Ensaio Mercedes-Benz EQE 350 Limousine… um elétrico de luxo
Poderoso, silencioso, espaçoso e luxuoso. Facilmente podemos adjetivar a experiência com um dos mais ilustres elétricos que a Mercedes tem no seu catálogo de venda. Não é barato, estará quase no enquadramento fiscal dos benefícios para empresas, mas, mais que estas questões fiscais, o carro é um regalo para o bolso do seu proprietário quando o assunto é o consumo e a autonomia. Vamos conhecer o prestigiado Mercedes EQE 350 Limousine.
EQE Limousine: um elétrico, que é um Mercedes tradicional!
Os modelos elétricos lançados pelas marcas têm um "quê de futurista e simplista". E para determinado cliente, esta modernidade nem sempre agrada. Mais quando, debaixo do chapéu da sustentabilidade, as marcas apostam em materiais... fracos! Neste caso, a Mercedes entregou, através do EQE 350, um elétrico moderno, que não compromete o luxo e o conforto tradicional! Sim, a tradição ainda é o que era.
No exterior, contamos com a assinatura da Mercedes, com linhas clean e traços modernos, completamente desprovidos de exageros, tão usuais noutras marcas concorrentes da Mercedes. Em destaque estão os discretos puxadores embutidos que, não sendo para todos os gostos, conferem a elegância pedida. Um detalhe interessante são as luzes traseiras em LED com design de hélice 3D, um formato inovador e que é sempre um toque diferente.
O Mercedes EQE 350 está disponível com jantes de liga leve com 21 polegadas, design aerodinâmico sem perder o aspeto desportivo. O carro apresenta-se com medidas generosas, embora num primeiro olhar este possa parecer bem compacto: 4946 mm de comprimento, 1961 mm de largura e 1512 milímetros de altura
Apesar do seu tamanho, a dinâmica a curvar é um exercício que o condutor aprecia. Rápido, suave e preciso. Isto também influenciado pelo diâmetro de viragem, com os seus 12,5 m.
O luxo do interior funde-se quase que naturalmente com a tecnologia
Se por fora o carro num relance parece menos do que de facto é, devido às suas linhas aerodinâmicas, saiba que é puramente ilusão de ótica. O EQE Limousine é consideravelmente espaçoso.
Forrado com materiais de alta qualidade e com acabamentos irrepreensíveis (na nossa opinião, até um pouco exagerado), esta proposta da Mercedes assegura um ambiente futurista quanto baste. A par do pack Air-Balance, que oferece uma experiência de difusão de fragrâncias individual no interior do veículo, o sistema de som surround Burmester envolve os ocupantes numa verdadeira experiência.
Em termos de espaço de mala, esta proposta 100% elétrica da Mercedes oferece 430 litros de bagageira. Não é generosa, mas para uma família de 4 pessoas, com malas para passar um bom fim de semana, o espaço mostrou-se à altura. Foi no limite, mas nada ficou por levar!
A interface do sistema de infoentretenimento ajuda-nos a ter um controlo nos vários parâmetros da condução, mas também da "vida" dentro do habitáculo. Através do ecrã central OLED é de 12,8 polegadas, temos acesso aos seus serviços de navegação, streaming de música e Rádio Internet. Além de podermos mudar a iluminação no interior e adaptar alguns inputs que o carro nos transmite relativo à segurança em vários momentos da viagem.
A pitada de modernidade chega também na forma de um Head-Up Display, que, ainda que não seja para todos os gostas, quem gosta aprecia a informação de segurança disponível: as informações de trânsito, avisos dos sensores exteriores são projetados no para-brisas, diretamente no campo de visão do condutor, prevenindo distrações.
Aqui temos também de aceitar que, tendo em conta a simplicidade que muitas marcas estão a trazer para os seus elétricos, este está muito bem equipado. O que não faltam são ecrãs e informações visuais em todo o lado!
Fomos fazer quilómetros, muitos e com estradas deslumbrantes no interior norte do país. Ao longo da viagem, o sistema a Electric Intelligence fornece parâmetros de navegação que permitem otimizar a autonomia do EQE, promovendo uma condução defensiva e energeticamente eficiente, e o Dynamic Select disponibiliza quatro modos de condução ECO, COMFORT, SPORT e INDIVIDUAL.
Como não poderia deixar de ser, o EQE 350 está generosamente equipado com sistemas de assistência ao condutor, nomeadamente:
- Assistente de Estacionamento com Memória;
- Assistente Ativo de Estacionamento;
- Pack de Assistência à Condução Plus, com vantagens da condução semiautomática;
- Assistente ECO;
- Assistente Ativo de Estacionamento com Parktronic e câmara 360°.
Além disso, a marca oferece a possibilidade de melhorar a sua proposta:
- Pack Conforto Acústico;
- Proteção de veículos Guard 360°;
- Pack Estacionamento Remoto.
- Experiência com o Pedal do acelerador háptico
Comportamento do Mercedes EQE 350 na estrada
A Mercedes equipou o seu EQE 350 com um motor elétrico de 530 Nm de binário, com até 215 kW (292 cv) de potência. Com uma velocidade máxima prevista de 210 km/h, acelera dos 0 aos 100km/h em 6,4 segundos. Sim, fomos viajar "sem ansiedade" porque contávamos com os 606 km de autonomia. Pelo menos confiámos que o "até 606 km" não nos iria desiludir. E não desiludiu!
A capacidade de carregamento deste elétrico puro varia entre 11 kW em corrente alternada e 170 kW em corrente contínua, e a bateria com 89 kWh.
