tem preocupado as entidades europeias, uma vez que veem a capacidade tecnológica do continente posta em causa, caso não consigam responder a esta necessidade sem a ajuda da China.

Ainda estamos dependentes da cadeia de abastecimento chinesa. Se olharmos para as implicações geopolíticas globais disso, é um desafio para a segurança energética, segurança económica e segurança nacional.

Lamentou James Quinn, CEO da Faradion, uma empresa britânica especializada em baterias de sódio.

James Quinn, CEO da Faradion, uma empresa britânica especializada em baterias de sódio

De acordo com um relatório do Goldman Sachs, os esforços americanos e europeus para desenvolver as suas próprias baterias poderiam começar a dar os seus frutos já em 2030. Afinal, a vantagem competitiva da China será corrompida por políticas protecionistas a serem implementadas no Ocidente, pelo aparecimento de novos ministérios químicos menos dependentes da cadeia de abastecimento chinesa, e pela reciclagem de baterias.

Para alcançar uma cadeia de abastecimento autossuficiente, o Ocidente terá de gastar 78,2 mil milhões de dólares em baterias, 60,4 mil milhões de dólares em componentes, 13,5 mil milhões de dólares em lítio, cobalto e níquel, e 12,1 mil milhões de dólares na refinação destes materiais. No total, o grupo prevê investimentos superiores a 160 mil milhões de dólares.

 

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