Os condutores deste EQE 350 Limousine podem carregar o seu Mercedes de duas formas: em casa, com a wallbox da marca, que carrega com até 22 kW (corrente trifásica), assegurando um carregamento mais rápido do que uma tomada doméstica convencional; em viagem, com o Mercedes me Charge.
Em resumo:
- Tempo de carga CC 10% a 80% SOC (líquido): 32 min
- Potência de carregamento máxima CC: 170 kW
- Tempo de carga CA 0% a 100% SOC (líquido) Wallbox/estações de carregamento públicas: 9,25 h
- Potência de carregamento máxima CA: 11 KW
- Conteúdo energético útil da bateria: 89 kWh
Preço
O Mercedes EQE 350 custa 62.516,13 euros sem IVA, com IVA 76.900 euros.
Veredito
Com a oferta atual neste segmento dos 100% elétricos, o consumidor terá de enfrentar uma série de obstáculos até ter uma decisão final. Claro, o preço é sempre o pêndulo. Depois a análise recai se é um veículo empresarial ou particular e tudo o que está em volta destas duas figuras.
O Mercedes EQE 350 Limousine ajuda a ultrapassar grande parte delas. Não é um carro barato, não é uma opção para se enquadrar nas regras fiscais de isenção de impostos nas empresas, não é uma opção para quem quer um carro para poupar dinheiro. Não. Este é um carro para quem quer um veículo de luxo, com muita qualidade de baterias e motor, com um conforto de topo e uma durabilidade bem ao estilo da marca. Portanto, aqui é simples, quem tem dinheiro e quer um bom elétrico, esta será a opção mais consensual.
Como traz linhas clássicas da marca alemã, poderá desafiar o utilizador a procurar dentro dele o caráter mais selvagem, agressivo, no fundo, mais desportivo. Pois por fora as suas linhas são mais de uma tradicional berlinda. No entanto, quando nos sentamos dentro do habitáculo, a conversa é outra.
O Pplware agradece à Sociedade Comercial C. Santos a cedência da viatura para os nossos ensaios.
Foram “viajar sem ansiedade” ? Mas andam ansiosos com os outros VE’s ? Não percebo.
Exato. Em viagens mais longas, sobretudo pelo interior do país, a ansiedade é maior em VE com autonomia inferior (que são a grande maioria no mercado). Além disso, o sistema de regeneração de alguns elétricos não permite um ganho como aconteceu neste caso, o que é outro ponto muito positivo para este carro. Os seus cerca de 600 km de autonomia… são efetivamente uma grande despreocupação.
Fácil de perceber.
Vai à Torre e logo ficam com ansiedade ou faz a A24
Lá está, esse é um bom exemplo. Vais à torre e notas um decréscimo acentuado, mas depois na vinda da torre, o regenerar compensa. E no final das contas vai ter um excelente consumo. Depois como um dos pronto negativos dos elétricos é a energia que estes gastam a arrefecer a própria bateria, indo à torre ainda tens essa vantagem, a temperatura fria ajuda a poupar energia para arrefecimento. Eu tive essa experiência, em altitude menor que o maciço central, indo a Montalegre e usando a regeneração como travão na vinda para baixo. E isso permitiu um consumo abaixo dos 15 kw/h.
A carroçaria deste chasso é de carbono?
Comprar uma banheira elétrica destas não compensa!
Manias burguesas!
Não.
Nunca andaste, nem vais anda num e já comentas? Mais um que acha e depois fala como se tivesse conhecimento de causa.
Já andei em muitos, e tenho conhecimentos de sistemas de energia, posso afirmar que: “nenhuma”.
E sim, tenho conhecimento de causa.
“Luxo” até 250 kilómetros.
Errado, até 600.
No papel, agora em estrada duvido, so se for em ciruito 100% urbano
E não estiver muito frio ou muito calor.
Nisso são iguais aos outros.
Desligando aquelas luzinhas todas no interior, qual será o ganho de autonomia? Deixo aqui o desafio
Nenhum.
“62.516,13€”
O que estão aí a fazer esses 16,13€? Pq não arredondam para 62500€? É de propósito?
Mesmo, dava para ter iva dedutível.
Deve ser mesmo para não dar hipótese para deduzir o IVA. Assim vendem menos mas a Mercedes é q sabe. Ou então são pressões externas para q um carro deste tipo não tenha acesso às benesses.
Se este carro fosse um Tesla, logo os haters apareceriam para apontar. Basta olhar para a qualidade de construção das amplas lacunas do painel da porta e onde o pilar do pára-brisa encontra a moldura está terrivelmente desalinhado. Já vi Teslas, Kias, carros japoneses e americanos com tolerâncias muito mais rígidas do que esse lixo de baixa potência. O Tesla modelo S de 2012 tinha mais de 450 CV com um motor. Vangloriar-se do meu carro é mais rápido que o seu, é uma grande parte da equação do luxo para vender carros.
Nao tenho dinheiro nem para um nem para outro. Mas pessoalmente acho o Tesla mais bonito, tanto por fora como por dentro. Sao gostos
Maus
Sim, mas para aparcar em frente do casino, da marina de iates ou do campo de golfe tem mesmo que ter estrela. Os empreiters levam isso muito a sério. E as madames deles começam logo com o falatório.
Não sei o que separada com os designers da Mercedes mas esta nova geração são horríveis.
Eu sei que gostos são discutíveis, mas pohh este carro é feio pra crlh. :/
Olha que não. Ainda há pouco passei por um e gostei bastante. Se tivesse “garganhol” não me importava nada de ter um.
Feios, mas com um coeficiente aerodinamico bem bonito. Foi desenhado para ser eficiente.